Apesar do relativo
otimismo das notícias de imprensa. o Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reiterou ontem que um
"complô" vem impedindo a elucidação do assassínio da vereadora
Marielle Franco (PSOL) e de seu
motorista, Anderson Gomes.
De acordo com o site G1, o
ministro citou "interesses" de "agentes públicos, milícias e
políticos", que não querem que se chegue ao nome dos mandantes e dos
executores do crime, ocorrido a catorze de março de 2018. Até agora, nenhum
suspeito foi preso.
"Não tenho dúvida de que, se
nós não conseguirmos desbaratar esse complot que impede que venham à tona os
mandantes e os executores, vai ficar muito difícil - afirmou o ministro."Sem
sombra de dúvida, existem interesses que envolvem agentes públicos, milícias,
políticos, que não querem e impedem que se chegue aos mandantes, sobretudo
poderosos mandantes, e também aos executores, que perpetraram o bárbaro crime."
Perguntado sobre declaração do
secretário de Segurança do Rio, General Richard Nunes, que dissera
um dia antes que milicianos estão envolvidos "com toda certeza" no
assassinato da vereadora, ele afirmou,
"com toda a certeza, se não
estava no mando do crime em si, está na execução."
Segundo fonte da força-tarefa
federal, criada para apurar o crime, o governo acredita que organização
criminosa esteja atuando para interferir na elucidação das execuções. Os
suspeitos seriam policiais, milicianos e também políticos, como referiu ontem o
Secretário de Segurança Pública.
Suspeita de
interferência. A 1º de
novembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao
Ministro Jungmann que a Polícia Federal investigasse como o crime vem sendo
apurado no Rio, porque há suspeita de interferência no caso. Ela também solicitou que a PF dê proteção às
famílias dos novos depoentes.
Um grupo de agentes federais
e de procuradores da República atuam no Rio para acompanhar o inquérito. A
participação da PF e do Ministério Público Federal não interfere, sem embargo, nas investigações
do M.P. estadual e da Divisão de Homicídios (DH). A Polícia Civil do Rio declara que o caso segue
sob sigilo.
(
Fonte: O Globo )
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