Engolirão os Democratas
a designação de Brett Kavanaugh para
o Supremo? Estamos diante do jovem assessor da confiança do implacável Ken Starr, cujo sistema de acusação
contra a Administração Clinton não recuou diante de recurso a métodos de
investigação que fariam muitos outros promotores enrubescerem pela sua dureza e
mesmo crueldade.
Se não me engano, nos
desdobramentos da reportagem investigativa realizada pelo Times sobre a operação Whitewater,
que visava os Clinton, o promotor Ken
Starr logrou que secretária dos Clinton fosse submetida a procedimento com
grilhões. Essa prática medieval seria a condição estabelecida por esse fero
promotor, para que a funcionária se decidisse a inculpar o casal de Arkansas. Somente o caráter e a integridade da
secretária iriam contrariar a tal procedimento, que tinha a marca registrada do
promotor Starr.
À vista de tais
precedentes, o envolvimento de
Kavanaugh - cuja cercania ao terrível Ken Starr é do geral conhecimento - será
acaso um apoio oportuno, agora que a sua indicação pela presidência Trump para
o Supremo principia a ser debatida?
Não foi sem razão que essa familiaridade
com o implacável promotor Starr motivara grande resistência dos democratas no
Congresso, quando o GOP buscou
promover a nomeação de Brett Kavanaugh para juiz distrital.
E agora, será o caso de trazê-lo de
volta e à baila, quando se trata de colocar mais este dinosauro no Supremo? E,
quem sabe, não seria então o caso de abandonar os eventuais intermediários e
partir logo para a indicação da figura ímpar de Ken Starr ?... Pois, como dessa figura se lembrem amiúde, ele que se coloca dentre os carrascos
promotores, os comissários Javert, e
não seria o caso de dispensar intermediários
e logo partir, com grandes
salvas, para a indicação dessa fera figura,
que talvez acabe de mostrar-nos o quanto se perdeu na última eleição.
Antes que Robert S Mueller III
livre os Estados Unidos desse Trump, é bom lembrar que não faz muito Noah
Feldman escreveu para a New York Review artigo de grande
oportunidade sobre Crooked Trump?, em que tratava da relação do
presidente Trump com o seu advogado particular, Michael Cohen. Há muitas
conexões nesse importante artigo, mas para mim ressalta que Trump ora esteja
recebendo - e mui merecidamente - a designação Crooked, que, de um certo
modo, se tornara uma espécie de refrão de sua campanha contra a democrata. O loquaz Trump, que de calúnias entende à maravilha,
transformou essa aleivosia contra a democrata em uma espécie de marca
registrada de sua campanha.
Como toda a sua investida contra
Hillary se baseara em fake news e
mentiras deslavadas, parece-me mais do que apropriado que a contumélia se
revire contra o criador, e que ao cabo se saiba quem mentia para o Povo
Americano, e quem lhe dizia a verdade. Se agora é tarde, e os Estados Unidos
têm de lidar com figuras desse jaez, e o
presidente - se bem que às voltas com a obstrução de justiça - tem ainda de
percorrer o Sunset Boulevard, mal
acompanhado é verdade, pelas figuras de James Comey, e suas estranhas
comunicações ao Congresso Americano, e do próprio Barack Obama que fazendo
figura de estadista deixou passar em silêncio os invasores digitais de Vladimir
Putin
y otras cositas más! Como grande resultado, temos na Casa Branca quem promete
desbancar a Buchanan como o pior presidente dos Estados Unidos!
( Fontes: Victor Hugo, The New York Times, The New
Yorker, The New York Review, O Globo e CNN )
Nenhum comentário:
Postar um comentário