O regime chavista da
Venezuela quer controlar o "atentado" do último sábado com a ajuda da
Interpol. Nesse sentido, a camarilha de
Maduro pediu por intermédio dessa rede
de repressão ao banditismo internacional a sua ajuda para efetuar a captura de
Julio Borges, exilado na Colômbia, por sua suposta participação no alegado
'atentado' contra o ditador Nicolás Maduro, no sábado, 4 de agosto.
A
propósito, declarou o líder opositor: "Me sinto seguro na Colômbia, me
sinto agradecido. Esse ato
não existe nem política, nem legalmente. Não houve atentado. Isso que o Governo
inventou é uma cortina de fumaça criada para ameaçar, reprimir."
O pedido à Interpol foi feito após
a divulgação de video gravado pelas autoridades do regime que mostram o
deputado opositor Juan Requesens, que foi preso na terça dia 7, e que é também
acusado pelo ataque.
No trecho de 47 segundos do
vídeo, Requesens aparece dizendo que atendeu a pedido de Borges de passar uma
pessoa da Venezuela à Colômbia. Apesar do intento do regime de apresentar o
vídeo como admissão de culpa, Requesens não se reporta ao ataque de forma
alguma.
Vítima da repressão da ditadura,
Requesens - que foi um dos principais líderes dos protestos contra o regime em 2017, foi capturado
pela polícia política do chavismo (o famigerado Sebin) nesta terça-feira, dia
sete de agosto.
Requesens é deputado, apesar de
que a ditadura lhe tenha cassado a imunidade, invocando a acusação que lhe foi plantada. A esse propósito, o governo brasileiro
declarou haver tomado conhecimento "com grave preocupação" da prisão
de Requesens, "ao arrepio da institucionalidade democrática da Venezuela",
assim como da captura do Deputado Borges.
A esse respeito, o Itamarati
assinala:"Ao condenar ambas as medidas, o Brasil recorda as obrigações
internacionais do Estado venezuelano com a democracia representativa". A
par disso, a nota acrescenta, reportando-se aos incidentes no sábado:
"embora mereçam investigação independente e crível, não devem servir de
pretexto para o agravamento da repressão já intensa à legítima e legal oposição
política e parlamentar ao governo do presidente Nicolás Maduro."
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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