quarta-feira, 5 de abril de 2017

A ditadura de Maduro tem que cair

                              
          Que não tenha dúvidas a coalizão de forças que está por trás da ditadura de Nicolás Maduro. De que valerá ao tirano esconder-se atrás dos ridículos títulos das forças de que se serve para tentar intimidar a Nação Venezuelana? 
            Não é só melancólico e revoltante que manifestação democrática feita pela marcha dos opositores ao governo de Nicolás Maduro haja sido violentamente reprimida pelas chamadas Guarda Nacional Bolivariana e Polícia Nacional Bolivariana. A violência e a boçalidade são as marcas desses grupos de pretensos policiais. Em verdade, colocar tais formações sob o nome do Libertador das Américas constitui já uma afronta ao nome do grande Bolívar.

            A marcha foi um exercício de coragem e não só das principais figuras da Mesa de Unidade Democrática, nas pessoas de Júlio Borges, presidente da Assembléia Nacional (AN) e de Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda, que tiveram de ser internados em hospitais de Caracas, pelos gases lacrimogêneos e outros contra eles lançados pelos uniformizados facínoras das muitas guardas do Ditador Maduro.
             Tudo tentou o governo que cinicamente instrumentaliza o nome de Bolivar para obstaculizar e buscar inviabilizar a manifestação organizada pelas forças democráticas.
           Não surpreende que Maduro & Associados, autores da hiperinflação e do mais amplo desabastecimento que imaginar-se possa, só conheçam a força bruta. Esta, ilegalmente subvencionada,  pois dirigida contra o próprio Povo venezuelano, possui uma coordenação que espanta em gente que nada é capaz de criar além da vergonhosa hiperinflação em que se debate o país. Agora, ei-los retornando às ruas e praças, assustados pelo apoio popular à democracia, recorrer à violência dos meganhas das diversas guardas para tentar contrapor-se a uma marcha pela democracia do povo venezuelano!

              Que grande medo é esse das manifestações pacíficas de uma população sofrida, a ponto de fechar o metrô, barrar-lhes o caminho em praças e avenidas, além de cinicamente lançar contra os pacíficos manifestantes tropas violentas, a que o regime de Maduro chama de bolivarianas ?
                 A manifestação democrática foi reprimida com a violência e a ferocidade reservadas a um ataque inimigo, e não ao que pretende ser expressão da democracia e da liberdade.    
                 Além das agressões sofridas pelo deputado Júlio Borges, presidente da Assembléia Nacional - que foi fisicamente agredido, e também com gás pimenta, e que por isso teve de ser internado em hospital.
                  Assinale-se que vários deputados da oposição  passaram mal por causa dos gases lançados pelas forças ditas de segurança. Dentre esses, Milagros Valero, Richard Blanco e Henry Ramos Allup (ex-presidente da AN), além de Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, líder da Vontade Popular e preso desde fevereiro de 2014.
                 Consoante Carlos Romero, professor da Universidade Central da Venezuela (UCV) a mensagem dada pelo chavismo se resume a "Não passarão". Como sempre, os chavistas se apropriam da mensagem tipo escatológico, como as da resistência de Dolores Ibarruri do "No Pasarán", que dizia respeito à luta contra os fascistas.
                Não há decerto qualquer semelhança entre Dolores Ibarruri[1], La Pasionaria do regime da República Espanhola e os gangsters do regime de Nicolas Maduro.
               Pois na verdade em que se transformou o regime de Hugo Chávez ? Nada a ver com o de Nicolás Maduro? Este impede por todos os meios o instituto do recall, a que Hugo Chávez não teve medo de concorrer e vencer.
               Nicolas Maduro não é apenas uma grotesca caricatura de Hugo Chávez. Ele usou de toda a desfaçatez para evitar ser submetido ao recall, como constitucionalmente a Oposição requereu. Valeu-se de todas as trapaças e subterfúgios para não cumprir a obrigação constitucional do Recall. Diante de tão sólida incompetência, é compreensível mas inaceitável a sua covardia em não enfrentar o instituto democrático que faz parte do legado de Hugo Chávez Frias.
            Em associação corrupta, de índole ditatorial, que para a repressão do povo democrata da Venezuela apela para as figuras de Bolivar e da mulher corajosa que foi a comunista Dolores Ibarruri.
               Os chavistas hodiernos e seu líder, Nicolas Maduro  hoje entendem apenas de ditadura, desabastecimento, hiperinflação e narcotráfico.
               Para esses inimigos da democracia, a lata de lixo da História os espera. Não pensem homiziar-se na repressão e na violência contra a democracia e as forças que a defendem.    
               Basta de ditadura!

 ( Fonte:  O Globo )



[1] Dolores Ibarruri, La Pasionaria (1895-1989)

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