quinta-feira, 20 de abril de 2017

A Venezuela se levanta contra Maduro

                                          

         Em impressionante concentração popular contra o  chavismo, a autoestrada Francisco Fajardo desapareceu sob  tapete de demonstrantes contra o tirano Maduro. E por sexta vez, as forças de segurança do governo impedem que o Povo tenha acesso ao centro de Caracas.
         Para tanto, recorrem a bombas de gás lacrimogêneo, a jatos d'água e cerrado tiroteio de balas de borracha. Saindo de todas as zonas da cidade, em 26 locais, a compacta multidão não conseguiu furar o bloqueio dos guardas bolivarianos. Dada a agressividade das forças de Maduro,  os manifestantes lançam pedras, balas de borracha e coquetéis molotov.
          Houve duas mortes de populares em antigos redutos governistas, onde os moradores já tinham protestado contra o tirano na semana passada. Os assassinos, provavelmente facínoras dos 'coletivos', são milícias armadas com fundos públicos pelo ditador.
          A covardia e a bestialidade são as marcas dessa súcia sanhuda, estipendiada pelo regime. Basta a suposição de que a vítima seja do campo dos demonstrantes para que a abatam, como o fizeram com o estudante de economia Carlos Moreno, de 17 anos, atingido na cabeça. Por sua vez, Paula Gómez, 23 anos estudante, a atingiram com um tiro também na cabeça, porque ousara filmar a chegada dos bandidos "coletivos" ao protesto opositor.

          Enquanto se mancha de sangue inocente, e reprime com os carniceiros da polícia e os bestiais coletivos as manifestações populares,  Maduro discursa que quer  enfrentar os adversários nas urnas, mas que a decisão sobre a data é do Conselho Nacional Eleitoral (composto por governistas)...
            Prosseguindo nas costumeiras fanfarronadas, disse que a Venezuela não cederá às pressões dos Estados Unidos (para Nicolás Maduro, Washington lidera o 'golpe').  Para o inepto sucessor de Chávez "estamos escrevendo a história dos povos rebeldes na Venezuela e na América Latina".
             O cinismo, em especial o burro e desonesto,  tem decerto um limite. Até quando, então, a vaga revolucionária o varrerá  da Presidência ? 


( Fonte: Folha de S. Paulo )

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