Menos de semana depois
de haver denunciado suposto plano para derrubá-lo, Nicolás Maduro vem a público
em Caracas, ao ensejo de parada militar de sua milícia. Com as bazófias
habituais, diz que a Milícia Nacional Bolivariana teria 1,6 milhão de homens,
em número gritantemente inflado, sem qualquer parentesco com a realidade.
Na mesma linha, o ditador faz
declarações agressivas contra Washington e os vizinhos Brasil e Colômbia. Toda
essa postura é para consumo mais interno, do que externo, eis que analistas
militares declaram inchado o número de milicianos, e que nem um terço dispõe do
treinamento mínimo necessário para a defesa territorial...
Por outro lado, seria realmente
temível se tal capacidade de crescer militarmente correspondesse à realidade.
Lá em um país que se está desfazendo, por conta de rearmamentos imaginários,
enquanto se paradeiam descabeladas ameaças, a mentira tem o passe-livre de Herr Munchausen, e por isso circula
livre e loucamente, não tendo qualquer responsabilidade com os fatos. Por isso,
Maduro pode esgrimir a própria desvairada ficção. O mais trágico nesses casos é que, por vezes,
o fabulista acaba acreditando nas próprias construções verbais...
Mas o que poderia ser muito ruim é se gospodin
Putin ganhe base aérea para os seus aviões militares com armas nucleares. Além
disso, na sua fraqueza irresponsável, não se exclui que o russo possa receber de
Maduro em cessão - como o ditador sírio Assad mercadejou a própria fraqueza, cedendo
bases navais e aéreas para a Rússia, comprando a própria salvação da guerra
civil no seu próprio país, a infeliz Síria, no passado conhecida como a Terra da Passagem...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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