Continua a crescer o quociente de nocividade de Donald J. Trump. A
definição de 'nocivo' no Houaiss não
nos deixa dúvida sobre o assunto. Nocivo é o que causa dano, que prejudica; e que, por isso, é prejudicial,
pernicioso.
Desde muito se consolidara o
entendimento entre a Superpotência e as partes atuantes no conflito do Oriente Próximo, que um reconhecimento de
Jerusalém como capital do Estado de Israel teria efeito negativo na questão
oriental.
Até mesmo uma decisão do Congresso
americano de 1995 em tal sentido na prática ficara congelada ao ser repensada,
reconhecidos os efeitos negativos que teria a sua implementação. De qualquer forma, todos os presidentes desde
aquele ano, tiveram que assinar um waiver
a cada seis meses, e jamais filtrou que algum deles tenha tido dúvidas a
respeito...
Qualquer que tenha sido o motivo de
tal decisão, o bom senso sempre entrou em ação, e ao determinar-se que a sua
realização modificaria o quadro de maneira imprevisível, a ponderação levou a que se mantivesse a tal
lei na gaveta.
A cada decisão errada ou mesmo
estúpida do atual Presidente, o observador se vê forçado a conviver com o fato
de que a eleição de Trump, um indivíduo que conforme seja analisado, tenderá a
mostrar que, ou sobre aspecto ético e biológico (Acordo de Paris sobre o
Clima), ou sobre aspecto político e
humanitário (Denúncia do status de
Jerusalém), ou sobre restrições à imigração de muçulmanos e de mexicanos (Retrocesso na
política migratória), a sua posição política - com todas as derivações
do caso será sempre burra, prejudicial ao interesse da Humanidade, e por
conseguinte reunindo os piores instintos - egoística, regressiva, desonesta
(caso da promessa de restaurar as indústrias do Cinturão da Ferrugem).
Decerto, o antidinamismo (vale
dizer, aquele voltado para falsos objetivos) e as cínicas, irrealizáveis
promessas são prova de um mau-caratismo militante.
Com esta última, para agradar
alguns milionários com tal pet-project
talvez Mr Trump haja excedido a todos os
níveis do mínimo de bom senso... Primo, pelo desprezo de um Povo que ali está
longamente radicado, e que ele, para satisfazer estultos compromissos, sem
atentar sequer por um instante pelo imprevisível que tolamente resolve provocar vai contra toda a sabedoria
reunida na matéria para agradar basicamente ao controverso Bibi Netanyahu e a
choldra que o acompanhará.
Secondo, a maneira
imprudente com que personalizou ao extremo o desafio colocado pelo presidente
da Coréia do Norte, Kim Jong-un, transformando o embate quase na altercação de
personagens de revistas infanto-juvenis trocando destemperos, e ao ameaçar o
jovem imaturo à testa daquele país, ele se iguala em baixar o nível da
discussão, no que parece tentativa de baratear a transição para a catástrofe
nuclear.
Ao deparar tão incongruente e assustador acúmulo de besteiras,
imprudências, irresponsabilidades, demagogias que atentam contra o mínimo
bom-senso, quem sabe, quiçá a salvação
da Humanidade esteja com o Conselheiro Especial
Robert Mueller III...
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