Hillary Clinton, nos
democratas, e Donald Trump, nos republicanos continuam a coletar delegados em
maior número de que seus adversários.
Hillary ganhou com grande vantagem no
estado sulista de Mississipi, a ponto de contrabalançar um inesperado tropeço
em Michigan, onde o adversário Bernie
Sanders logrou um upset (vitória
inesperada), devido em grande parte ao apoio dos eleitores jovens (mais de
sessenta por cento). Por causa do número de delegados que arrebatou no
Mississipi, Hillary continua, no entanto, a distanciar-se de seu rival, o Senador
por Vermont.
Por outro lado, a união contra Donald
Trump continua a negar fogo. Quebrando uma incipiente reação, Ted Cruz decepcionou em
Michigan, Mississipi e também nos caucus do Havaí (todos levantados pelo
front-runner Trump). Sem embargo, o
Senador pelo Texas ganhou em Idaho, e tirou o segundo lugar em Michigan e
Mississipi.
Para assegurar a nomination antes da Convenção em Cleveland, em julho, Trump precisaria vencer na Flórida e em
Ohio. Nesses dois estados, enfrenta os favourites
sons (filhos diletos) Marco Rubio
e John Kasich, que estão ambos pela bola
sete. Se derrotados em seus estados, normalmente Rubio e Kasich não mais terão
condições de continuar na corrida.
Sobraria apenas Ted
Cruz para defender as cores da hierarquia (ainda assustada com o avanço de
Trump). Haverá possibilidades para o senador pelo Texas se Trump chegar à Convenção
republicana, este ano sediada em Cleveland, ainda sem o número necessário para
ter nas mãos a nomination. A hierarquia teria então a ocasião de tentar recorrer às suas últimas cartas contra um nominee que ela julga pernicioso para os interesses do GOP.
Nesse caso, a hierarquia do Grand Old Party - que
teme a candidatura de Trump sobretudo pelos seus efeitos colaterais no restante
da campanha - tudo fará para lograr substituir o maverick (independente) Donald
Trump por alguém com mais trânsito nas estruturas partidárias. O medo dos
cartolas republicanos está basicamente em perder a presidência contra Hillary e, de cambulhada,
também a maioria no Senado (sem falar nas governanças estaduais). Mas esse
efeito Trump às avessas poderia estar sendo hipertrofiado nas suas eventuais
repercussões negativas.
E nada como uma eventual vitória deste
candidato à revelia do establishment
para mostrar aos grandes do partido as irresistíveis qualidades de Donald Trump, e, dessarte, trazê-los de
volta ao aprisco...
( Fonte: The New York Times )
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