segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Do eleitorado evangélico


                                    

        Não se discerne, pelo menos à vista d'olhos, uma reação perceptível da Igreja Católica, diante do crescente desafio colocado pelas religiões evangélicas.
         Há quatro anos atrás, um em cada cinco eleitores era evangélico, segundo reporta o Estado de S. Paulo.
         Hoje, às portas das próximas eleições, um em cada quatro eleitores é evangélico.
       Por quanto tempo, a reação da religião católica, que por tanto séculos é maioria neste país, continuará a mesma, vale dizer a apatia de seu corpo episcopal e dos respectivos sacerdotes, como se tal crescimento inelutável fosse?
          Deixar-se-á que uma religião que está presente desde o início dos tempos da nação se vá aos poucos esfarelando, como se devêssemos importar modelos estrangeiros, a exemplo de o que hoje se contempla, com visões trazidas de fora?
          Não será recolhendo-se à própria toca que se responderá de forma positiva a este desafio. Religiões que se confundem com a própria nacionalidade não poderiam ser passivas diante de desafios de tal natureza.
           Caso contrário, estaremos destinados a deparar no futuro  como monumentos os nossos templos, enquanto crescem os credos alienígenas, como se melhor atendessem aos desafios da modernidade.

( Fonte:  O Estado de  S. Paulo )

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