A segunda turma do STF suspendeu ontem o julgamento do habeas
corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e
condenado na Lava-Jato, após o ministro Gilmar Mendes pedir vista do caso. Até então, haviam votado pela rejeição do pedido
os ministros Edson Fachin, relator da Lava-Jato, e Cármen Lúcia.
Lula está preso desde abril p.f. na
Superintendência da P.F. em Curitiba, após ser condenado por corrupção passiva
e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).
Gilmar não se comprometeu com data para
devolver a vista, mas indicou que pode liberar o processo ainda neste ano ou no
início de 2019. Nesse caso, como se sabe, a defesa do ex-presidente pede a
liberdade do petista e a anulação dos atos do ex-juiz Sergio Moro, que condenou
Lula. Ao pedir mais tempo, o imprevisível Gilmar Mendes disse que a matéria
é "assaz controvertida". Os
ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello também ainda estão na fila para
votar.
Deve-se ter presente que a segunda
turma do STF, na presidência de Cármen Lúcia, votava contra a Lava-Jato. Com o término da presidência de Cármen
Lúcia e a consequente ida para a presidência do STF de Dias Toffoli, não se pode excluir uma mudança na orientação dessa
segunda turma, que passaria a votar a favor da Lava-Jato. É o que começará a determinar-se quando
Gilmar Mendes terminará a sua vista.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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