O general Richard Nunes, secretário estadual de
Segurança, declarou que a polícia identificou "participantes" do
assassínio da vereadora Marielle Franco (PSOL), e do motorista
Anderson Gomes. Na mesma entrevista, exibida ontem pela Globo News, o general afirmou que milicianos estão, "com toda
certeza" envolvidos no crime, que como sabe, fora praticado em março, no
Estácio.
"Não é um crime de ódio, falei
isso logo na primeira entrevista que dei, em março. É um crime que tem a ver com
a atuação política (dela), que contrariou alguns interesses. E a milícia, com
toda certeza, se não estava no mando do crime em si, participou da
execução" - disse Nunes, que, questionado se há político envolvidos no
caso, respondeu "provavelmente".
O Secretário de Segurança informou,
outrossim, que o inquérito sobre o duplo homicídio tem catorze volumes e que
"alguns culpados já foram encontrados. No entanto, o general destacou que
a preocupação agora é reunir "provas cabais", para que os
responsáveis pelo crime não sejam inocentados.
E
assim prosseguiu a autoridade: "O problema todo é esse, nos temos que
criar uma narrativa consistente, ligando os atores com provas cabais que não
venham a ser contestadas no Tribunal do Juri. Isso seria um fracasso"- arguiu o
general, aditando que espera solucionar o crime até 31 de dezembro, quando
findará a intervenção federal na segurança pública do Estado.
Dentro dessa seara, o general Nunes igualmente afirmou que não aprova a
extinção de sua pasta. A medida foi anunciada pelo governador-eleito Wilson Witzel, que dará status
de secretário ao chefe da Polícia Civil e ao comandante-geral da PM:
"Eu não faria isso. No nosso entendimento, a palavra de ordem é
integração. Isso é (importante) não só no Rio de Janeiro, mas
em qualquer lugar - disse o general Nunes.
Ele lembra, a propósito, que as Forças Armadas vêm fazendo operações em
conjunto com as polícias militar e civil.
Quanto ao "abate"
de criminosos armados com fuzis: "Isso se justifica em determinados
momentos. Um criminoso portar um fuzil é tremenda ameaça. Mas não fizemos do enfrentamento o ponto central
de nossa atuação."
(
Fonte: O Globo )
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