quarta-feira, 8 de agosto de 2018

STF decide sobre aumento de salário


                              

      Estará em discussão, na proposta de orçamento para 2019, que o Supremo enviará ao Congresso, se será incluído o reajuste salarial dos ministros.
        A presidente do Tribunal, a respeitada Cármen Lúcia, não quer incluir o dinheiro extra no planejamento. Eis uma das razões indicativas do respeito em que é havida.
         Não surpreende tampouco que vários colegas seus - que não se importam em defender a medida impopular de aumentar, em um momento de crise, os próprios salários, e entre eles está o próximo presidente da Corte, Dias Toffoli.
         Não se ignora que o aumento dos vencimentos dos integrantes do Supremo impacta  nos contracheques de magistrados de todo o país. A presidente deve colocar o tema em votação. No ano passado, ganhou o apoio da maioria, por oito a três. Na próxima votação, o resultado semelha em aberto.
          O ministro Ricardo Lewandowski já defende o reajuste (em torno de 40%). Mas a linha dura e límpida de Cármen Lúcia prevaleceu. Quando assume a presidência em 2016, Cármen enterra o assunto. Nas conversas com parlamentares, nunca pleiteia a tramitação do projeto, o que causa revolta entre associações de magistrados, mas é muito bem recebido pelo Povo brasileiro.
            Ao assumir o comando da Corte, em meados de setembro, Toffoli deverá retomar o diálogo com o Congresso com vistas a agilizar a aprovação da proposta.
             Sem embargo, para aqueles que, ao contrário da austera Carmen Lúcia, têm pressa, para o dito reajuste se concretizar, é preciso que o orçamento enviado pelo STF tenha previsão  para o gasto extra na folha de pagamentos a partir de 2019.
              No mês passado, quando assumiu interinamente a Presidência da República, Cármen Lúcia recebeu mais um grupo de juízes e integrantes do M.P., no Palácio do Planalto. Com a prevista desenvoltura, as categorias pediram mais uma vez para que ela incluísse o reajuste salarial na proposta orçamentária de 2019. Visivel e compreensivelmente irritada, a Ministra Cármen Lúcia ouviu o pedido, mas se absteve de dizer palavra sobre o assunto com o grupo...

( Fonte:  O  Globo )

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