Como o leitor se há de recordar, o
blog já se tinha ocupado do tema. Com a sentença do Supremo, normaliza-se o
assunto, pois o sigilo não tinha nenhum cabimento legal.
No correr da
semana, a abertura dos livros do BNDES deram
oportunidade a que imprensa se ocupasse de o que há na matéria, no que tange à
distribuição de empréstimos por países. No levantamento, os dados são a partir
de 2007.
O país que
recebeu o maior volume de empréstimos foi Angola,
com US$ 3,38 bilhões (85 projetos). Seguem a Venezuela com US$ 2,25 bilhões (4 projetos), a
República Dominicana, com US$ 2,209 bilhões (19 projetos), Argentina, com US$ 1,87 bilhões (414
projetos), e Cuba, com US$
846 milhões (7 projetos).
Trata-se de
exportações de serviços de empresas brasileiras.
As empresas
ficam com a parte do Leão - a ODEBRECHT concentra 70%,
aí incluída a sua subsidiária Cia. de Obras e Infraestrutura. Os
totais em US$ milhões são respectivamente US$ 7,393 bilhões (412 projetos) e US$
832 milhões (6 projetos); seguem a Andrade Gutierrez, com US$ 2,923
bilhões (21 projetos), a Queiroz Galvão com US$ 388,8 milhões (19
projetos),a OAS, com US$ 354 milhões (3 projetos) e a
Camargo Corrêa, com US$ 258 milhões (73 projetos).
O comentário
que se poderia fazer é sobre o país (Angola)
que concentra o maior número de empréstimos. Trata-se de férrea ditadura, com
as características africanas da cleptocracia.
Quanto a
Venezuela, país cuja situação econômico-financeira é preocupante, notadamente
pelo desgoverno dos últimos anos de Chávez e dos correntes de Nicolás Maduro, é
de esperar-se que haja garantias do BNDES para que os nossos fundos não se
percam em países que não passariam em exame rotineiro de banco comercial.
E Cuba? Os
empréstimos para o porto de Mariel no Caribe – porto a cuja inauguração
acorreram pressurosos os presidentes do grupo chavista – estão incluídos nesse
registro ?
Por
fim, diante dos inúmeros projetos
dedicados à Argentina (414
projetos!) não há nenhum registro dos
vizinhos Uruguai e Paraguai, além das economias mais
sólidas da América do Sul (Chile, Colômbia e Peru) ?
( Fonte: O
Globo – Economia )
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