O
governo de Donald Trump está trabalhando para agregar a Venezuela à lista de
Estados patrocinadores de terrorismo. Fazem parte de tal lista países incriminados de fornecerem de forma repetida "apoio a atos de terrorismo
internacional".
Entre esses estados se acham o Irã, a
Coréia do Norte, Sudão e Síria - Cuba foi retirada desse grupo em maio de 2015,
Em
setembro último, legisladores americanos liderados pelo Senador republicano
Marco Rubio, da Flórida, solicitaram a inclusão do país na lista. Nesse sentido, alegaram supostos vínculos com
o grupo Hezbollah, do Libano e as FARC
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Especialistas no assunto alertam que a eventual designação de um país
como patrocinador do terrorismo sem provas concretas tira a legitimidade da
lista e que, para os críticos, já seria aplicada de forma inconsistente.
As autoridades americanas não informaram se uma decisão final foi
tomada, mas nos últimos dias o Departamento de Estado pediu a várias agências
reguladoras opinião sobre a medida proposta. Rubio tem reclamado por postura
mais severa dos EUA contra a Venezuela, que fornece apoio financeiro para o
regime cubano.
A Administração Trump não exclui que o recurso a novas medidas inclua um embargo do petróleo venezuelano.
A situação da Venezuela é sanitariamente crítica. Há uma extrema
escassez de remédios e alimentos, obrigando na prática a milhares de
venezuelanos a fugirem para países
vizinhos (V. no Brasil, o caso de Roraima).
É notório que inexiste mais sistema de saúde na Venezuela, o que permite
a doenças desde muito erradicadas a retornarem, como sarampo e difteria.
Outro tema em debate pelas autoridades americanas foi o surto de
sarampo, infecção respiratória extremamente contagiosa, causada por vírus que
se propagou no Brasil, Argentina, Colômbia, Equador e Peru. A esse respeito, o
Brasil, com mais de dez mil casos "suspeitos" só no estado do
Amazonas, considera fechar a sua fronteira com a Venezuela.
Por ora, "considera" é um verbo que se afigura bastante
correto para definir uma situação que a pretexto de princípios e práticas que o
governo Maduro ignora solenemente implica na falta de qualquer medida que
possa ter efeitos práticos em salvar milhares de pessoas hoje condenadas a uma
precaríssima existência pela simples circunstância
de que na Venezuela subsiste apenas a repressão em suas várias formas para
garantir a sobrevivência de um regime que constitui vergonha para o gênero
humano.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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