Será
a vez de Renan?
Segundo notícia de O Globo, atualmente existem no
Supremo sete inquéritos investigando Renan Calheiros, presidente do Senado
Federal. Desses procedimentos, seis foram abertos no âmbito da Lava-Jato, e há
também o que investiga originalmente o caso Mônica Veloso.
No entanto, existe ainda outro processo:
a PGR pediu abertura de novo inquérito contra Renan, por suspeita de lavagem de dinheiro e
peculato. Os indícios surgiram a partir de inquérito que investiga se uma
empreiteira pagava pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma
filha.
Além desses, se o Ministro Dias Toffoli
concordar com a PGR, serão oito processos. A nova investigação foi conduzida
internamente pelo MPF e tem 1922 páginas, divididas em nove volumes. O
Presidente do Senado é suspeito de ter cometido "infrações penais
tributárias", segundo os autos que estão sob segredo de Justiça.
O caso original Mônica Veloso veio à
tona em 2007 e levou à renúncia de Renan
da presidência do Senado. Em seguida, o
chegou ao Supremo. Neste primeiro inquérito, Renan é acusado de falsidade
ideológica, uso de documento falso e peculato. O inquérito já estava pronto
para ser julgado e tinha sido liberado para a pauta de julgamentos no inicio do
mês. Na penúltima semana de fevereiro, a defesa alegou falha processual.
O relator, Ministro Edson Fachin,
decidiu retirar o caso da pauta e o reencaminhou à Procuradoria Geral da
República, que deverá emitir parecer sobre a suposta falha no processo.
Qual o resumo de mais este processo
contra Renan Calheiros. Na denúncia apresentada pela PGR ao STF, a
Procuradoria-Geral concluíu que o parlamentar não tinha dinheiro suficiente
para pagar a pensão alimentícia a Mônica Veloso. Segundo a denúncia, Renan
apresentou documentos falsos para comprovar que tinha condições de arcar com a
despesa. Mas as quebras de sigilo
bancário mostraram o contrário.
Não é decerto a primeira vez que o
Governador Fernando Pimentel (PT) tem problemas na Justiça. Desta feita,
tratam-se de suspeitas de pagamentos indevidos à mulher de Pimentel, Carolina
Oliveira Pimentel, assim como sobre a prestação de contas à Justiça Eleitoral
relativa à campanha que o elegeu governador. Nesse sentido, a PGR pediu para a
Polícia Federal ouvir o Governador sobre essas duas questões.
Assinale-se que Pimentel e
Carolina são investigados em inquérito
no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta da Operação Acrônimo, que apura
um suposto desvio de recursos públicos para financiar campanhas.
Por outro lado, a casa da
Primeira Dama de Minas chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão quando
a operação foi deflagrada em maio de 2015. Um relatório da PF diz que uma empresa dela, antes de ser Primeira Dama
das Alterosas, era de fachada. Assinale-se que o empreendimento em tela
recebeu recursos do BNDES, que é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento e
Indústria, no período em que Pimentel foi titular da Pasta (2011-2014).
Outra suspeita sendo
investigada é que o Governador deixou de
declarar à Justiça Eleitoral gastos com empresas em nome do amigo Benedito de
Oliveira Neto, o Bené, que havia caído na malha da Operação Acrônimo.
Por fim, o Tribunal Superior
Eleitoral manteve ontem a rejeição das contas de campanha de Pimentel. Os
ministros, no entanto, decidiram por afastar uma multa de R$ 50,8 milhões, que
tinha sido aplicada pelo TRE de Minas Gerais.
E ainda outro Governador,
Beto Richa (PSDB) do Paraná caiu na malha da Operação Publicano. Trata-se de engenhoso esquema em que
auditores atuantes na Receita de Londrina reduziam dívidas tributárias em troca
de propina e o esquema viria a abastecer
um Caixa 2 da campanha à reeleição de Richa em 2014, com a soma de R$ 2
milhões, conforme as investigações.
( Fonte:
O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário