domingo, 20 de março de 2016

Colcha de Retalhos D XI


                   
Tragédia familiar
 

         Para os jornais, a manchete diz que acidente aéreo mata ex-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, o empresário Roger Agnelli, de 56 anos (faria 57, no próximo dia três de maio). 

        A verdade é bem mais trágica. O monomotor, logo que saíu do Campo de Marte, caiu sobre uma casa na Zona Norte na capital paulista.

        Registrada em nome de Agnelli, viajavam na aeronave, com ele a esposa Andrea, a filha Ana Carolina e seu marido, e o filho João, com a namorada.

        A família Agnelli rumava para o Rio de Janeiro, onde compareceria a um casamento.

         As causas do acidente com o monomotor ainda não foram determinadas.

          Pelo Twitter, o Senador José Serra (PSDB) deplorou a morte do executivo: "Lamento muito a tragédia do Roger Agnelli e sua família. Conheci-o como presidente da Vale, onde teve um grande desempenho."

 
A Visita de Obama a Cuba

 

           O Presidente Barack Obama visita Cuba a partir de hoje,  até  22 de março. A presença do presidente americano, impensável até  pouco, poderá contribuir para que seja levantado o embargo, o que depende do Congresso estadunidense, em que, por ora, os republicanos dominam as duas Câmaras.

            Há esperanças para que, junto com as relações diplomáticas já estabelecidas, cresça igualmente o comércio entre os dois países. Para tanto, pode servir o Porto de Mariel, construído com dinheiro do BNDES, que o transformou no maior e mais moderno porto do Caribe.

            Como já referira em blog anterior, na sua inauguração acorrera toda a chusma dos líderes próximos ao chavismo, talvez pensando na possibilidade de servir-se dos dólares brasileiros, que o governo petista concedera com tanta generosidade a Fidel e  Raul Castro.

               Sobretudo o valor do tal financiamento ainda mais avulta, se tivermos presente a qualidade dos portos nacionais, que até hoje não mereceram igual munificência.

 
Impeachment de Dilma

 

                  Quando o jogo já está na prorrogação, e as perspectivas não são boas, é compreensível o nervosismo na equipe. Não será outra a atitude no Palácio do Planalto, com Dilma ameaçada não só pelo impeachment, mas também pelo apoio das ruas, que cresce em favor da decretação da sentença de morte do governo petista.

                     O poder de arregimentação de Lula da Silva dá à turma que defende o governo de Dilma a esperança de que o ex-torneiro mecânico possa virar o jogo.

                     No entanto, ainda está de pé a intervenção de Gilmar Mendes. Sem que seja desfeita, ele não tem autoridade para sequer convocar reunião no Palácio do Planalto, eis que impera ainda sua condição de mero cidadão. A nomeação salvadora feita por Dilma Rousseff foi embargada pela Justiça, e enquanto esse embaraço não for cortado, Lula é um simples cidadão como outro qualquer.

 
Guerra de Palavras

 

                   O novo Ministro da Justiça terá essa força toda?  Pensará encurralar o Juiz Sérgio Moro?

                    Será que o PT, na sua condição minoritária nacional - e a comparação entre o treze de março, com a maior demonstração popular da história do Brasil e a profusão de elogios ao Juiz Moro, e a reação do PT, que empalidece diante da força da população no domingo treze - dispõe de ambiente para fazer todas essas ameaças - ação de intimidação do Juiz Moro, ataque à Lava-Jato e à Polícia Federal, investida no Congresso, para tentar virar o jogo na batalha do  Impeachment ?

                     Vejo muita bazófia e tentativa de intimidação. Não é à toa que a Lava-Jato chegou aonde chegou. Ela tem apoio da maioria da população, além de dispor de uma aguerrida equipe de policiais, valorizada em seu trabalho e na certeza de estar fazendo o que devem fazer. Pensa-se no Brasil e no seu futuro, e não em proteger este bando ou aqueloutro. O  'crime' da Lava Jato é o de desvendar o Petrolão e todas as demais tentativas de privatizar o público.

                      Por sua vez, este senhor que surge no crepúsculo de uma Administração corrupta, vem com as vestes do salvador do Petismo, de Lula e de Dilma pretende falar grosso e faz muitas ameaças. Tenha-se presente que tanto a Lava Jato, quanto o movimento pró-impeachment não são tenras crianças, indefesas contra qualquer ataque.

                      A Lava-Jato já chegou muito longe para morrer na praia. Ela não está defendendo pessoas, mas sim o restabelecimento de um governo digno desse nome, e não o grupo com que ela se deparou ao iniciar a própria caminhada.

                       Não será a primeira ameaça que terá recebido, lá em Curitiba, o Juiz Sérgio Moro. Na sua 13ª Vara terá enfrentado muitas investidas do gênero, para que ora arrefeça caminho.

                       Muita vez será próximo dos estertores  que o grupo a investir contra o seu trabalho e pessoa que mais alto há de falar, e mais irá carregar nas ameaças. Para quem saíu de onde saíu, defendendo o interesse do Brasil e de seu Povo, não pensem que palavras e tentativas de vã intimidação são coisas que ele desconheça. No fim, a porfia pode assustar aos fracos. Nunca àqueles que já arrostaram toda sorte de ameaça, velada ou não, de dentes expostos ou não, brandindo toda sorte de instrumento, desde  torpes ofertas de dinheiro sujo, até os melífluos sorrisos de luzentes vantagens. A todas elas as enfrentou com a determinação dos justos, e a paga o jovem juiz a recebe na gratidão e nas palavras de toda a gente, humilde ou não, mas sempre escritas com as garrafais letras do apreço do Povo brasileiro.

                         O jogo na verdade já se aproxima da prorrogação. E quanto mais alta a ameaça, mais brilha o sinal de que a refrega já se acerca do fim, e nesta partida, não tenham dúvida, o lado do bem vai prevalecer, e o escore será de sete a um em favor da boa gente brasileira, e do Juiz Sérgio Moro, que, com brio e orgulho, veste as nossas cores.

 

( Fontes:  O  Globo, Folha de S. Paulo )

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