Naufrágio do ARA San Juan
Cerca
de um ano depois da tragédia do submarino Ara San Juan, o casco da nave foi
identificado a 907 m de profundidade. Segundo a Marinha argentina, a nave implodiu
após falhas técnicas.
Ainda segundo as autoridades
governamentais argentinas, seriam remotas as possibilidades de que o Ara San
Juan possa ser resgatado. Com 44
tripulantes a bordos, compreende-se as pressões que serão exercidas sobre as
autoridades.
No entanto, dada a área em que
o citado submarino, parece muito
dificultosa a sua recuperação. O casco
do submarino se acha em um desfiladeiro, a 600 km de Comodoro Rivadavia, que é
o centro das operações de busca. A
descoberta de ontem, 17 de novembro, se
deve a empresa americana, que começara a atuar
no caso a setembro deste ano,
após apelo das famílias.
A companhia Ocean Infinity saíra a campo há dois
meses e prometera só receber se encontrasse o submarino.
A esse propósito, o
comandante da Base naval de Mar del Plata, Gabriel Attis, confirmou, horas
após a localização dos destroços, que o submarino implodira no fundo do
oceano. Por falhas técnicas, a pressão externa das águas profundas do
Atlântico Sul superara a de dentro da em-barcação.
Há compreensível revolta
entre os familiares, não só pelas circunstâncias do desastre, mas pelo
comportamento das autoridades e do Governo. Segundo o Comandante Attis, a embarcação foi encontrada com o casco
"totalmente deformado", mas sem "aberturas
consideráveis". Imagens mostram que
os tubos de torpedos estão sem as portas
externas.
Nesse sentido, o naufrágio
incentivou avaliação do estado das Forças Armadas da Argentina.
Depois de uma série de crises financeiras, a Defesa do país tem um dos
menores orçamentos da América Latina.
Bolsonaro
herda 54 demarcações já julgadas
O
presidente-eleito e seu já anunciado Ministro da Justiça, o juiz
Sérgio Moro, vão ter pela frente com decisões da Justiça Federal que
obrigam 54 demarcações de terras indígenas, o que consumiria (em tese) a
estrutura de trabalho da Funai (Fundação
Nacional do Índio) teoricamente pelos próximos nove anos, dada a sua alegada
capacidade de realizar seis demarcações por ano.
Contactado pela
reportagem de O Globo, o futuro
ministro da Justiça, teve o bom senso de asseverar:
"Não tenho comentário
sobre isso no momento. O governo nem assumiu ainda", observou o juiz Sérgio Moro.
Assinale-se que as 54 terras
indígenas que precisam ser demarcadas pelo governo federal, conforme sentenças
proferidas entre 2007 e 2018, estão em dezesseis das vinte e sete unidades da
federação, abrangendo do Acre ao Rio
Grande do Sul.
( Fonte: O Globo
)
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