sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Marielle: questões em aberto


                           


          Apesar do relativo otimismo das notícias de imprensa. o Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reiterou ontem que um "complô" vem impedindo a elucidação do assassínio da vereadora Marielle Franco (PSOL)  e de seu motorista, Anderson Gomes.
              De acordo com o site G1, o ministro citou "interesses" de "agentes públicos, milícias e políticos", que não querem que se chegue ao nome dos mandantes e dos executores do crime, ocorrido a catorze de março de 2018. Até agora, nenhum suspeito foi preso.
              "Não tenho dúvida de que, se nós não conseguirmos desbaratar esse complot que impede que venham à tona os mandantes e os executores, vai ficar muito difícil - afirmou o ministro."Sem sombra de dúvida, existem interesses que envolvem agentes públicos, milícias, políticos, que não querem e impedem que se chegue aos mandantes, sobretudo poderosos mandantes, e também aos executores, que perpetraram o bárbaro crime."
              Perguntado sobre declaração do secretário de Segurança do Rio, General Richard Nunes, que dissera um dia antes que milicianos estão envolvidos "com toda certeza" no assassinato da vereadora, ele afirmou, "com toda a certeza, se não estava no mando do crime em si, está na execução."
               Segundo fonte da força-tarefa federal, criada para apurar o crime, o governo acredita que organização criminosa esteja atuando para interferir na elucidação das execuções. Os suspeitos seriam policiais, milicianos e também políticos, como referiu ontem o Secretário de Segurança Pública.

Suspeita de interferência.   A 1º de novembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Ministro Jungmann que a Polícia Federal investigasse como o crime vem sendo apurado no Rio, porque há suspeita de interferência no caso.  Ela também solicitou que a PF dê proteção às famílias dos novos depoentes.
                  Um grupo de agentes federais e de procuradores da República atuam no Rio para acompanhar o inquérito. A participação da PF e do Ministério Público Federal  não interfere, sem embargo, nas investigações do M.P. estadual e da Divisão de Homicídios (DH).  A Polícia Civil do Rio declara que o caso segue sob sigilo.

( Fonte: O Globo )

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