Tragédia familiar
Para os jornais, a manchete diz que
acidente aéreo mata ex-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, o empresário Roger Agnelli, de 56 anos (faria 57, no
próximo dia três de maio).
A verdade é bem mais trágica. O
monomotor, logo que saíu do Campo de Marte, caiu sobre uma casa na Zona Norte
na capital paulista.
Registrada em nome de Agnelli, viajavam
na aeronave, com ele a esposa Andrea, a filha Ana Carolina e seu marido, e o
filho João, com a namorada.
A família Agnelli rumava para o Rio de
Janeiro, onde compareceria a um casamento.
As causas do acidente com o monomotor
ainda não foram determinadas.
Pelo Twitter, o Senador José
Serra (PSDB) deplorou a morte do executivo: "Lamento muito a tragédia
do Roger Agnelli e sua família. Conheci-o como presidente da Vale, onde teve um
grande desempenho."
O Presidente Barack Obama visita Cuba a partir de
hoje, até 22 de março. A presença do presidente
americano, impensável até pouco, poderá
contribuir para que seja levantado o embargo, o que depende do Congresso
estadunidense, em que, por ora, os republicanos dominam as duas Câmaras.
Há esperanças para que, junto com
as relações diplomáticas já estabelecidas, cresça igualmente o comércio entre
os dois países. Para tanto, pode servir o Porto de Mariel, construído com
dinheiro do BNDES, que o transformou no maior e mais moderno porto do Caribe.
Como já referira em blog anterior, na sua inauguração acorrera
toda a chusma dos líderes próximos ao chavismo, talvez pensando na
possibilidade de servir-se dos dólares brasileiros, que o governo petista
concedera com tanta generosidade a Fidel e Raul Castro.
Sobretudo o valor do tal
financiamento ainda mais avulta, se tivermos presente a qualidade dos portos
nacionais, que até hoje não mereceram igual munificência.
Quando o jogo já está na prorrogação, e as
perspectivas não são boas, é compreensível o nervosismo na equipe. Não será
outra a atitude no Palácio do Planalto, com Dilma ameaçada não só pelo impeachment, mas também pelo apoio das
ruas, que cresce em favor da decretação da sentença de morte do governo
petista.
O poder de arregimentação
de Lula da Silva dá à turma que defende o governo de Dilma a esperança de que o
ex-torneiro mecânico possa virar o jogo.
No entanto, ainda está de
pé a intervenção de Gilmar Mendes. Sem que seja desfeita, ele não tem
autoridade para sequer convocar reunião no Palácio do Planalto, eis que impera
ainda sua condição de mero cidadão. A nomeação salvadora feita por Dilma
Rousseff foi embargada pela Justiça, e enquanto esse embaraço não for cortado,
Lula é um simples cidadão como outro qualquer.
O novo Ministro da Justiça terá essa força toda? Pensará encurralar o Juiz Sérgio Moro?
Será que o PT, na sua
condição minoritária nacional - e a comparação entre o treze de março, com a
maior demonstração popular da história do Brasil e a profusão de elogios ao
Juiz Moro, e a reação do PT, que empalidece diante da força da população no
domingo treze - dispõe de ambiente para fazer todas essas ameaças - ação de
intimidação do Juiz Moro, ataque à Lava-Jato e à Polícia Federal, investida no
Congresso, para tentar virar o jogo na batalha do Impeachment ?
Vejo muita bazófia e
tentativa de intimidação. Não é à toa que a Lava-Jato chegou aonde chegou. Ela
tem apoio da maioria da população, além de dispor de uma aguerrida equipe de
policiais, valorizada em seu trabalho e na certeza de estar fazendo o que devem
fazer. Pensa-se no Brasil e no seu futuro, e não em proteger este bando ou
aqueloutro. O 'crime' da Lava Jato é o
de desvendar o Petrolão e todas as demais tentativas de privatizar o público.
Por sua vez, este senhor
que surge no crepúsculo de uma Administração corrupta, vem com as vestes do
salvador do Petismo, de Lula e de Dilma pretende falar grosso e faz muitas
ameaças. Tenha-se presente que tanto a Lava
Jato, quanto o movimento pró-impeachment não são tenras crianças, indefesas
contra qualquer ataque.
A Lava-Jato já chegou
muito longe para morrer na praia. Ela não está defendendo pessoas, mas sim o
restabelecimento de um governo digno desse nome, e não o grupo com que ela se
deparou ao iniciar a própria caminhada.
Não será a primeira
ameaça que terá recebido, lá em Curitiba, o Juiz Sérgio Moro. Na sua 13ª Vara
terá enfrentado muitas investidas do gênero, para que ora arrefeça caminho.
Muita vez será próximo
dos estertores que o grupo a investir
contra o seu trabalho e pessoa que mais alto há de falar, e mais irá carregar
nas ameaças. Para quem saíu de onde saíu, defendendo o interesse do Brasil e de
seu Povo, não pensem que palavras e tentativas de vã intimidação são coisas que
ele desconheça. No fim, a porfia pode assustar aos fracos. Nunca àqueles que já
arrostaram toda sorte de ameaça, velada ou não, de dentes expostos ou não,
brandindo toda sorte de instrumento, desde torpes ofertas de dinheiro sujo, até os
melífluos sorrisos de luzentes vantagens. A todas elas as enfrentou com a
determinação dos justos, e a paga o jovem juiz a recebe na gratidão e nas
palavras de toda a gente, humilde ou não, mas sempre escritas com as garrafais
letras do apreço do Povo brasileiro.
O jogo na verdade já
se aproxima da prorrogação. E quanto mais alta a ameaça, mais brilha o sinal de
que a refrega já se acerca do fim, e nesta partida, não tenham dúvida, o lado
do bem vai prevalecer, e o escore será de sete a um em favor da boa gente
brasileira, e do Juiz Sérgio Moro, que, com brio e orgulho, veste as nossas
cores.
( Fontes:
O Globo, Folha de S. Paulo )
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