Como diria Nenem Prancha há grande
diferença entre amistosos e jogos pra valer. A dificuldade e os problemas tendem
a aumentar quando a Seleção joga contra os hermanos
sul-americanos, na Copa América.
Apesar de que os tempos de jogos desequilibrados
entre Brasil e os demais scratches de
hispano-América sejam coisa do passado, a rivalidade persiste, assim como a
lembrança de nossa supremacia.
A chamada Copa América, este ano jogada no Chile,
não seria a continuação, como terão esperado alguns, da série triunfal de dez
jogos amistosos enfrentados pelo time pós 7 x 1, ora sob a direção de Dunga.
Além de jogar
mal, e de ser dominada no primeiro e boa parte do segundo tempo, nosso time
entrou no ritmo do adversário. O primeiro gol – que seria o único da partida –
foi jogada bisonha que, de tão repetida, acabaria no que deu.
Por outro
lado, o supercraque Neymar não
estava em dia de Barcelona. Pudera, tampouco tinha de seu lado o Messi e outros
mais que explicam a categoria e a presente colocação na Europa do time da
Catalunha.
Será que os aspones da equipe técnica, presidida por
Dunga,
nunca ouviram falar de preparação psicológica ?
Neymar parecia
um estreante, um novilho largado entre touros espertos. Além de fazer fouls nos adversários – tática inventada
pelo Felipão e imitada por Dunga – o que serviria para colaborar com a defesa,
o supercraque parecia muito nervoso, não se controlando, e, por isso, era o
prato ideal para os adversários que só tinham de provocá-lo para que ele se
complicasse com o juiz.
Por falar no
senhor árbitro, temos de concordar com o juízo sobre Neymar quanto à fraqueza
dele, sem pulso para controlar os jogadores, com as consequências previsíveis.
Mas voltemos a
chamada ‘comissão técnica’. Será que não
pensaram na probabilidade dos fouls e
das contínuas provocações (e faltas) contra Neymar? Um jogador da classe de Neymar não pode fazer
o que ele fez durante o jogo, até mesmo depois de terminada a partida. Com as suas
contínuas reclamações a Sua Senhoria e os fouls,
ele tornou-se o prato ideal para coletar punições. Pode ser até que seja
suspenso de forma a não poder mais jogar nesta Copa.
De toda
maneira, as sumidades da seleção deveriam instrui-lo a não mais fazer faltas,
assim como manter a calma, e nunca mais repetir o seu tolo comportamento
durante o jogo de ontem, quando apenas fez o que o adversário queria.
Como tem muito mais futebol do que os demais, não precisa disso.
Parece-me
muito cedo, outrossim, fazê-lo capitão do time.
O capitão precisa ter o controle não só do jogo, mas dele próprio. Não
confundamos capacidade técnica com experiência e ascendência.
Com a volta de
Thiago Silva à equipe, seria o caso de não sobrecarregar Neymar com essa
posição de capitão. Neymar já é o único craque do conjunto. Lembrem-se que o time
não tem meias-armadores (continuam a esquecer do Ganso, por melhor que ele
jogue). Por isso, ficamos à mercê dos chutões dos beques e da imensa
dificuldade de passar da defesa ao ataque.
Ficará muito complicado se dependermos sempre das
escapadas de Neymar. Lembrem-se de Garrincha (vocês combinaram com os russos ?).
Porque, se não combinarmos, vamos precisar ainda mais do nosso único craque. Só
tem um detalhe: ele precisa controlar-se e não aceitar provocações. Quanto à
representação da equipe em campo, Thiago Silva tem experiência de sobra.
( Fonte: Rede Globo )
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