A situação venezuelana
Em artigo, o ex-Ministro da Fazenda da Colômbia se pronuncia de forma pessimista - e a atual situação econômica, social e política da pátria de Bolívar não dá outra opção - sobre a negociação da divida da Venezuela: "Estão equivocados os dirigentes venezuelanos se pensam que, ao negociar com os detentores de bônus, vão encontrar associações de viúvas ou ordens religiosas, fáceis de intimidar. Para Rodrigo Botero Montoya, são os fundo de hedge, que se dispuseram a comprar, com enormes descontos, estes instrumentos de dívida. Tais entidades, que em nada se parecem a organizações filantrópicas, estão dispostas a assumir altos riscos em busca de grandes lucros. É com eles que o desmoralizado governo de Nicolás Maduro terá de lidar.
Em suma, o regime de Maduro parte de uma posição de grande fragilidade tanto econômica, quanto política. Inicia a negociação com os credores internacionais desprovido de legitimidade democrática e com a responsabilidade por ter provocado uma deterioração econômica e social sem precedentes (o que não é argumento de somenos, porque lhe tira a segurança de puder dispor de sustentação interna)...
Por quanto tempo este arremedo de governo poderá sustentar-se, com uma população cada vez mais abandonada, e, portanto, com a consciência de que, com Maduro, jogar o pior pelo pior não é uma simples hipótese, mas sim algo que muito terá a ver com a lógica do desespero. Como se pode conter uma massa que, com o passar do tempo e a consequente redução,tão maciça quanto progressiva e abrangente de recursos de toda ordem, tem diante de si uma janela cada vez maior de possibilidades de ação movida pelo único combustível do desespero ?
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
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