domingo, 19 de agosto de 2018
Falta de dinheiro ameaça censo demográfico
Parece mentira, mas dadas as condições do Brasil atual, deve ser verdade,
Não é que a falta de dinheiro no Orçamento se torna ameaça à plena realização do Censo Demográfico do I.B.G.E.
Na aparência, há dinheiro para tudo, menos para o que realmente conta.
Considerado imprescindível para a definição de políticas de Estado, o Censo Demográ-fico para 2020 carece de ficar mais enxuto para não inviabilizar-se. Com efeito, o custo total do levantamento foi calculado em R$ 3,4 bilhões pelo IBGE, mas o Governo Temer diz não ter como bancar tal valor.
Trocando em miúdos, para dar início aos preparativos do Censo - que vai coletar dados nos domicílios de todos os brasileiros - o IBGE careceria de R$ 1 bilhão já em 2019, mas só deverá receber entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões.
Em outras ocasiões, o Instituto já tinha indicado que é muito difícil levar a pesquisa a campo com um orçamento reduzido. Nesse sentido, a dificuldade para garantir a verba de 2019 tornaria ainda mais remota a possibilidade de obter os R$ 2,4 bilhões restantes em 2020.
A avaliação da equipe econômica é a de que o IBGE vai ter de "racionalizar", o que se pode traduzir em um número menor de entrevistadores. Fazer uma pesquisa mais enxuta seria a alternativa para evitar que o censo seja inviabilizado. A estratégia já foi usada no Censo Agropecuário 2017, que careceu de ser adaptado para que fosse possível levar a campo a pesquisa com menos recursos.
Ao anunciar o início dos trabalhos do censo demográfico, em junho, o presidente do IBGE,
Roberto Olinto, refutou a possibilidade de a pesquisa vir a ser reduzida, caso a dotação necessária não fosse aprovada. "No censo agropecuário eram vinte e seis mil pessoas (na coleta de dados). O Demográfico tem trezentos mil (funcionários temporários na coleta) . Então, não tem muito como enxugar", declarou Olinto nessa ocasião. "O censo demográfico tem um período de coleta menor, porque tem uma data de referência muito forte. É preciso coletar muita informação num pe - ríodo muito curto. A flexibilidade orçamentária é muito menor."
Diante das dificuldades em termos de bancar a pesquisa, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística declara não ter um posicionamento oficial do Governo sobre o tema e que só se manifestará quando tal ocorrer.
(fonte: O Estado de S. Paulo )
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