Em outra de suas notas editoriais, o
Estadão - sob o título "Lula Caçoa do País" - expõe algumas das
assertivas do ex-presidente durante sua visita ao Rio de Janeiro e a sua peculiaríssima versão das
causas da atual crise do Rio de Janeiro.
Para
começo de conversa, Lula da Silva
atribui as agruras do Rio de Janeiro à Operação Lava Jato. Na sua peculiar
versão dos fatos, o tribuno diz: "A Lava Jato não pode fazer o que está
fazendo com o Rio". Segundo ele,
aludindo aos efeitos da ação anti-corrupção na Petrobrás: "Se um empresário
errou, prende o empresário. Mas não
quebra a empresa, porque quem paga é o trabalhador. Porque dizem que meia-dúzia roubou, não podem
causar o prejuízo que estão causando à Petrobrás", disse Lula.
O discurso é inacreditável coleção de
afrontas. Ao contrário de o que diz
Lula, a Lava Jato ajudou a salvar a Petrobrás, livrando-a de diretores
corruptos que ali estavam para pilhá-la e para distribuir o fruto do roubo
entre os partidos que sustentavam os governos petistas. O saneamento da maior
estatal brasileira deve muito à depuração proporcionada pela Lava Jato que
ajudou a recuperar quase R$1,5 bilhão em recursos desviados.
Sob nova e saneadora direção, após o
impeachment de Dilma Rousseff, a Petrobrás revisou seus investimentos, que
haviam sido ampliados irresponsavelmente, e alterou sua política de preços,
antes determinada pelos interesses eleitoreiros dos governos petistas, que
tantos prejuízos causaram à estatal. Como resultado, a Petrobrás interrompeu
obras desnecessárias, excessivamente
custosas ou que haviam sido projetadas apenas para servir ao esquema da
corrupção.
Foi o caso das obras do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo o Tribunal de Contas da
União, a construção, lançada com fanfarra pelo governo Lula em 2010, gerou para a Petrobrás um prejuízo
de US$ 12,5 bilhões, dos quais
US$ 9,5 bilhões podem ser atribuídos à gestão temerária dos prepostos petistas
que dirigiram a estatal no período. As obras foram suspensas em razão desse
prejuízo.
Como ali trabalhavam 35 mil
pessoas, pode-se imaginar o tamanho do drama social que a corrupção e a inépcia
dos governos petistas causaram.
Mas Lula da Silva, com seu
profundo desdém pela ética, não viu problema algum em se encarapitar num carro
de som em frente do Comperj para bradar que "é inaceitável que um país, em
meio a essa crise econômica e esse desemprego, deixe parada uma obra dessa
magnitude por irresponsabilidade desse governo."
Na ocasião, Lula bradou que era
"notícia estarrecedora" a informação de que os dois presidentes da
Petrobrás na gestão petista, José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, serão
processados por improbidade administrativa em razão da decisão de congelar os
preços dos combustíveis a pretexto de controlar a inflação. Essa política
irresponsável gerou prejuízo de R$ 60 bilhões à Petrobrás, segundo cálculos da
Organização Mundial do Comércio (OMC). O valor é três vezes superior ao que se
estima tenha sido desviado pela corrupção.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário