terça-feira, 2 de junho de 2015

Notícias direto do Front

                       

STJ – denúncia de Marco Antonio Villa

       
         O historiador escreve no Globo de hoje mais um artigo acerca do Superior Tribunal de Justiça.  Criação da Constituição de 1988, o STJ tem merecido artigos do historiador Villa – em 2011 e 2013 ele examinou os gastos desse tribunal e ficou estarrecido. Pensando que a situação houvesse melhorado, Marco A. Villa estudou o último relatório de gestão disponibilizado – que é o de 2013.

          Villa constata que a situação não melhorou. Ao contrário. Piorou e muito. Há uma alegre curva ascendente.  O orçamento para 2013 é de R$ 1.040.063.433,00  (um bilhão, quarenta milhões, sessenta e três mil e 433 reais!).  Vencimentos do pessoal: R$ 442.321.408,00, e para pensionistas e aposentados foram despendidos R$ 236.793,466,87. E assinale-se que o STJ tem 33 ministros.

           Outro detalhe interessante: é impossível encontrar um mês – nos dados disponibilizados na rede – em que os Ministros ou servidores – não recebam acima do teto constitucional. E cito o comentário de M.A.Villa: “São inexplicáveis estes recebimentos. Claro que a artimanha, recheada de legalismo oportunista (não é salário, é “rendimento”) é de que tudo é legal. Mas é inegável que é imoral.”

            O artigo do historiador Villa está disponível no Globo de hoje.
            Talvez uma simples, inocente pergunta dê idéia do porquê dessa farra em termos de remuneração:  quis custodiet ipsos custodes ? (quem vigiará os vigias?)

 

FIFA - Escândalo das Propinas

 
              Lembram-se de Jerôme Valcke, secretário-geral da FIFA?   Os atrasos na preparação do Brasil para a Copa do Mundo - que depois viraria o certâmen dos sete a um – foram verberados por esse alto funcionário (que por cá estava) com a ameaça de aplicar um pontapé no traseiro do responsável.

              As coisas depois melhoraram e Valcke pareceu recuperar-se de sua crise de nervos. Enquanto estava em Pindorama, confidenciara a própria esperança de suceder ao chefe Blatter, na doce ilusão de que o zeloso Presidente fosse afinal descansar de suas atividades.  Como todos ora sabemos, tal foi um ledo engano, eis que Herr Sepp Blatter, malgrado os insistentes e reiterados incentivos de Michel Platini, diretor-geral da UEFA, para que afinal vá repousar, preferiu continuar à frente da milionária Fifa...       

               Agora o New York Times noticia que Valcke transferiu US$ 10 milhões, em 2008, para Jack Warner (então presidente da Confederação das Américas do Norte e Central). Essa polpuda soma se destinaria a propina para apoiar a candidatura da África do Sul à Copa de 2010.

                   Tanto Valcke – que é apontado por funcionários americanos como responsável pela transferência – quanto o seu chefe Blatter - dizem que não autorizaram o aludido pagamento. Para eles e a FIFA, o responsável pela ordem de pagamento foi o argentino Julio Grondona, então diretor financeiro. Infelizmente, Grondona faleceu em 2010.

 
Encolhe  Indústria brasileira de Transformação

 
               Miriam Leitão, na sua coluna de hoje, nos fala de Agonia industrial.  Não é para menos.  A Indústria de Transformação encolheu ao menor nível dos últimos 20 anos (IBGE). Neste primeiro trimestre, representa 10,11% do PIB,  o percentual mais baixo da série, encetada em 1996.

               No terceiro trimestre de 2008, em setembro, ela chegou a representar 18,55% do PIB. Logo em seguida, a falência do Lehman Brothers desencadeou a grande recessão nos Estados Unidos e alhures.

               Para M. Leitão, a Indústria de Transformação (a que fabrica bens manufaturados) tem em gráfico da participação no PIB (em %) a demonstração de como foi equivocada a política industrial dos últimos anos – o biênio final de Lula da Silva e a gestão até agora de Dilma Rousseff. É de notar-se que até o início do segundo mandato da Presidenta, a Fazenda esteve a cargo de Guido Mantega.

               É de assinalar, outrossim, que a trajetória da indústria em geral – aquela que incorpora o setor extrativo, a construção civil e o segmento que presta serviços públicos -  caíu  para 22,34% do PIB no primeiro trimestre, o menor percentual em 20 anos.

                Em 1996, eram 25,14%, e em setembro de 2008, 29,89%.

 

 ( Fontes: Folha de S. Paulo,  O Globo )

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