O governo uruguaio do Presidente
Tabaré Vázquez negou asilo político ao ex-presidente do Peru Alan García. Com
isso, Montevidéu deixou claro que não aderiu à teoria de perseguição política
levantada pelo ex-presidente Garcia, que é acusado de haver recebido propina da
Odebrecht
- ulterior mancha na empresa brasileira que acreditou factível transferir as
práticas do regime petista de Lula e Dilma para a América do Sul, com o
consequente mal à imagem da política brasileira no subcontinente - e constitui
alvo de investigações judiciais em seu país.
Nesse sentido, a situação do ex-chefe
de Estado poderia complicar-se ainda mais, se for fechado, como se espera para
as próximas semanas, um acordo de cooperação entre a aludida Odebrecht e o Peru, nos moldes de outros já selados pela companhia com países
como Panamá e República Dominicana.
Se de início se pensara possível que
o asilo fosse concedido, as pressões sobre a presidência, tanto por parte do
governo do Peru, quanto de setor majoritário da governista Frente Ampla uruguaia (no poder desde 2005), foram grandes, e por
isso, Tabaré, apesar de amigo de García, optou por privilegiar sua posição
interna política.
( Fonte: O Globo )
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