Realizada
em condições precárias, sem orientações maiores para a população, a ritual mudança do mui desvalorizado bolivar
para números mais manejáveis - desta
feita cinco decimais foram retiradas - sem um quadro em que o combate à
hiperinflação esteja realmente em processo, a alegada redução nos números das
infladas notas de bolívares pode reduzir-se a uma tentativa ineficaz que o
quadro geral da economia - com o desabastecimento generalizado, a falta de
parâmetros de alguma firmeza tornará vão esse exercicio. Como a extrema desvalorização das
notas corresponde a uma realidade que os ineptos regimes chavistas não logram
vencer, e os fracassos anteriores estarão a todos bem presentes, na prática
inexiste qualquer atmosfera que tenda a
criar condições psicológicas para vencer a hiper-inflação.
Com efeito, refletindo a
desorganização vigente, com as estantes vazias dos supermercados e os armários
das farmácias igualmente sem remédios, não haverá base sólida para afirmar o
novo regime que venha suceder à hiper. Em meio à destituição extrema, como
imaginar algo que reflita uma realidade tangível e manejável ?
Como os fracassos anteriores,
ocorridos em condições similares às atualmente vigentes, de que maneira
projetar que um programa de Nicolas Maduro possa ter êxito, se todas as
iniciativas passadas repetiram os fracassos das antecedentes?
Há um limite afinal para a
credulidade humana. Nas condições presentes, só a crença em um milagre poderia
servir de arrimo para uma reação da população. Se para acreditar, cada
individuo carece de alguma base factual, como imaginar que na desordem presente
uma tal reação seja possível ?
( Fonte: noticiário da imprensa )
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