A Tv Globo, por força
de seu virtual monopólio, tem procedido à interrogação dos candidatos à
presidência da república.
Já participaram do exercício Ciro Gomes, Jair Bolsonaro e Geraldo
Alckmin. Os candidatos respondem a cerca de 27 minutos de perguntas.
Talvez pelo nervosismo, os
interrogadores assumem um papel em extremo adversarial com relação aos
candidatos. Não são, em geral, questões
que a dupla de mezzo busti (meio
bustos, como vemos os locutores televisivos) coloca, mas não sei por que cargas
d'água o espaço televisivo a dupla de apresentadores, em geral nervosos, os constrange a apresentar questionamentos e, em
geral, censuras aos candidatos que atendem ao convite.
Esse viés inquisitorial surge não
se sabe a propósito de quê, pois com
todas as restrições que se possa fazer aos senhores candidatos, todos eles têm
um perfil e uma posição conhecidas. Não são réprobos, nem personagens sobre os
quais se acumulam censuras.
Por mais negativa que seja a
opinião do telespectador sobre o candidato submetido a questionamentos - e põe
submetido nisso! - temos de convir que mesmo o Jair Bolsonaro construíu o seu
caminho até a candidatura, e deve, por conseguinte, ter um mínimo de respeito.
Quero crer que a atitude de
Bonner e de Renata tem mais a ver com a inexperiência e o nervosismo que lhes
investe, por não se sentirem à altura dos personagens candidatos à Presidência
da República.
Ao
invés de uma conversa, que pode ser elucidativa para o eleitor, tem montado interrogatórios,
em geral salgados, e marcados por clima adversarial.
Posso atribuir à hiper-reação
dos questionadores da Rede Globo a
dois motivos: a sua inconsciente inferioridade psicológica diante dos
candidatos e o consequente nervosismo de Bonner & Renata, que devem
pensar que a situação os colocaria em verdadeiro interrogatório policiesco, e
que é tal o que eleitor enquanto telexpectador está esperando...
Será mesmo ?...
(
Fonte: Rede Globo )
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