Reforma da Previdência
O discurso pessimista, que caracterizou a cobertura da imprensa sobre as perspectivas da Reforma da Previdência, mudou de repente.
Essa transformação responde a uma ação mais dinâmica do Palácio do Planalto, assim como um possível engajamento maior do Presidente Temer.
A esse respeito, reporto-me a um longo artigo que publiquei no blog há coisa de um mês, e que fazia análise séria e profissional das possibilidades, sob a direção de Temer, de eventual sucesso de importantes projetos legislativos.
A seriedade e a abrangência dessa matéria - que enfatizou o passado recente do Presidente Temer em questão de aprovação de legislações de fôlego, e a sua média superior com respeito a outras tentativas de outros políticos, quando na direção do país, tende a transmitir uma ponderada confiança na possibilidade de que, malgrado todos os arrecifes e as resistências de diversos partidos, não seria prudente excluir de plano esse relevante projeto de Reforma previdenciária.
Jerusalém Capital de Israel ?
Não é de hoje que o conhecido Bibi Netanyahu vem cercando o Presidente Donald Trump com a incessante demanda de elevar Jerusalém à condição de Capital de Israel.
Trump atravessa um momento assaz difícil - de que me ocupo em outros blogs, quanto ao seu possível envolvimento no processo de investigação das influências russas na eleição americana.
A confissão do seu ex-assessor principal Michael Flynn (ex-general, e homem de caráter duvidoso, para dizer o menos) quanto ao fato de haver mentido para o FBI ( o que, nos States, para começo de conversa, acarreta pesada pena ) fragiliza ao extremo o Presidente Trump. O próprio editorial do New York Times de hoje pede o impeachment de Trump. As possibilidades de que Flynn represente uma autêntica bomba para o Presidente são muito grandes, e poucas são hoje as pessoas que apostariam na sua sobrevivência política.
Nesse ambiente convulsionado, talvez a iniciativa - totalmente descolada da política americana a respeito, que até agora sempre se opusera a tornar Jerusalém a capital de Israel, porque se isso pode servir às manobras de Netanyahu e da direita israelense, a neutralidade de Jerusalém sempre foi um elemento julgado intocável por governantes responsáveis americanos, o que não é absolutamente o caso do atual Presidente.
As consequências que essa mudança - se implementada - terá na política do Oriente Médio podem ser por extremo negativas. Foi temendo tais perspectivas que até hoje nenhum governante americano responsável fez uma tal proposição.
A revolta árabe-palestina não pode ser subestimada, e a 'vitória' de Bibi Netanyahu e da direita israelense - que cortejam Donald Trump, pode dar chabu, pelos perigos para a paz, e a considerável revolta que essa mudança da posição dos Estados Unidos - que sempre defendera a neutralidade de Jerusalém - pode vir a acarretar em um mundo já tão convulsionado quanto o árabe-palestino. Se os Estados Unidos, até hoje havidos como um garante de relativa neutralidade, de conservação de Jerusalém como uma cidade, pelo próprio simbolismo, como pertencente não só aos fanáticos da direita israelense e aos detestados 'colonos', mas sim guardada com os panos de um simbolismo que ainda respeite os remanescentes direitos da comunidade palestina A pergunta que se coloca Não é acerca da revolta árabe, mas sim quanto a outros movimentos de uma nacionalidade irredenta, como é a Palestina, se manifestarão, fundados não na tecnologia e na afluência econômica de Israel, mas naquela ur-revolta contra as sistemáticas injustiças contra o povo palestino, a que se agrega esta última, do demagogo irresponsável Donald John Trump.
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
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