O fim de semana do Brexit - que é o título do blog - nos deixa bastante céticos sobre
a perspectiva de que o Povo inglês tenha em futuro próximo possibilidade concreta
de livrar-se da mess (bagunça) criada
pela fraqueza de Theresa May e de o que resta da fuga generalizada da
"prisão" do seu próprio gabinete.
Quando a May, em seu penúltimo
discurso, se referira à maneira ordenada com que tinha a intenção de pôr as coisas no seu devido lugar, em meio
ao deboche generalizado que então provocou,
é caso de perguntar-se o que é ainda necessário para que o establishment inglês
se conscientize de que a mediocridade de Mrs May é demasiado grande para que os políticos de Sua
Majestade continuem agindo como se nada teria acontecido que contribua para que
a incapacidade de Theresa May se torne um fato que por mais os líderes
coinvoltos nessa 'mess' tentem apresentar como superável, em verdade eles se
defrontam com uma situação nova, para a qual tenham de aplicar qualquer coisa
que seja diverso de o que a presente líder conservadora haja tentado apresentar
como uma "solução".
O próprio Jeremy Corbyn
surpreenderia se desse ao povo inglês uma solução que ainda não fosse camuflada.
Se a líder conservadora falhou na sua proposta de solução para o brexit, tal se deve à circunstância de
que o tratamento que deu ao tema o terá tornado inassimilável pela outra
parte. Assim, o que faria um líder que
com coragem se dispõe a enfrentar o desafio?
Depois de todas as confusões de um brexit
muito mal encaminhado, a solução óbvia - que reforçaria a posição oficial
inglesa - é muito simples. Há muitas
dúvidas nos súditos de Sua Majestade quanto à maneira correta de encaminhar o
problema de determinar o que realmente deseja o povo inglês.
A maneira correta de proceder, se
nos ativermos a tal premissa, é reconhecer a confusão criada por um brexit conduzido em atmosfera estival e
ainda por cima de parte de um gabinete que renunciaria em seguida, no único
momento em que o establishment inglês
reconheceu o próprio erro, na maneira superficial e irresponsável com que essa
questão capital fora tratada, tanto pela falta de percepção do gabinete de David
Cameron na enormidade do erro em que incorrera, quanto posteriormente
na irresponsabilidade de vários políticos demasiado jovens para que se dessem
conta de que não deveriam projetar as próprias carreiras como projetos
pessoais, e sim tendo presente o interesse geral do Povo inglês.
Por isso, grita aos céus que
esta questão deve ser retomada da capo,
como diriam os italianos - from the beginning! Diante da incapacidade do atual
gabinete de conduzir de forma satisfatória a questão, grita aos céus,
repito, que essa questão deve ser tratada remetendo ao Povo inglês a pergunta
se está interessado em proceder a um novo referendo sobre a conveniência ou não
de sair da Comunidade Europeia. Por demasiado tempo, se protelou essa solução. Quero crer que a sensação do erro histórico
está demasiado presente, para que o Povo inglês não sinta a necessidade de interromper um processo que, por uma
infinidade de causas - que não creio seja o caso de repeti-las - se tal
sensação de erro está presente de uma forma quase absoluta, o Povo inglês deverá repassar essa matéria, e
chegar não a meias conclusões, mas a uma inteira, integral, que afaste falsos
problemas! Se houve erro no passado, ainda é hora de corrigi-lo !
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