Falam tanto das ameaças à não-aprovação
da Reforma da Previdência, que me
pergunto se esse projeto - que a todos os brasileiros beneficia - pois, não
creio que alguém motu proprio se
exclua de participar na Previdência por objeções de princípio - tem coitadinho
alguma chance de transformar-se em lei.
As ameaças são muitas. Comecemos pelas
últimas. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles se acredita com
direito a candidatar-se à sucessão de Michel
Temer. Não há qualquer dúvida que esteja no seu direito, embora uma leitura
apressada das intenções de voto do brasileiro comum poria um pouco de água
nessa fervura.
Além dos baixios em que vive a
popularidade de nosso Presidente, tampouco o seu Ministro da Fazenda semelha
estar nas alturas.
Não duvido da competência de Henrique
Meirelles, a quem já distinguira no passado o animoso veto de Dilma Rousseff,
que não o queria no Banco Central, preferindo ali ter pessoas mais cordatas e
de menor personalidade. Todos sabemos
como o governo de Dilma terminaria...
Por isso, não duvido da competência do
Ministro Meirelles e do seu direito de pleitear a presidência.
Isso posto, me vem a Folha
hodierna com manchete que há de preocupar:
'Meirelles acirra crise entre PSDB e
Governo'.
As declarações de Meirelles vieram
em meio à discussão sobre a saída do partido da base. E com a devida vênia do
jornal, completo a minha citação: "A avaliação de tucanos e aliados do
Planalto é que faltou habilidade ao ministro".
E a isso cabe o adendo das
declarações de Ricardo Trípoli (SP), líder tucano na Câmara: "Ele é
candidato e quer começar a campanha
eleitoral. Começou mal. Não é por aí que convencerá os brasileiros de que o PSDB não tem ajudado o
governo".
Com efeito, a reforma da Previdência é questão do interesse dos
brasileiros em geral, desta geração e das demais que virão.
Não faz muito o blog publicou longo artigo em que especialistas analisaram a
capacidade do Presidente Michel Temer em lidar com o Congresso, e o êxito que
registrou na matéria, se cotejado com outros presidentes.
Quero crer que, em condições
normais, com as naturais dificuldades da política, o presidente Michel Temer
terá possibilidade de emplacar a reforma da Previdência que interessa a todos
nós, e, em especial, às gerações mais novas.
É de toda conveniência que o interesse
geral prevaleça. Se Temer já mostrou
tanta competência e habilidade em anosos e intricados problemas, conforma
registrado por observadores na matéria,
não seria o caso de ter presentes os cuidados especiais que requer o
feliz encaminhamento dessa questão que a tantos, mas tantos mesmo, interessa, e
de deixar de lado aquilo que proverbialmente não soma e sim divide?
( Fonte: Folha de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário