Antonio Palocci,
ex-ministro, revela em sua nova delação que Muamar Kadafi, que durante 42 anos governou
a Líbia, fez uma doação a Lula de um milhão de dólares. Coube a Palocci, como homem de
confiança do candidato e também responsável informal pelas finanças do PT, cuidar da internalização do
dinheiro.
Segundo afirma, coube a ele,
homem de confiança de Lula , achar um jeito de colocar o dinheiro
dentro do Brasil sem chamar a atenção das autoridades nem deixar rastro de sua
origem.
Nos relatos entregues aos investigadores, os chamados
"anexos", o ex-ministro afirma que cumpriu a missão e promete exibir
comprovantes da operação. Palocci pretende revelar os detalhes da transação -
quem deu a ordem, quem intermediou, como o dinheiro chegou ao Brasil e de que
forma ele foi utilizado - caso o acordo de colaboração seja assinado.
É uma acusação tão grave que, se Palocci
conseguir provar o que promete contar, o PT pode perder o direito de existir
como partido.
A legislação brasileira diz que nem partidos, nem candidatos podem
receber recursos de "procedência estrangeira" - seja um cidadão, uma
empresa ou um governo. A punição é o cancelamento
do registro do partido. Diz a respeito Carlos Ayres Britto,
ex-Ministro do STF, falando sem conhecimento do caso específico: "É uma
questão de soberania nacional. Quando o partido recebe recursos do exterior,
essa soberania fica precarizada. Por isso
é que o partido sofre a sanção mais gravosa, que é a perda do registro".
( Fonte: Veja, 13 de dezembro de 2017 )
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