sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Apesar do déficit, TCM aprova


                                            
         Como se verifica, a administração do Prefeito Marcelo Crivella parece dar-se bem com órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas do Município (TCM), assim como com a assembleia municipal  (que já o livrou de início de processo de impeachment). Em outras palavras, o atual Prefeito, por uma série de circunstâncias, vai bem com o poder legislativo e judicial, porém mal no que tange ao povo carioca.

        Com efeito, apesar de a Prefeitura haver terminado 2017 com um rombo de R$ 2 bilhões (e isto sem fazer obras de monta), o TCM aprovou as contas do primeiro ano de gestão deste Prefeito. O valor em tela corresponde à diferença entre o que o Município tinha em caixa e os compromissos assumidos com fornecedores e com o sistema previdenciário.
          Nesse sentido, no relatório o Conselheiro Nestor Rocha propôs que Crivella apresente plano para pagar tal dívida até o fim do mandato, no ano de 2020.
           Contudo, o rombo nas despesas pode ser maior, atingindo a R$ 2,5 bilhões.  Um processo ainda em análise no TCM avalia despesas no valor de R$ 457 milhões, contraídas pela Secretaria Municipal de Saúde em 2017. Os gastos em tela só foram informados ao tribunal em março, quando as contas já estavam sendo avaliadas.

             A análise das  contas começara em julho, mas foi suspensa por haver dúvidas se o Prefeito desrespeitara a Lei de Responsabilidade Fiscal. O relator, no entanto, considerou suficientes as explicações do Prefeito, e o processo foi retomado. No entanto, agora o TCM decide voltar ao caso e abriu ontem processo para investigar as despesas feitas. Conforme o conselheiro Felipe Puccioni, o prefeito pode ser multado em 30% de seus vencimentos de 2017 caso seja provado que houve irregularidades. Se aplicada, a multa poderá chegar a R$ 74.076,44.
                Diante dessa situação, a Prefeitura elencou série de medidas adotadas para reduzir despesas e aumentar receitas, não só em 2017, mas também em 2018. Em 2017, v.g., houve cortes de 25% nos valores dos contratos, além de haver reduzido em 50% o número de cargos comissionados.  O orçamento também foi contingenciado em R$ 2 bilhões para evitar novas despesas.

( Fonte:  O Globo )

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