quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Pinga Fogo (II)


                                       

Crise Política

              
            O  Ministro Luiz Fux, do Supremo,  determinou que a sessão do Tribunal de Contas da União, marcada para hoje à tarde, para a análise das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, deve continuar conforme previsto.

             Falha, assim, o intento do Governo Dilma de impedir, por via judicial, a referida análise das contas pelo TCU.

 

Impedimento: Análise J. Falcão

 

               Apesar de ser termo constitucional,  mestre Falcão prefere Impedimento ao invés de Impeachment.  Em análise publicada hoje no Globo, o respeitado jurista parece mostrar-se um tanto cético quanto às perspectivas de aprovação do Impedimento.

               Para ele, a pergunta 'qual o tipo de atentado capaz de levar ao impedimento?' não é nem abstrata, nem apenas jurídica. No seu entender "é politicamente decisiva".

               Na sua análise, a resposta será dada por quem conseguir  257 votos na Câmara para levar a Mesa a iniciar a deliberação sobre a abertura do impedimento.

               Depois, conseguir 342 votos na Câmara para aceitar a denúncia contra Dilma Rousseff. 

               Depois, conseguir 54 votos no Senado para condená-la.   

               Alguém tem hoje tantos votos disponíveis?, pergunta o articulista.


               Na minha modesta interpretação, mestre Joaquim Falcão vê com grande ceticismo as possibilidades do impedimento, ou impeachment, que é o termo já marcado para esse processo político.

               Peço vênia para discordar. Não tenho dúvida de que em termos lógicos e de possibilidades matemáticas, tudo levaria a crer que o parecer de Mestre Falcão corresponda à realidade.

               Concordo com ele, mas com a seguinte distinção: o processo de impeachment tem, no caso presente, a sua própria dinâmica. Tudo pode estar na aparência combinado, e até mesmo sustentado pelos números na aparência inacessíveis no caderninho de notas.  No entanto, há um fator - que aterroriza os governantes - e que costuma contrariar todos os alicerces da lógica política. E é ele que vai determinar o resultado final. Se o sentir popular 'votar' pelo impeachment, não haverá santo, nem promessa política, que segure o resultado conforme o caderninho dos especialistas no ramo.

(  Fontes:  O  Globo; site )

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