Declarações do Nobel Oscar Arias
(reaproximação Cuba
e EUA) “É maravilhoso e parece que o presidente Barack Obama fez o que
tinha de fazer. (...) O levantamento do embargo, no entanto, é o mais difícil,
pois tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados nos EUA têm a maioria
republicana, e os republicanos não estão dispostos a levantar esse embargo se o
governo de Cuba não oferecer concessões que lhes satisfaçam. O reconhecimento de Cuba por parte do EUA
também não significa que a ilha vai se tornar democrática de um dia para outro. Não esperamos que isso
aconteça enquanto os Castros estiverem vivos”(meu o grifo).
(novo cenário terá
impacto na Venezuela ?) “Não necessariamente. O caso venezuelano é o de um país onde, por
meio de eleições, partido político toma o poder para enfraquecer as
instituições democráticas, acabando com a separação de poderes. Todos são
controlados pelo Executivo, deixando de ser
uma democracia para converter-se em uma autocracia. Os Conselhos
Eleitorais não são independentes e o mundo demonstra uma grande indiferença aos
processos eleitorais que não são democráticos, nem transparentes. Esperamos que
os governos da América Latina levantem a voz para exigir ao presidente Nicolás
Maduro que pare de eliminar liberdades. No entanto, a América Latina, incluindo
o Brasil, aguarda em silêncio inexplicável, injustificável”. (meus os grifos)
Visitas ao Papa Francisco
Cristina
Kirchner que, enquanto Jorge Bergoglio era arcebispo na Argentina, jamais dele
foi próxima, já visitou Papa Francisco quatro vezes em dois anos.
Há três
meses Francisco reclamou que se sentia usado pela política. Com relação à
insistência da Presidente Cristina, o Papa até que atrasou um tanto o último
encontro, mas como assinala Sergio Rubin, coautor de biografia de Bergoglio
antes que se tornasse Papa, “não poderia negar reunião com um chefe de Estado, muito
menos com a presidente de seu país.”
A esse
propósito, há dois meses atrás, quando o apresentador argentino Alfredo Leuco
soube da última visita de Cristina Kirchner ao Pontífice, escrevera carta
aberta em que assinalou a própria inconformidade com a decisão e pedia que
todos os candidatos a presidente fossem recebidos pelo Santo Padre.
No fim do
dia, havia em sua caixa postal mensagem de Papa Francisco, agradecendo pelas
críticas “sem rancor”. Tal mensagem
seria interpretada pela oposição como forma de indicar a Cristina de Kirchner
que, embora a recebesse, sabia da força dessas imagens na política argentina.
( Fonte: Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário