sábado, 11 de agosto de 2018

Para Maduro oposição é caso de polícia


                                 
         O regime chavista da Venezuela quer controlar o "atentado" do último sábado com a ajuda da Interpol.  Nesse sentido, a camarilha de Maduro pediu por intermédio  dessa rede de repressão ao banditismo internacional a sua ajuda para efetuar a captura de Julio Borges, exilado na Colômbia, por sua suposta participação no alegado 'atentado' contra o ditador Nicolás Maduro, no sábado, 4 de agosto.
           A propósito, declarou o líder opositor: "Me sinto seguro na Colômbia, me sinto agradecido. Esse ato não existe nem política, nem legalmente. Não houve atentado. Isso que o Governo inventou é uma cortina de fumaça criada para ameaçar, reprimir."
             O pedido à Interpol foi feito após a divulgação de video gravado pelas autoridades do regime que mostram o deputado opositor Juan Requesens, que foi preso na terça dia 7, e que é também acusado pelo ataque.
              No trecho de 47 segundos do vídeo, Requesens aparece dizendo que atendeu a pedido de Borges de passar uma pessoa da Venezuela à Colômbia. Apesar do intento do regime de apresentar o vídeo como admissão de culpa, Requesens não se reporta ao ataque de forma alguma.
              Vítima da repressão da ditadura, Requesens - que foi um dos principais líderes dos protestos  contra o regime em 2017,  foi capturado pela polícia política do chavismo (o famigerado Sebin) nesta terça-feira, dia sete de agosto.
                Requesens é deputado, apesar de que a ditadura lhe tenha cassado a imunidade, invocando a acusação  que lhe foi plantada.  A esse propósito, o governo brasileiro declarou haver tomado conhecimento "com grave preocupação" da prisão de Requesens, "ao arrepio da institucionalidade democrática da Venezuela", assim como da captura do Deputado Borges.
                   A esse respeito, o Itamarati assinala:"Ao condenar ambas as medidas, o Brasil recorda as obrigações internacionais do Estado venezuelano com a democracia representativa". A par disso, a nota acrescenta, reportando-se aos incidentes no sábado: "embora mereçam investigação independente e crível, não devem servir de pretexto para o agravamento da repressão já intensa à legítima e legal oposição política e parlamentar ao governo do presidente Nicolás Maduro."

( Fonte:  Folha de S. Paulo )
        

Nenhum comentário: