terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A ditatorial palhaçada de Maduro

                      

         As "vitórias" de Nicolás Maduro podem brilhar na mente limitada desse homem forte de fancaria, mas representam apenas a peculiar realidade que pode ser imaginada pela mente desse arremedo de ditador.
         Dizer que Maduro vence em 92% das cidades da Venezuela é outra visão vesga da realidade política naquele país.
         Se como declarei em blog desta semana que a oposição não deve acorrer solícita toda vez que os fâmulos de Maduro a convidem para debater sobre política venezuelana e eventuais concessões, à guisa de côdeas de pão do ditador, porque em assim agindo a oposição deixa de ter dignidade perante  o eleitorado.  Como a julgará o homem da rua na maltratada Venezuela, sem remédios na farmácia, sem alimentos no supermercado,  nessa ditadura que finge de ditablanda, e com os bolsos cheios desse papel sem valor que antes se chamava bolívar?
           Se Maduro acreditou encontrar a solução para os pleitos eleitorais na Venezuela - despojá-los de qualquer credibilidade, proibir Enrique Capriles de candidatar-se,  logo a ele que foi a primeira vítima das fraudes de Maduro, que nem eleito estava e já arranjava de trucar a primeira eleição - aquela em que contracenou com Capriles, o que os políticos venezuelanos podem esperar?
            Institui-se uma farsa e as pessoas acabam convencidas pela própria mentira que criaram... O pais está em ruínas, boa parte dos pobres fogem para as nações vizinhas - e o Brasil pode atestar como chegam  os infelizes venezuelanos a Roraima.   O mesmo há de valer para os demais, a começar pela Colômbia.
              Há palhaços perniciosos,  feitores do mal,  inimigos públicos nº 1.  Por quanto tempo esse traste andará pelos salões do Palácio de Miraflores,  e rirá junto com a sua soturna companhia,  pensando que o futuro lhe pertence...  Com homens pequenos - a estatura e a corpulência fisica não passam de máscara que o Povo, aquele verdadeiro, não os bandidos dos colectivos,  nem os militares de fancaria, distingue à distância, enquanto preliba a hora e a vez  quando verdade e justiça se unirem. De onde partirá o golpe? Daquele militar, que hoje te sorri obsequioso, por trás das próprias condecorações ?  ou daquele jovem de expressão contraída, mas postada em estranha continência?  ou será que já te consome o câncer dos tiranos, que vêem em cada sombra, em cada sorriso amarelo, o presságio  do  fim abominável  que tu e eles sabem merecer, numa encenação que a ti te escapa,  com exceção dos teus terríveis, inimagináveis  pesadelos, em que te descobres entregue a toda essa gente que irrompe no teu dormitório de Miraflores?
                Ou acaso pensas que o Povo enfurecido terá alguma parecença com solícita, untuosa, capaz-de-tudo Delcy Rodriguez?    O poder tem mágicas e armadilhas que vão muito além das mentes medíocres como é a tua.  Não te aconselho que leias a história dos tiranos, e de quanto o sofrimento que causaram de repente se transmuta diante deles, quando soa a terrível hora do castigo.
                Como diria Virgílio,  horresco referens![1]



[1] Tenho horror em referi-lo.

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