O favorito no campo republicano, Donald Trump, venceu em Massachusetts, com 49% dos votos, e
também em Alabama, Georgia e Tenessee, e com percentuais mais baixos, em Arkansas, Vermont e Virginia.
Entre os adversários no GOP, o Senador Ted Cruz ganhou no Texas (44%), Oklahoma e Alaska, prevalecendo
sobre o adversário direto, Sen. Marco
Rubio, que venceu tão somente em Minnesota, com 37% dos sufrágios.
Como Rubio antes reivindicara assumir o
cetro de principal desafiador de Trump, esse sofrível desempenho o deixa em
posição bastante difícil.
Os demais integrantes do pelotão do GOP tiveram desempenho medíocre na
Super-Terça, e são sérios candidatos a pularem fora da competição.
Trump,
em verdade, não teve a performance
avassaladora que se esperava (ou se temia). Somente em Massachusetts quase
obteve a maioria absoluta do total, e nos demais estados, atingiu percentuais altos, porém longe dos 50%,
por força do número de pré-candidatos restantes no campo do GOP (cinco).
Ted Cruz semelha consolidar-se, assim, como o runner-up[1] de Donald Trump.
Por sua vez, Marco Rubio, depois de alardear altas pretensões - oferecendo-se até
para ser o adversário único de Trump, e
por conseguinte o campeão da causa da direção partidária do Grand Old Party - não é que, de repente,
nesta manhã de 4ª feira, dois de março, olha para trás e vê as três vitórias de Ted Cruz, contra a sua magra
performance, com uma vitória isolada (pouco mais do terço dos sufrágios, em
Minnesota) .
Por sua vez, a alta hierarquia do GOP, literalmente apavorada com o
desempenho de D. Trump, que ela pensara fosse apenas figurar como o favorito do
verão. Agora, ela o vê cada vez mais bem posicionado para arrebatar a nomination. Depara-se, por conseguinte,
com o problema de o que fazer para tentar brecar ao maverick[2]
Donald Trump. Como opção teria apenas o Senador pelo Texas, Ted Cruz, embora
cogite igualmente de tirar do chapéu, se possível, um grande nome partidário, representante
da elite dominante no Partido Republicano.
Esta teme o independente Trump como que precipitando catastróficos comícios em novembro p.f. com a eventual perda do Senado pelo Partido Republicano, o enfraquecimento do predomínio na Câmara - a que o gerrymander pró-republicano pós-shelacking (tunda) amortecerá o impacto da real maioria democrata (só um milagre político devolveria Nancy Pelosi à curul de Madam Speaker na Câmara de Representantes). O restabelecimento da normalidade republicana - e aqui me refiro não ao GOP, porém aos Estados Unidos da América - deverá levar ainda tempo, para que tais empecilhos a que a Câmara reflita a realidade do pensamento político americano possam ser legalmente afastados....
Esta teme o independente Trump como que precipitando catastróficos comícios em novembro p.f. com a eventual perda do Senado pelo Partido Republicano, o enfraquecimento do predomínio na Câmara - a que o gerrymander pró-republicano pós-shelacking (tunda) amortecerá o impacto da real maioria democrata (só um milagre político devolveria Nancy Pelosi à curul de Madam Speaker na Câmara de Representantes). O restabelecimento da normalidade republicana - e aqui me refiro não ao GOP, porém aos Estados Unidos da América - deverá levar ainda tempo, para que tais empecilhos a que a Câmara reflita a realidade do pensamento político americano possam ser legalmente afastados....
( Fontes: The New York Times, site de O Globo )
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