A presença do Prefeito Crivella -
melhor dizendo, a sua ausência - está por toda a parte desta cidade de São Sebastião do Rio de
Janeiro.
De início, esqueçam os concidadãos em
olharem para o asfaltamento das ruas e, sobretudo, para as quase inexistentes
faixas que indicariam aqueles espaços aconselhados pela autoridade municipal
quando os pedestres tiverem de cruzar logradouros públicos.
Por desleixo ou por falta de tempo -
não acredito que falte verba para tal tarefa - Sua Senhoria deixou de renovar a
pintura no asfalto das ditas faixas, que sinalizam aos senhores pedestres que
ali é o espaço para atravessar avenidas e ruas.
O que resulta são restos quase
arqueológicos do trabalho de prefeituras do passado.
Mas no registro das atenções que
essa prefeitura resolveu destinar ao carioca, cabe registrar, em ordem
crescente:
(a) Sua Senhoria parece não
dar-se conta de que aumenta a olhos vistos o percentual de idosos na sua
jurisdição. É esta a impressão com que o pobre habitante de o que foi a chamada
Cidade Maravilhosa, quando o
Prefeito, na determinação cronométrica de o que concede a tais pobres indivíduos
para atravessarem com sinal verde uma avenida ou rua de grande movimento. Pois,
meus ilustres passageiros do Bonde Brasil,
Sua Senhoria o Prefeito concede oito segundos ! Parece
brincadeira de mau-gosto, mas infelizmente é verdade: no atropelo de avenidas e
ruas, para ele, oito segundos bastam para atravessar com o sinal esmeralda!
Depois, vermelho para o infeliz, que a municipalidade tem pressa, sobretudo no
que toca a carros e ônibus! Será que na desordem urbana - de que a Cidade dita
Maravilhosa é rainha - oito miseráveis
segundos bastam? Pergunto-me se Sua Excelência tem um idoso que more no seu
palácio... Será que acaso a sua idade não mereceria alguma consideração na
azáfama do tráfego? Ou será que a Márcia
terá providenciado que ele ande só de carro?
(b) por onde anda a sua Polícia Municipal?
São gerais as queixas de taxistas e de outros motoristas, quanto ao inusitado
número de caminhões, que em horas não autorizadas se detêm nos
principais logradouros, para entregarem carga ou acaso recolhe-la. Tudo fora da
hora legal - se ela acaso existe - e, com desculpas pela repetição, sem
qualquer atenção dos guardas municipais responsáveis! Como eles procedem - os
motoristas dos ditos caminhões - com a comovente certeza da impunidade, pela
falta de guardas, V.Excia. entenderá o atropelo que se cria e os decorrentes
congestionamentos, que, não por acaso, acontecem nas principais artérias da
sofrida Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
(c) não quero aborrecer a Vossa
Excelência (mais acima, esqueceu-me o Vossa Senhoria...), mas recordo-me agora
que por méritos eventuais de antecessores seus, passou a ser atribuído ao
Prefeito da que se chamava Cidade Maravilhosa o título de Excelência. Não me importo em reconhecer-lhe essa saudação que lhe
seria devida, mas confesso que preferiria sentir algum mérito na atribuição
dessa saudação.
Como não pretendo desta feita
mais cansá-lo com as queixas dos concidadãos da mui Leal e Heróica Cidade de
São Sebastião do Rio de Janeiro, aviso que na próxima oportunidade, me ocuparei
de dois problemas que parecem não existir para Vossa Excelência: o reflorescimento
dos camelôs e a desordem ciclista.
Com meus cumprimentos e atenciosas
saudações.
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