Não é hora de lugares-comuns e de rituais
elogios, se lemos na coluna desse jornalista - que sempre nos brindou seja com
a coragem das palavras - rara qualidade
nos entrepostos da notícia - seja com faro jornalístico - que em geral não
costuma cair do céu - se, de repente, o
leitor se vê privado desse terço de página, recheado com notícias, eventuais
visões de realidade que, se acaso não se confirmam, não o será por falta de discernimento
ou de eventuais receios.
Para que se tenha ideia da têmpera de
Ricardo Noblat - a quem só conheço através da telinha e de jornal - recordo-me
de haver assistido uma Roda viva em
torno de Antonio Carlos Magalhães, em que Noblat era um dos entrevistadores. Ao contrário das mesuras da maioria dos demais, a folhas
tantas, Noblat assinalou que, além de suas qualidades da politica, o então
chefe político bahiano e com grande influência na República, era um político
truculento.
ACM passou o restante do programa
negando que fosse truculento, embora tal fosse um truísmo no que dizia respeito
ao governador bahiano. Naquele
instante, me dei conta de uma das
qualidades de Ricardo Noblat: a coragem nas atitudes e nas palavras, sem
estardalhaço, mas com sertaneja firmeza.
( Fontes: O Globo e Tevê Brasil )
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