Foi o que muita gente
pensou no início de sua Administração. Vice de Sérgio Cabral, o ultra-corrupto
governador do Rio de Janeiro, que despontara como grande valor do MDB, hoje todos
sabem como terminou a carreira do Chefe de Pezão.
A campanha eleitoral de Pezão para
assumir a governança do Estado enfatizou a suposta faceta bonachona do
candidato. Apresentava Pezão visitando os pais, em família de classe média sem
grandes voos.
O jeitão de Pezão tratar os
eleitores, com seu modo simples, que refletiria não um enfeite, mas a realidade
do candidato. Muitos acreditaram.
Não os incomodou a contradição
entre ser vice de um governador havido como um dos grandes solitários valores
do MDB - que há muito deixara de ser o partido de Ulysses Guimarães, o paladino
da democracia que enfrentara os militares e que desaparecera da cena política,
e que virara uma grande frente de medalhões - mas que jogara fora o futuro,
embarcando numa louca rota de propinas e de orçamentos de obras públicas
inchados (era tempo de Copa do Mundo, com os executivos de uma Fifa corrompida
exigindo a transformação dos Estádios, para aparecerem mais modernosos) .
Além de desfigurar o
Maracanã, o estádio das multidões da
Copa de Cinquenta, construíram muitos outros, para abrigar as chaves da Copa de
Setenta. Hoje, quase esqueletos eles restam a lembrar-nos das ilusões do
campeonato mundial, como muitos com dimensões fora de qualquer propósito para
os respectivos locais, como a Arena das Dunas, e os estádios de Amazonas, Mato
Grosso e mais alguns, sem qualquer
proporção para os seus públicos reais, lá estão perdidos nas suas arquibancadas
vazias mas sempre modernosas.
A campanha eleitoral de
Pezão - o vice "honesto" de Sérgio Cabral - deve ser inscrita
naquelas modelo pela habilidade e capacidade de ilaquear o eleitorado. Apresentou-lhe o seu jeito 'povão' e até foi
ajudada pela Presidenta Dilma que condoída com os sapatos do vice de Cabral,
conseguiu-lhe um par sob medida com o tamanho de acordo com seu apelido.
Às vésperas de terminar o mandato, a Lei
invadiu-lhe o Palácio, para prendê-lo, pela mesma corrupção que carregara com o
seu chefe, desde muito na cadeia, e com as róseas perspectivas da carreira
política no beleléu.
Surpresa! Pezão é igual
ao chefe condenado! Acusado de desviar quarenta milhões de reais, a ele que
mantivera pelos seus dois mandatos o 'esquemão' do chefe Cabral, e que aumentara, por causa da inflação, o
percentual das propinas de 5 para 8%, a
única regalia que os agentes lhe concederam foi ter o seu café da manhã de
governador, antes de ser despachado para a cadeia.
( Fonte: O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário