Mais uma vez Donald
Trump tem de engolir os prejuízos que a postura retrógrada de sua Administração
vem causando aos Estados Unidos.
Esse
demagogo mostra na sua atitude quanto ao fator climático que a sua suposta
denegação da deterioração no clima mais participa de postura e mesmo encenação,
do que de uma real contradição desta influência na atualidade.
Pode
servir de exemplo que a Casa Branca não ousou impedir a divulgação de relatório
de especialistas das principais agências ambientais federais americanas.
É
um comportamento no mínimo contraditório para quem não só permitiu a divulgação
do relatório de expertos que mostrou o impacto causado por mudanças climáticas,
de incêndios a furacões e ondas de calor cada vez mais agressivas, o que já
está prejudicando os Estados Unidos e fará a economia encolher 10% até 2100, o
que implicará no dobro das perdas da recessão de 2008.
Donald Trump tem de forma irresponsável estimulado o consumo de
combustíveis fósseis, sob o argumento de estimular a economia. Como provado demagogo, ele tem o vezo de
mesclar declarações de caráter retrógrado - como duvidar de que o homem possa
influenciar fatores climáticos - a par
de irrespon-savelmente reverter regulações ambientais aprovadas por seu
antecessor e de acenar com a eventual saída dos EUA do acordo de Paris sobre o
clima. Sem embargo, malgrado as declarações bombásticas, até o presente ele não
tem tomado qualquer providência na matéria.
Demagogo ou não, Trump vê a sua posição desmoronar sob o peso dos fatos.
Assim, a porção continental dos Estados Unidos está 1,8 grau mais quente do que
há cem anos, e cercada por mares em médio 20 centímetros mais elevados. Segundo
o relatório, até 2050 a temperatura média estadunidense poderá ter mais 2,3
graus adicionais, assim como a destruição dos recifes de corais.
O relatório calcula ainda o impacto climático para a economia americana:
US$ 141 bilhões em custos por mortes relacionadas ao calor; US$ 118 bilhões
pela elevação do nível do mar, e US$ 32 bilhões de danos de infraestrutura até
o final do século.
O impacto visto nos últimos quinze anos ficará mais forte e isto só se
ampliará, afirma Gary Yohe, professor de
economia e estudos ambientais da Wesleyan University, que analisou o
relatório. "Perdemos quinze anos de tempo de resposta. Se perdermos mais
cinco anos, a história piora. Quanto mais você esperar, mais caro será."
A atitude a respeito de Donald Trump é enigmática, em termos de
determinar porque o presidente se recusa a tomar uma postura que é a determinada
pelo bom senso e/ou por quem tenha um Q.I. mínimo de inteligência. Qual o propósito desta negação da evidência?
Que ganho secreto ele conta colher se continuar a repetir tolices de um Q.I. de
inteligência bastante inferior?
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário