quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Identificados assassinos de Marielle


                       
       O general Richard Nunes, secretário estadual de Segurança, declarou que a polícia identificou "participantes" do assassínio da vereadora Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes. Na mesma entrevista, exibida ontem pela Globo News, o general afirmou que milicianos estão, "com toda certeza" envolvidos no crime, que como sabe, fora praticado em março, no Estácio.
        "Não é um crime de ódio, falei isso logo na primeira entrevista que dei, em março. É um crime que tem a ver com a atuação política (dela), que contrariou alguns interesses. E a milícia, com toda certeza, se não estava no mando do crime em si, participou da execução" - disse Nunes, que, questionado se há político envolvidos no caso, respondeu "provavelmente".
          O Secretário de Segurança informou, outrossim, que o inquérito sobre o duplo homicídio tem catorze volumes e que "alguns culpados já foram encontrados. No entanto, o general destacou que a preocupação agora é reunir "provas cabais", para que os responsáveis pelo crime não sejam inocentados.
           E assim prosseguiu a autoridade: "O problema todo é esse, nos temos que criar uma narrativa consistente, ligando os atores com provas cabais que não venham a ser contestadas no Tribunal do Juri. Isso seria um fracasso"- arguiu o general, aditando que espera solucionar o crime até 31 de dezembro, quando findará a intervenção federal na segurança pública do Estado.

              Dentro dessa seara, o general Nunes igualmente afirmou que não aprova a extinção de sua pasta. A medida foi anunciada pelo governador-eleito Wilson Witzel, que dará status  de secretário ao chefe da Polícia Civil e ao comandante-geral da PM:
                "Eu não faria isso. No nosso entendimento, a palavra de ordem é integração.  Isso  é (importante) não só no Rio de Janeiro, mas em qualquer lugar - disse o general Nunes.  Ele lembra, a propósito, que as Forças Armadas vêm fazendo operações em conjunto com as polícias militar e civil.
                  Quanto ao "abate" de criminosos armados com fuzis: "Isso se justifica em determinados momentos. Um criminoso portar um fuzil é tremenda ameaça.  Mas não fizemos do enfrentamento o ponto central de nossa atuação."

( Fonte: O Globo )     

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