terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Ainda a intromissão russa nas eleições de 2016


                   
        Se a ambição precípua da Rússia - leia-se Putin - de interferir nas eleições presidenciais daquele ano nos Estados Unidos visou a vários objetivos, foi sob a condição de favorecer ao protegido e candidato Donald Trump, em detrimento de Hillary Clinton, desafeto antigo do czar de todas as Rússias. É oportuno desde já assinalar que não se trata de um amigo.  O frio Vladimir Putin têm muito poucos amigos. Cultiva, sobretudo, interesses,dentro da própria glacial visão de um mundo em que alianças determinadas costumam substituir-se às amizades, demasiado pessoais, para um líder que cresceu em Leningrad - a antiga St.Petersburg.
          Para conhecer  melhor  o atual presidente russo, a leitura do livro da russo-americana  Masha Gessen é  importante, porque apresenta os começos da  ascensão  de Putin ao poder (quando o recebeu das mãos do círculo de oligarcas do enfermo Boris Ieltsin, que, tolos que eram, pensaram poder instrumentalizá-lo). Ai está descrita a sua atuação em Leningrado, sob o prefeito Sobchak, em que Putin monta seu círculo de apoio. E mais tarde o quadro de quem é realmente Putin será encontrado na minuciosa descrição de seus primeiros períodos presidenciais, não esquecida decerto a sua passagem como "segundo" do leal escudeiro Dmitri Medvedev,  que ascendeu à presidência para dar o tempo necessário  para que Putin diminuísse os efeitos deletérios de seus primeiros anos de poder presidencial, quando  Vladimir pisara em muitos pés de estadistas estrangeiros. Mas para isso será necessário o livro que já citei diversas vezes no blog, "Putin's Kleptocracy",  da professora universitária Karen Dawisha, bem como "The Man without a Face", de Masha Gessen.

( Fonte: livros acima citados )

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