O que não parecia provável, mas apenas possível, acabou acontecendo, dados os escândalos
sexuais do candidato republicano Roy S.
Moore. Doug Jones, o democrata, que não parecia ter
chance alguma em estado que no passado recente sempre votara republicano,
através de campanha em que enfatizou os erros e os escândalos do adversário, tornou-se real possibilidade,
que para surpresa de muitos se concretizaria
na madrugada de quarta-feira, quando a derrota do adversário se
configurou de forma inegável.
Ao invés de tentar responder no que
tange às questões levantadas acerca de abuso sexual de mulheres, Mr Moore preferiu ausentar-se do estado na
última semana antes do dia D, o que nas condições em que se achava a própria
candidatura já quase significou a sua aceitação da derrota. Se o apoio do
presidente Trump tardara em vir, ele passou alguma força à sua campanha, mas os
fatores contrários eram demasiados, e prevaleceram ao final.
Com este resultado, complica-se e muito a situação do GOP no
Senado. A sua maioria desce para um solitário voto, abrindo a concreta possibilidade de que no ano próximo, com as
eleições gerais, os democratas logrem
obter a maioria no Senado.
Até na Câmara de Representantes tal perspectiva não pode ser
afastada, a despeito de que o maior número de deputados sejam ainda eleitos em
estados em que há o gerrymander para favorecer
os republi- canos. Mas sonhar não é
proibido, e quem sabe teremos em 2019 Nancy Pelosi, como Speaker na Câmara de
Representantes.
Sem embargo, com os escândalos da
presidência Trump - e a sua situação alegadamente frágil diante do Special
Council Robert Mueller III - nada parece
impossível...
( Fonte: The New York Times )
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