Marcelo Odebrecht sai da cadeia
Após dois anos e meio de cadeia em Curitiba, ainda réu da Lava Jato, Marcelo Odebrecht deixa no dia de hoje, dezenove de dezembro de 2017, a prisão. Esse período, ele passou em regime fechado.
Ele se julga injustiçado no caso, acha que faltam delatores no acordo que a empreiteira assinou, e avalia que seu pai, o patriarca da empresa, e aliados foram beneficiados nas negociações.
A partir de agora, Marcelo passará os próximos dois anos e meio em regime domiciliar fechado, com o uso de tornozeleira eletrônica.
Depois, ele passa para o regime semiaberto diferenciado, com o recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana e feriado.
Em dezembro de 2022, o executivo ficará outros dois anos e meio em regime aberto, mas com recolhimento domiciliar noturno nos finais de semana e feriados.
Situação atual e estado de espírito.
Marcelo deve vir de jato para São Paulo, onde ficará em condomínio de luxo no Morumbi. Lá ficará dois anos e meio em prisão domiciliar, usando tornozeleira.
Segundo transpirou, Marcelo não se conforma que o ex-presidente do grupo Newton de Souza e que o vice-presidente jurídico Maurício Ferro, não tenham sido incluídos no rol de 78 delatores da empresa.
Marcelo está convencido de que seu Pai, Emílio Odebrecht (o patriarca da família) e os aliados Souza e Ferro foram beneficiados nas negociações e está convencido de que saíu injustiçado.
Marcelo brigou com os três, além de ter-se indisposto com a irmã, a advogada Mônica Bahia Odebrecht, que é casada com o vice-presidente Maurício Ferro.
Que futuro os espera ?
Interlocutores de \Marcelo dizem que ele não tem sentimento de vingança, mas que considera o acordo injusto para ele e outros executivos.
É difícil determinar o que Marcelo fará com as informações sigilosas que detém sobre delatores. Especula a Folha de que há terreno fértil dentro da Odebrecht para qualquer pregação que contenha o binômio injustiça e a ideia de que faltam outros delatores no Acordo.
Muitos delatores sentem-se pressionados para confirmar crimes que eles julgam não terem cometido. Eles também se sentem abandonados pela Companhia.
Segundo três delatores ouvidos pela Folha, há risco de que eventuais revelações de Marcelo funcionem como jogar gasolina em fogueira.
Apesar do nome alemão da Companhia e de seus proprietários, se tem a impressão ao ler esta história in fieri que se trataria de um drama italiano, possivelmente florentino, da época da Renascença.
(Fonte: Folha de S. Paulo _
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
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