As "vitórias" de Nicolás
Maduro podem brilhar na mente limitada desse homem forte de fancaria, mas
representam apenas a peculiar realidade que pode ser imaginada pela mente desse
arremedo de ditador.
Dizer que Maduro vence em 92% das
cidades da Venezuela é outra visão vesga da realidade política naquele país.
Se como declarei em blog desta semana que a oposição não
deve acorrer solícita toda vez que os fâmulos de Maduro a convidem para debater
sobre política venezuelana e eventuais concessões, à guisa de côdeas de pão do
ditador, porque em assim agindo a oposição deixa de ter dignidade perante o eleitorado.
Como a julgará o homem da rua na maltratada Venezuela, sem remédios na
farmácia, sem alimentos no supermercado,
nessa ditadura que finge de ditablanda,
e com os bolsos cheios desse papel sem valor que antes se chamava bolívar?
Se Maduro acreditou encontrar a
solução para os pleitos eleitorais na Venezuela - despojá-los de qualquer
credibilidade, proibir Enrique Capriles de candidatar-se, logo a ele que foi a primeira vítima das
fraudes de Maduro, que nem eleito estava e já arranjava de trucar a primeira
eleição - aquela em que contracenou
com Capriles, o que os políticos venezuelanos podem esperar?
Institui-se uma farsa e as pessoas
acabam convencidas pela própria mentira que criaram... O pais está em ruínas,
boa parte dos pobres fogem para as nações vizinhas - e o Brasil pode atestar
como chegam os infelizes venezuelanos a
Roraima. O mesmo há de valer para os
demais, a começar pela Colômbia.
Há palhaços perniciosos, feitores do mal, inimigos públicos nº 1. Por quanto tempo esse traste andará pelos
salões do Palácio de Miraflores, e rirá
junto com a sua soturna companhia,
pensando que o futuro lhe pertence...
Com homens pequenos - a estatura e a corpulência fisica não passam de máscara
que o Povo, aquele verdadeiro, não os bandidos dos colectivos, nem os militares de fancaria, distingue à
distância, enquanto preliba a hora e a vez
quando verdade e justiça se unirem. De onde partirá o golpe? Daquele
militar, que hoje te sorri obsequioso, por trás das próprias condecorações ? ou
daquele jovem de expressão contraída, mas postada em estranha continência? ou será que já te consome o câncer dos
tiranos, que vêem em cada sombra, em cada sorriso amarelo, o presságio do fim abominável que tu e eles sabem merecer, numa encenação
que a ti te escapa, com exceção dos teus
terríveis, inimagináveis pesadelos, em
que te descobres entregue a toda essa gente que irrompe no teu dormitório de
Miraflores?
Ou acaso pensas que o Povo
enfurecido terá alguma parecença com solícita, untuosa, capaz-de-tudo Delcy
Rodriguez? O poder tem mágicas e
armadilhas que vão muito além das mentes medíocres como é a tua. Não te aconselho que leias a história dos
tiranos, e de quanto o sofrimento que causaram de repente se transmuta diante
deles, quando soa a terrível hora do castigo.
Como diria Virgílio, horresco
referens![1]
Nenhum comentário:
Postar um comentário