A expressão, nascida no século XIX, no apogeu da Grã-Bretanha como
potência mundial - o brasileiro, no tempo do império, assim designava obras
cosméticas para serem vistas pelo poder estrangeiro - é hoje aplicada na faixa
de multi-usos.
Assim, a nota do Estadão quanto ao desrespeito pelos ministros do Supremo de prazo de pedido
de vista mostra o quanto o chamado bom-mocismo colabora na desmoralização dos
prazos.
Se é sabido - eis que não houve desmentido - que o Ministro Gilmar
Mendes teria ficado com um processo por mais de ano, baseado no pedido de
vista, cabe perguntar a quem incumbe cuidar dos prazos, se se está em meio a
supostos iguais, cujos egos devem ser respeitados
Como aponta o Estadão, o
regime do Supremo prevê a devolução do processo em duas semanas, "mas
prazo nem sempre é respeitado".
Nessa frase já está todo o
bom-mocismo que estaria na natureza do brasileiro, em que a informalidade (com
toda a sua carga de desrespeito aos demais) continua a ser a regra.
( Fonte:
O Estado de S. Paulo )
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