O caso "Boi
Barrica" determinara censura ao Estado de S. Paulo, a qual durou 3.327 dias por ordem de Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios. O jornal ficara proibido de publicar informações da "Operação Boi Barrica", que envolvessem
o empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney (MDB).
Não
há muito o que festejar nesse caso. Nas
primícias desse blog, escrevi muitas linhas contra tal imposição
antidemocrática, obtida junto a magistrado do TJDF.
Como
sói acontecer em muitos casos, as questões chegam inclusive a alcançar as
alturas do STF, mas por motivos que a sã razão desconhece, mas demasiado ainda
presentes em tais momentos, costumam refletir realidades incômodas.
É a
regra de dar tempo ao tempo, que, por motivos que a razão sói ignorar, reúnem a
força digamos jurídica necessária para prevalecer enquanto o cenário não mude
de forma radical.
Antes tarde do que nunca, é a observação que reponta, mas ela incomoda,
e muito, sobretudo porque esses triunfos quase póstumos são um ramo deveras
quebradiço, quanto ao que deve ser a Justiça, que sói aparecer sob a
conveniente venda nos olhos, eis que é
dita valer erga omnium.
Não
sei, dados os antecedentes, se é o caso de festejar. Para todos os efeitos, o
Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, derruba a censura ao
"Estado de S. Paulo". Diga-se,
de passagem, s.e.o.o, que desde muito o próprio Jornal não mais inseria nas próprias
páginas a menção de que se achava sob
censura.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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