domingo, 14 de junho de 2015

Colcha de Retalhos C 22


                                

Para técnicos do TCU governo DILMA escondeu Dívidas

 
          Análise do balanço do ano passado – ao fim do primeiro mandato da Presidente Dilma Rousseff – está apontando para dado que, se confirmado, poderá ter graves consequências.         

          Essa análise, se confirmada, indica terem os débitos superado em R$ 140 bilhões os haveres do Governo.  

          O balanço, que é da responsabilidade da equipe anterior da Presidente Dilma, supera com dívidas muito superiores as anotadas na contabilidade oficial.

          Nessa próxima quarta-feira dia dezessete de junho o relatório será avaliado pelos ministros do Tribunal de Contas da União.  Se a decisão do colegiado  for desfavorável ao Governo Dilma, esse julgamento abrirá caminho para a rejeição das contas de Dilma no Congresso da República. Se tal situação se confirmar, os argumentos em favor do impeachment de Dilma Rousseff se reforçam, oferecendo argumentos suplementares para os líderes da oposição pedirem o Impeachment de Dilma

           É importante assinalar que os reparos dos técnicos não obrigam o TCU a reprovar as contas de Dilma. A análise serve, sobretudo, para orientar o Ministro-Relator do Processo, Augusto Nardes. Assinale-se que foi depois de recalcular as dívidas que os técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) acharam tal déficit de R$ 140 bilhões, que está apontado no relatório do Ministro Nardes (para que se forme idéia do montante, ele equivale a cinco vezes o valor dispendido com o Bolsa Família em 2014).

             Quanto ao voto do Ministro Nardes, dependerá exclusivamente dele próprio. Ele tem recebido visitas de Ministros do Gabinete de Dilma, que tentam convencê-lo a não rejeitar as contas as contas da Presidente. Nesse sentido, apontam riscos de instabilidade econômica que a decisão alimentaria.

              Contudo, e não obstante o que precede, o Ministro Augusto Nardes tem sinalizado que as irregularidades nas contas de 2014 impedem a sua aprovação.

              Segundo se indica, depois que a Corte julgar as contas da Presidente, o Congresso dará a palavra final. Se as contas forem reprovadas, qualquer pessoa poderá apresentar à Câmara pedido de impeachment contra a Presidente Dilma Rousseff.    

          
Hillary lança a sua campanha

 

       Hillary Clinton escolheu para lançar sua campanha para a nomination na Ilha Franklin Delano Roosevelt, na região leste de Manhattan.  Essa ilha abriga o parque das 4 Liberdades (liberdade religiosa, liberdade de opinião, liberdade de viver sem passar necessidades e de viver sem sentir medo). O presidente Franklin Roosevelt reflete a época de sua alocução, no ano de 1941, em que os Estados Unidos estavam à beira de entrar na Segunda Guerra Mundial.

        A fala de Hillary enfatizou ‘quatro batalhas’:  fortalecer a economia, proteger as famílias,  manter a liderança e a segurança dos Estados Unidos, assim como preservar a transparência no financiamento de campanhas políticas.

        Há preocupação no Partido Democrata diante da influência nociva da sentença da Corte Suprema Citizens United, que aboliu os limites da participação financeira de grandes fortunas na campanha eleitoral. Ao tirar as peias do poder econômico, abrindo para pessoas jurídicas o financiamento das campanhas em todos os níveis, a Corte, dentro do molde republicano, muito favorece o peso do dinheiro nas eleições,  o que, no passado, foi preocupação do Partido Democrata controlar, com vistas a campanhas informadas pelo conhecimento e não pelo dinheiro.

         A tônica da campanha de Hillary está em firmar a sua imagem de defensora da classe média.  Partindo de New York, o estado em que era Senadora, ao ser nomeada pelo Presidente Barack Obama para Secretária de Estado, a ex-Primeira Dama cuida de firmar-se na Nova Inglaterra, antes de partir para as demais grandes regiões americanas.

          Ao final o seu marido Bill Clinton, ex-presidente e ainda muito popular, a filha Chelsea e seu marido Marc Mezvinsky, subiram ao palanque sob os aplausos de um público de cerca de 5.500 pessoas.

          Ao contrário do grupo do GOP, que registra verdadeira inflação de pré-candidatos – o que tende a indicar uma certa nivelização, o que favorece o afluxo de virtuais concorrentes – no Partido Democrata, o número de rivais continua baixo, entre eles Elizabeth Warren, a senadora por Massachusetts,  que tem tendência populista.



Reforço da OTAN no Leste Europeu

 
            Certamente motivada pela conquista da Crimeia, em invasão de soldados russos com uniformes descaracterizados, e a sucessiva penetração da Ucrânia oriental por pelotões russos, com tomadas de delegacias e de representações do poder federal de Kiev por ‘patriotas pró-Rússia’ (tudo isso encetado no ano de 2014), a OTAN aumentará os seus efetivos, posicionando de forma permanente material pesado (tanques, artilharia de defesa) nas novas repúblicas independentes na região do Báltico e no Leste Europeu.

           O intúito é introduzir na região armamento defensivo com finalidade deterrente no que tange a Moscou. O Presidente Vladimir V. Putin, logo após a queda de Viktor Yanukovich, então presidente da Ucrânia, em princípios de 2014, deslanchou a anexação ilegal da Crimeia e a desestabilização do leste ucraniano.

            As repúblicas do Báltico, antigas províncias da URSS, estão inquietas diante do redespertar por Putin do imperialismo do Kremlin. Assim, por primeira vez, desde o fim da guerra fria (com a dissolução da União Soviética), a OTAN deslocará cinco mil soldados para formar pequenas guarnições nos países do “estrangeiro próximo” da Rússia.

            Para as pequenas nações do Báltico – Lituânia, Letônia e Estônia – serão transferidos pelotões de 150 soldados.

            Já para as nações maiores do Leste Europeu:  Polônia, Romênia, Bulgária e, possivelmente, Hungria, serão destacados guarnições de até 750 soldados.

          Desde algum tempo se debate tal perspectiva, que ao parecer entra em fase final de aprovação de parte do governo estadunidense.

           Dada a inquietante postura agressiva da Federação Russa, as óbvias intenções imperialistas de Putin no que concerne a um dos maiores países europeus vizinhos de Moscou – a Ucrânia – a Organização do Tratado do Atlântico Norte  (OTAN) volta a um modelo que se pensara perempto, vale dizer a uma defesa mais pró-ativa das repúblicas bálticas, dos países do Leste Europeu e da própria Ucrânia. Esta última obviamente carece de material defensivo mais pesado, para dispor de condições efetivas e eficazes para enfrentar as formações de ‘voluntários russos’ assim como os destacamentos dos chamados rebeldes-pró Russia, que, como não se desconhece, são totalmente formados e financiados pelo Kremlin.

 

 
A tragédia anunciada do Clube de Regatas Vasco da Gama

 
        O campeão carioca de 2015 sofreu a quarta derrota seguida no Campeonato brasileiro. Depois dos três empates das primeiras rodadas, o Vasco parece mergulhar direto para a Segundona. É o penúltimo da primeira divisão, com três pontos (três empates).

        Diante da falta de gols (junto com o Joinville que, por ora, é o último) com a ‘artilharia’ de dois gols (em sete jogos), e o mais vazado  (12!), eis que até o Joinville  sofreu menos um (11).

        O jogador Dagoberto, logo nos primeiros tropeços, aludira à falta de bons jogadores no time. Houve protestos de dirigentes que o forçaram a retratar-se.

         Mas dado o andor da carruagem – e as partidas decepcionantes, a questão nem mais se coloca, pois não há dúvida que o time está muito fraco.

         Isso tem a ver, portanto, com a diretoria, que,  por ora age como se o Vasco estivesse se portando muito bem no campeonato, e não fosse o vice-lanterna do Brasileirão.

         Muito diferente foi a atitude do rival Flamengo, que já procedeu a várias aquisições de jogadores melhores para reforçar o time (além de ter posto na rua a Wanderley Luxemburgo).

          Eurico Miranda, que assumiu falando grosso, até agora nada fez.  O Vasco atravessa uma crise séria – decorrência de jogadores muito fracos. Isso diz muito sobre a qualidade técnica dos times (reporto-me aos quatro principais), que jogaram no campeonato carioca.

         Não há melhor indicação da decadência do Rio de Janeiro também em termos de futebol. Se um time com a debilidade técnica do CRVG conseguiu ser o campeão – de forma legítima, sem gol roubado, como o Flamengo, que no ano passado marcou contra o Vasco no último minuto o gol do campeonato, gol em que o atacante estava em evidente impedimento – isto quer dizer que se Eurico realmente está interessado em recuperar o Vasco, e fazer com que ele faça campanha decente no Brasileirão, o presidente terá de sair comprando se possível algum craque e outros jogadores melhorzinhos do que os atuais. Ou será que depois de toda a falação, e as promessas na sua concorrida e prestigiada posse, vai se igualar ao Roberto Dinamite, também  afundando o Time da Colina?

 

(Fontes:  The New York Times, Folha de S. Paulo, O Globo )

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