O número de pré-candidatos do
Partido Republicano se afigura tão inusitado que se tem procurado inclusive
pesquisar o passado para verificar se há antecedentes históricos para essa
pletora.
Pela
quantidade atual, não há comparação com o passado. Se confirmada a corrente afluência , não há
dúvida que nos cento e sessenta anos de história partidária, nunca o GOP
apresentou tantos pré-candidatos.
Um primeiro
exame do grupo nos confirmará que inexistem grandes nomes em campo. A sua qualidade
relativa já seria incentivo para a entrada na arena de nomes menores que
podem, inclusive, não ter maiores pretensões além de pleitear uma exposição
maior que lhes possa ajudar em objetivos colaterais mais modestos.
Até o
presente, Jeb Bush, ex-governador da
Flórida surge como o front-runner[1]
desse vasto pelotão. Filho de ex-Presidente (George H.W. Bush), que, derrotado
pelo democrata Bill Clinton, se limitara a um só mandato, e irmão de George W.
Bush (presidente de 2001 a 2009), até há pouco liderava o grupo, apesar de não
haver declarado formalmente a candidatura.
No
entanto, com os primeiros debates televisivos já anunciados, é provável que as
posições entre os pretendentes venham a modificar-se. As gafes nesses primeiros
enfrentamentos não podem ser excluídas, eis que elas fazem de certa maneira
parte do processo de seleção. Na eleição de 2012, em que Barack Obama se
reelegeu, o governador do Texas Rick Perry surgia como um dos favoritos. para a nomination. Os
graves tropeços na sua apresentação lhe causaram a pronta remoção do grupo de
concorrentes.
Atualmente, haveria virtual
empate no quinteto formado por Jeb Bush,
Scott Walker (governador do Wisconsin), o Senador (pela Florida) Marco Rubio, o ex-governador de
Arkansas Mike Huckabee e o médico, assim como professor universitário, o afro-americano Ben Carson. Todos teriam
cerca de 10%.
No dia
primeiro junho, o Senador pela Carolina do Sul Lindsey Graham, com o seu anúncio, fez o total de pré-candidatos chegar a nove. Há mais dois senadores em campo – Ted Cruz, que é ligado ao Tea Party, e
chega a ser comparado com o demagogo Joe
MacCarthy e Rand Paul, da linha conservadora.
Entre os restantes, está Carly
Fiorina, ex-diretora executiva da Hewlett-Packard, o ex-governador de New
York, George Patacki, e o ex-Senador
(pela Pennsilvania) Rick Santorum.
Já existem
dois debates marcados – o da Fox News (da ultra direita) a seis de agosto e o da CNN, previsto para dezesseis de
setembro.
Diante
da possibilidade de que o grupo de pretendentes chegue a quinze nas seguintes semanas, as redes televisivas pretendem
restringir o número de participantes. Para a Fox News, haveria dez cadeiras.
Para a CNN, um debate para os dez dianteiros e outro, com os cinco restantes.
Entende-se a preocupação das duas redes, eis que quanto mais avantajado
o número, mais difícil a condução do
debate e a porção de tempo
disponível para que os partícipes marquem posição.
De
qualquer forma, esta fase se afigura um verdadeiro ensaio geral, com a prevista
poda dos pré-candidatos sem maiores possibilidades. Além disso, deverão ficar
pelo caminho os muitos veteranos na corrida (não é a primeira vez que tentam),
assim como os que repontam como vazios (ou quase) de conteúdo.
( Fonte: O Globo )
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