Há interpretações distintas na grande imprensa quanto
à posição de Dilma Rousseff, diante da condução coercitiva de Lula
da Silva - seu guia e criador - determinada pelo juiz Sérgio Moro. Não há negar o sucesso da operação, referendada
pela Ministra Rosa Weber, embora tenha havido voz dissidente, a do Ministro
Marco Aurélio. Dada a posição deste último, e as respectivas opiniões,
permanece o apoio institucional do Supremo à postura do juiz Sergio Moro.
Será o fim do projeto do PT, como
refere Eliane Cantanhêde, analista
política do Estadão? Segundo ela,
"a condução coercitiva de Lula e de seu primogênito, Fábio Luiz, não foi
nenhuma surpresa no mundo político, mas é daqueles fatos que todo mundo espera,
mas quando acontecem, são como uma explosão atômica."
A sua dedução pode parecer evidente:
"Com Lula depondo na Polícia Federal e acossado, junto com a Presidente
Dilma Rousseff, pelas acusações de Delcídio Amaral, não há outra conclusão
possível senão a óbvia: é o fim do projeto do PT."
A reação de Dilma ao impensável (sobretudo
para a nomenclatura petista) da operação Lava-Jato afinal não só batendo à
porta, mas levando o ex-presidente para responder a perguntas, por condução
coercitiva, deu vaza a interpretações contrastantes, Enquanto certos órgãos
assinalam que a Presidente saíu em defesa de Lula (Estadão), o Globo
sublinha que ela "defende Lula, mas dedica mais tempo a rebater
Delcídio".
Nesse contexto, a Presidenta
declarou-se "indignada" e inconformada com o alegado vazamento seletivo da peça acusatória
do Senador Delcídio Amaral. São conhecidas as limitações de Dilma Rousseff,
limitações essas que por consequência natural se estendem ao respectivo
ministério, que é por certo um campeão da mediocridade republicana.
Nos escalões políticos, a importância
do ministério não se marca obviamente pelo número, pois em política como em
tudo o mais, a inchação não pode confundir-se com a qualidade. Por outro lado, as características dos
titulares - e as exceções são microscópicas - refletem a falta de valor objetivo
de quem, em hora crepuscular, foi chamada a pensar o Brasil. Pois é esta a
atribuição principal de chefe de governo. Infelizmente, pensar uma nação,
constitui atividade que não aparece todo o dia. Por isso, José Ingenieros se esforça em frisar que os medíocres podem ter
valor. No entanto, esse elogio da mediocridade é também o reconhecimento de
suas extremas limitações.
Aqui, não é o lugar para reconhecer
qualidades a quem não as tem, em especial aquelas que marcam o Primeiro
Servidor do Estado, e a sua capacidade de deixar a respectiva, indelével marca.
Depois de avançar de forma
animadora, o processo do impeachment
dorme sono agitado, eis que grande parte da população continua desejosa de que
vá a termo. O quero já, do jovem D. Pedro II, cabe aqui e como!
No seu caminho, no entanto,
talvez a maior pedra tenha sido jogada pelo jeitoso Ministro Luís Roberto
Barroso. O mais recente Ministro, Edson Fachin, impressionara a muitos pela
qualidade de seu voto-parecer, ao ensejo da ação movida pelo PCdoB - que é uma sucursal do PT. Assim
como no México,o PRI dispunha de partidos menores, que se ocupavam de questões que, por vezes, o então regime mexicano do PRI
preferia agir por provocação menos do que por iniciativa própria.
Com o seu voto-parecer, o
Ministro Barroso (o do ponto fora da curva)
pensara deter a tramitação do impeachment.
Sem embargo, atualmente essa questão está atravessada no nosso Supremo, eis que
fez prevalecer tese que vai contra o artigo 2 da Constituição (os três Poderes
da União são independentes e harmônicos entre si), além de ter barrado o voto
secreto na constituição da Comissão Especial, quando o sigilo do voto é no
Legislativo o procedimento a ser adotado, para proteger a liberdade de opinião
! Além disso, Sua Excelência detonou as
candidaturas avulsas, em outra suposta 'correção' de o que o Legislativo
predispusera. Com o mal-estar criado por tal intromissão de um Poder no outro,
mormente em questão da relevância do impeachment,
a habilidade do ministro Barroso
acabou por entornar o caldo e nesse momento não se sabe como se há de resolver
tal questão.
Como no caso de Dilma, para
quem a mediocridade política terá sido a chave principal para que Lula da Silva
a tirasse da algibeira, a questão mais importante será saber como se há de
resolver a petição assinada por varões do valor e da qualidade de Hélio Bicudo, e do professor Miguel Reale Júnior.
A Câmara de Deputados, na
qual se encontra a petição, atravessa momento peculiaríssimo, no que tange à
sua direção, eis que o deputado Eduardo
Cunha foi declarado réu pela unanimidade dos membros do Supremo. Sem
embargo, a fraqueza de seu Presidente,
eis que não constitui apenas um risco a circunstância de que os seus dias à
frente do plenário estão contados, não
deve de nenhuma maneira afetar o processo do Impeachment.
Salta aos olhos a sua necessidade urgente, mas o governo do PT só pensa em salvar-se,
quando há uma pluralidade de fatores que mais do que grita, berra pela
necessidade nacional de que a matéria seja atendida e prontamente, sem maiores delongas.
Tudo clama pelo impeachment de Dilma Rousseff. O seu despreparo,
a decorrente situação do Brasil - a nossa economia é a terceira do mundo em
estado falimentar: antes de nós, apenas, a pobre Ucrânia, dilacerada pela
guerra civil, pela perda ilegal de uma província (Criméia) e por uma condição
de quase-guerra com a Federação Russa
de Vladimir Putin, que fomenta a oeste movimentos separatistas. E qual o outro
país que se acha abaixo do Brasil? A pobre Venezuela de Nicolas Maduro, abatida pela colossal incompetência do chavismo,
pela enorme corrupção dos costumes republicanos, tudo isso conjugado com o
inelutável desmoronamento da economia.
Correm contra Dilma
Rousseff também ações no Tribunal Superior Eleitoral, e que, se aceitas pelo
TSE, determinariam o pronto afastamento do governo de Dilma, com a cassação de
sua licença.
De uma forma ou de outra
- e a delação de Delcídio Amaral pode transformar-se pela sua gravidade no que
tange a Dilma Rousseff na pedra final para que esse desastrado governo conheça
o seu término,sendo a ação do Povo e Congresso é indispensáveis. Os estragos
produzidos pela dupla Lula-Dilma deveriam pôr fim a um
governo que exagera em muitos aspectos, nenhum deles bom, para que continuemos
a suportá-lo e deparar esse revertere
na fortuna do Brasil.
Em tempos de Getúlio
Vargas se dizia que ou o Brasil acabava com a saúva, ou a formiguinha acabaria
com o Brasil.
Hoje a questão é
muito mais séria, que vemos refletidas nos milhões de desempregados, na queda
contínua da atividade econômica, enfim, na situação atolada no ridículo de que
o Pais que se dizia trouxera o futuro para o presente, com a afirmação de sua
economia, de sua moeda, de sua gente, eis que, de súbito, despenca no vazio de recessão
que ameaça virar depressão, em meio à incompetência e sobretudo a corrupção. De
uns tempos para cá a vida política é contínua projeção de escândalos, e de
personagens patibulares. Ao invés de grandes temas e conclamações para
realizações e situações que dêem prazer e segurança ao brasileiro, o dia-a-dia
é uma sucessão de escândalos, com dona Corrupção distribuindo favores.
O Brasil é
demasiado grande, para continuar deitado nesse miasma de escândalos, com o
dúbio perfume da Corrupção.
Não podemos mais embalar-nos na
crença de que as alianças do PT e de seus governos de ministros anônimos possam
estender-se sem que ninguém ouse vir às praças, às avenidas e às janelas para
gritar que não só governar é preciso!
Vamos reinventar o
Brasil e dar um pontapé na corrupção. Temos de abrir as janelas e as portas dos
palácios para, com uma vela na mão, sairmos à busca de gente honesta para
governar a Terra de Santa Cruz, que disso está muito precisada!
( Fontes: O
Globo, Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo, Isto É, VEJA )
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