quinta-feira, 31 de março de 2016

O porquê do Impeachment


                     

          Através de meus blogs, ao longo do primeiro mandato e deste segundo, acompanhei - e principiei a temer-lhe os resultados - a desabalada carreira ladeira abaixo dos governos de Dilma Rousseff.

          Devemos ambos à irresponsabilidade não da pupila, porque não tem condições de preparo e estudo, para conscientizar-se de o que estava provocando, mas de seu mentor, que apesar de não ter muitos estudos, já aprendera o suficiente nos seus dois mandatos acerca dos perigos das improvisações no campo das finanças públicas, e nos riscos das políticas heterodoxas.

No primeiro mandato, Dilma tratou de desestruturar o Plano Real. Como alguém que despertassem de um longo sono - que lhe poupara atravessar as angústias e os riscos da caminhada através dos planos miraculosos e da inflação galopante, não só comendo os salários da gente miúda, mas deglutindo décadas inteiras - ela se rendeu de novo aos encantos do desenvolvimentismo, revivendo antigas fórmulas e mecanismos de que o dragão escarnecera e se desfizera, abandonados que foram no cemitério dos planos miraculosos, que só se fazem lembrar nas cobranças retroativas que na via dos tribunais a vasta companhia dos desiludidos da sorte pensa recuperar.

            O PT, que tantas vezes no passado tentara percorrer a via do impeachment, agora quando se redescobre a vítima da vez, tuge e muge para dizer que impeachment é golpe.

            Para esse tipo de gente que não vê nada de mais, nas próprias maquinações, e que acredita ver nas alheias todo o tipo de cavilosa perversidade, a sorte será madrasta.

            Para os espertalhões da vez, aqueles que fingem acreditar que tudo lhes é permitido, e agem em consequência, não há decerto de surpreender que a reação da sociedade, cansada de pagar pelas consequências das irresponsabilidades fiscais de Dilma Rousseff, procure livrar-se pelos  remédios constitucionais dos embustes, dos desastres e do descalabro fiscal, que é a herança desse governo petista.

            Enganados pelas fáceis promessas de Lula & Cia., o Povo Soberano votou pensando que abria as portas de Pasárgada - onde todos são amigos do Rei e aonde tantas fantasias se materializam, como nos sopra o poeta. Ledo engano para aqueles que, iludidos, compraram esse pacote, em legal operação, através da conhecida maquineta - que não se pode dispensar e, por isso, deve ser tratada com as maiores precauções.

           Os partidos costumam ser os senhores dos slogans. Nenhum problema aí, desde que mantenham atitude prudente quanto às suas criações, sobretudo as mais fantasiosas.

            É aí que mora o problema do PT. Vê maracutaias em toda parte, desde que de fabrico alheio. Nas suas, contudo, por mais mirabolantes que sejam, nelas  PT e suas criaturas  acreditam piamente...

            Com a cara mais limpa desse mundo, Dilma afirma que não cometeu crime de responsabilidade e que impeachment é golpe.   Não é fato incomum que alguém venha a crer nas próprias invenções.

             Depois de tanto ver em outrem as maquinações do golpismo, e de propô-las como explicação dos respectivos problemas, a negação da realidade não há de surpreender. É comum que criminosos temam os seus adversários, porque acreditam que eles possam imitá-los no próprio comportamento.

              Janaína Paschoal, a respeito, declarou notadamente: " Tenho visto vários cartazes dizendo que impeachment sem crime é golpe. Essa frase é verdadeira. Mas estamos aqui diante de um quadro em sobram crimes de responsabilidade. Poderíamos dividir essa denúncia em três grandes partes: a questão das pedaladas fiscais, a questão dos decretos não numerados baixadas sem autorização desta Casa e o comportamento omissivo doloso  da presidente com pessoas próximas a ela no caso do petrolão.

               A jurista Janaína demonstrou a seguir que essas três situações estão conectadas, porque foi preciso  editar decretos sem base orçamentária e utilizar recursos de bancos públicos para pagar despesas da União - as "pedaladas fiscais" - justamente devido aos desvios de recursos que ocorreram em outros órgãos, como a Petrobrás.  Tais ações levariam a um "golpe", com a reeleição da Presidente Dilma em 2014 num pleito em que foi ocultada a real situação do país.

                Janaína disse, outrossim, que a responsabilidade fiscal para este governo, não é um valor. Prova que não é um valor é que se fala reiteradamente que isso é uma questão menor.  Mas, se a responsabilidade fiscal não for observada, nenhum programa pode ser mantido.

                 Por sua vez, o dr. Miguel Reale Jr. focou sua apresentação nas "pedaladas fiscais". Para o jurista, esse artifício contábil foi utilizado pelo governo federal para manter em andamento programas sociais, pagar benefícios e conceder subsídios constitui crime de responsabilidade por ter sido usado para esconder um déficit fiscal e com objetivo político. Para ele, considera que a atual crise econômica é consequência desse tipo de política.

                   Em magistral condensação das causas e efeitos dessa 'solução', afirmou o jurista: "Se apropriaram de um bem dificilmente construído, o equilíbrio fiscal, e as consequências são gravíssimas para as classes mais pobres, que estão sofrendo com a inflação, desemprego e desesperança.

                   O jurista Reale Júnior afirmou, outrossim, que foi cometido ainda crime de falsidade ideológica, ao se omitir as operações de crédito do Banco Central. Ressaltou além disso que tal política provocou perda de credibilidade e que a esperança de futuro do país foi "sequestrada".

 

( Fontes:  O Globo, Manuel Bandeira )

quarta-feira, 30 de março de 2016

Correio do Impeachment (3)

                             


        O PMDB, como um partido com muitos caciques, é por vezes assimilado a uma grande liga partidária, em que a ideologia predominante é a do sistema no poder.

        Depois de sua aliança com Fernando Henrique e o PSDB, o horizonte do PMDB mudaria para nova aliança, com o PT do Lula, paz e amor.

        Como a permanência do PT no mando já se estendeu além do período de FHC, o PMDB tem sido o aliado do Partido dos Trabalhadores desde janeiro de 2003. São cerca de treze anos, que ontem foram cortados em breve sessão, adrede combinada. A moção da ruptura com o Partido dos Trabalhadores ensejou processeo  que não tomou mais do que três minutos para ser concluído, com a prevista aclamação da leitura pelo Senador Romero Jucá, de Roraima, de moção do PMDB da Bahia, pedindo o imediato desembarque do Governo.

        A moção aprovada sob os aplausos de mais de cem membros do Diretório Nacional, pede ainda a entrega dos cargos e abertura de processo de ética contra aqueles que a contrariarem.

        Não estabelece, porém, prazo para que os ministros e demais peemedebistas deixem o governo. Tal forma genérica e com rito sumário foi elaborada com a participação de Michel Temer que desejou evitar rachas internos, saindo, como é seu feitio, da movimentação como um conciliador.

         Apenas cinco diretórios - Pará, sob o comando de Jader Barbalho; Amazonas, sob o controle de Eduardo Braga; Alagoas, comandado pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros; e Sergipe e Mato Grosso tampouco enviaram representantes.  A ausência de apenas cinco diretórios em 27 foi interpretada como clara demonstração de força de Michel Temer.

          E por falar de ausências, além do Presidente do Senado, a Ministra Katia Abreu (Agricultura) fez saber à cúpula que ficará no cargo e que está em busca de outra legenda para se filiar. 

          Dos outros dois Ministros, avalia-se que ambos tentarão permanecer nas respectivas pastas. São Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), este último do grupo de Eduardo Cunha, e cuja permanência fica dependente de o que suceder com o processo contra o seu chefe no Conselho de Ética.

          Dentre os ausentes à reunião do PMDB, está o Senador Renan Calheiros.

 

              Há muitas resistências contra o Senador Renan Calheiros, de movimentos em Brasília. Por tal razão, as cerimônias de sua posse, sobretudo aquelas em público, tiveram a presença de manifestantes, contrários a Calheiros. Essa resistência não terá sido enfraquecida pelos inúmeros processos que ora se acham no Supremo e lhe dizem respeito.

               Até o momento, por motivos que oficialmente se ignoram, ele não foi formalmente acusado em nenhum deles. Não há indiciamentos, portanto, mas os processos pendem sobre sua cabeça como espada de Dâmocles.

                Dada a sua proximidade com a Presidenta, Renan manteve nesses dias discurso cauteloso sob dois temas para ele delicados: o rompimento do PMDB com o governo, assim  como acerca do processo de impeachment contra a Presidenta, hoje, trinta de março, iniciado formalmente na Câmara, com os discursos a favor do impeachment do professor Miguel Reale (Pedaladas Fiscais) e da Professora Janaina (desvios fiscais no Governo e o dano decorrente à população).      

                  Em duas frentes, Calheiros tem mantido um discurso cauteloso sobre o rompimento do PMDB com o Governo Dilma e ipso facto, sobre o processo de impeachment da  presidente.

                  A posição de Renan, isolada no PMDB, joga com esses paus de dois bicos: cautela sobre o rompimento do PMDB com o Governo, e  a fortiori, sobre o processo de impeachment da Presidenta. Ausente da reunião, disse Renan esperar que o "impeachment não chegue ao Senado", e acrescentou que não participara da grande reunião para não 'partidarizar' sua atuação como Presidente do Congresso.

                    Procurando mostrar uma suposta isenção no processo, disse: "É uma decisão democrática do partido que tem que ser levada em conta. Se esse processo (de impeachment) chegar ao Senado, e espero que não chegue, vamos juntamente com o Supremo decidir o calendário."

                     Presente à cerimônia um grande personagem da Câmara, o deputado Jarbas Vasconcelos afirmou: "Lula, Dilma e o PT conseguiram unificar quase que na totalidade o partido contra o governo. Na minha história, não vi nenhum ato tão próximo da unanimidade no PMDB, como este."

                      É importante para o PMDB que uma figura da relevância de Jarbas Vasconcelos compareça à reunião de significado histórico do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e dele participe não mais como um dissidente, como era o que ocorria na prática. Se sobrelevar a figura de Jarbas Vasconcelos no horizonte do partido de Ulysses Guimarães, isso será bom não só para o PMDB, mas também para o Brasil.

 

( Fonte: O  Globo )

Jean Charles tem direitos humanos ?


                                
       Nós brasileiros temos ainda presente o que a Polícia de Sua Majestade britânica fez com Jean Charles, um dos muitos de nossos compatriotas que tiveram de emigrar para as Europas, em busca de sustento seu e de suas famílias?

       Qual é a grande culpa de Jean Charles, que veio a causar-lhe a infausta e prematura morte?

       Na verdade, não haverá culpa mais estranha e, no entanto, arraigada e inamovível, que é a marca e a aparência de ser brasileiro.

       Por causa de sua condição, da pobreza e da falta de oportunidade do próprio meio, Jean Charles teve que viajar para bem longe de sua terra natal.

       Não só queria trabalhar, senão ganhar salário digno, de modo a garantir sustento, morada e respeito a ele próprio e sua família.

       Jean Charles pensou que lá, aonde com dificuldade chegara, obtivera emprego seguro e remunerador.

       No entanto, o brasileiro Jean Charles - que logo tratara de trazer para junto dele a própria família - esqueceu-se de um detalhe ao qual aqui não se dá importância.

       Todavia, esse mero pormenor não é coisa de somenos na Terra de Sua Majestade.

        Nordestino, tinha a cor de tantos nossos nacionais, o moreno jambo da gente brasileira.

        Indo para o trabalho, a polícia de Sua Majestade, tangida pela histeria das ameaças terroristas, logo o confundiu na matinal anônima multidão que como rebanho se encaminha para o metrô e o trabalho, com alguma perigosa presa, sinalizada nos cartazes dos serviços da ordem.

        E, no entanto, Jean  Charles tinha todos os papéis em ordem. Só uma marca o traía, marca essa de nascença: era brasileiro e de compleição morena.

         Poderia acaso haver tentado explicar-se, dizer que era inocente, mesmo sem saber de quê?  Pois a sua condição de brasileiro, de humilde terceiro-mundista, e a sua cor de jambo - que o diferençava dos demais branquelas - lhe apontava como suspeito!

          Suspeito de quê? Eis a pergunta que paira sobre essa gente, vítima de uma cruel, sanhuda triagem, que o torna suspeita perante as forças ditas da Ordem.

          E o inocente Jean Charles sabia de sua sina naquela terra madrasta, de gente estrangeira e que o tratava amiúde com aquela inata desconfiança que ela reserva às legiões de trabalhadores anônimos que ali estão para servir a essa mesma gente - em trabalhos que ela estima indignos dela própria.

          É a sorte da ignomínia que a plaga de gente rica dispensa aos proletários que acorrem das terras tropicais. Eles pagam com a sua faina miúda os salários que os locais lhe dão, com a má-vontade que se dispensa àquilo com que esses mesmos locais não podem viver sem.

          Pela aparência e a pobreza, Jean Charles integra sem o saber a princípio, o peculiar submundo do proletário interno. Tal madrasta condição ele a aprenderá durante a permanência em terra que, a um tempo, o repele e dele carece, num desses mal-amarrados pacotes  que o recebedor  acolhe com desconfiante incerteza.

         Vejam só, meus senhores e minhas senhoras, a sentença prolatada pela Alta Corte Européia dos Direitos Humanos!

         Reza o aresto que "a Justiça britânica conduziu investigação efetiva sobre morte de brasileiro confundido como terrorista".

         Jean Charles foi perseguido sem trégua nem oportunidade de declarar a sua verdadeira condição. Como ele parecia terrorista, pela tez e por aparência, e como não tinha outra saída senão fugir, pois a polícia de Sua Majestade lhe estava no encalço, a Corte Europeia dos Direitos Humanos o considera a priori culpado, pela própria condição da pobreza, que o torna suspeito dos piores malfeitos.    

          Jean Charles não tinha qualquer saída. Era culpado por ser trabalhador estrangeiro em terra de gente rica (e portanto temerosa) brasileiro, com a pele morena, que muitos apodam de pardo. O agente da lei de Sua Majestade o temia por várias razões: fugira, quando policial armado investira contra ele; estranho temor de Jean Charles, a um tempo lhe oferecia a senda da salvação, mas também o inculpava, porque depois, na serena ordem dos gabinetes policiais, o medo de Jean Charles - que a sua sorte confirmaria - valeria como ulterior desculpa para a organizada violência policial.

            Parece fábula, minha gente, mas é verdade, e nela está a sorte do imigrante, legal ou ilegal (como se a fome decidisse da legalidade), que cinicamente vira sentença da Alta Corte Europeia dos Direitos Humanos.

             Não cabe aqui, como não coube na viela do Metrô de Sua Majestade, quando o seu policial matou Jean Charles - que, excluída a própria condição, não ameaçava ninguém - qualquer aceno dessa Justiça que se autoproclama nos salões em que ela dita as próprias sentenças.

              Teme a gente de là bas o fasto de muitas justiças. A pompa e o fausto podem trazer dentro de si, como suprema ironia, a própria negação de o que pretendem tanto sinalizar, quanto significar.

 

( Fontes:  Site de O Globo; Arnold Toynbee )        

terça-feira, 29 de março de 2016

Correio do Impeachment (2)


                        
        Começam a sair os ministros peemedebistas do Governo Dilma. A saída de Henrique Eduardo Alves, do Turismo, marca o primeiro a partir. É conhecida a cercania de Alves com o Vice-Presidente Michel Temer, e o seu intúito será o de dar a largada na antiga aliança PT-PMDB, com treze anos de duração. Além dos seis demais ministros de estado peemedebistas que faltam demissionar, há seiscentos cargos federais de importância a serem largados  pelo PMDB. A par disso, Temer acompanha de perto o comportamento dos demais partidos, que integram a chamada base. É quase certo que outros partidos - que hoje formam na chamada base de apoio, como  PP, PSD e PR, venham a seguir tal exemplo, ou pelos menos liberem  as próprias bancadas para votar como quiserem sobre o impeachment.

       O que o PT deseja a todo custo evitar é o de criar mais animosidade, em um momento já delicado. Ao invés de acirrar o ambiente, interessaria à direção petista compor e não indispor os ânimos, como fatalmente ocorreria com a ameaça no discurso do líder do governo no Senado, Humberto Costa, ao dizer em ameaça explícita a Temer que ele será "o próximo a cair" caso o afastamento do PMDB seja aprovado.

       Depois de várias semanas transcorridas evitando uma reunião com o Vice Michel Temer, neste domingo 27 de março, o ex-Presidente Lula da Silva logrou afinal um encontro com Temer, em São Paulo.

       Na oportunidade, Michel Temer traçou panorama da situação interna no PMDB. Adiantou Temer que o clima para a reunião do Diretório Nacional é pelo rompimento. Nesse contexto, aduziu, em resposta a perguntas de Lula da Silva, que não há mais condições de reverter o quadro favorável à separação do Governo.

         Nesse contexto, ao indagar o ex-presidente Lula da eventual possibilidade de um adiamento da reunião do Diretório Nacional,  o presidente Temer afastou qualquer especulação nesse sentido, ao asseverar  que o resultado pró-rompimento já estava consolidado  e que, por conseguinte, não mais seria possível "segurar o partido".

       

       E se preciso fora de ulterior indicação dessa prevalente tendência peemedebista, amostra dessa impossibilidade estava na decisão de ontem, 28 de março, do diretório peemedebista de Minas Gerais  de romper com o governo Dilma Rousseff, na linha e no exemplo já encetado pelo diretório do Rio de Janeiro.

  

        Lula, mais ou menos se autodesignou como comissário pró-manutenção de condições que viabilizem a montagem, ainda que precária, de estrutura política que consiga dar a Dilma um simulacro de governo. Ao invés de dar declarações como a do líder do PT no Senado, Senador Humberto Costa, que ameaçou o vice Michel Temer de que ele será "o próximo a cair", o ex-presidente Lula acentuou:

        "Vejo com muita tristeza o PMDB abandonar o governo ou se afastar. Pelo que estou sabendo, os ministros do PMDB não sairão e nem a Dilma quer que eles saiam."

 

         Evitando assim a crassa inabilidade de sua pupila, que afastara  em represália o Presidente da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), como punição à saída de Ministro do PMDB (e, por conseguinte, precipitando a atual magna crise), Lula voltou a ser o paz e amor da eleição de 2002: "no segundo mandato, nós fizemos um acordo com o PMDB. Ainda assim, a gente nunca teve todo o PMDB. Você tem vários estados em que o PMDB quer apoiar o governo."

 

          Ao cabo, a velha raposa veio com a seguinte estória: "O governante precisa pensar no futuro e não ficar preocupado  em sobreviver dia a dia, que é o que está acontecendo hoje.  É uma sangria todo santo dia, e com o apoio de uma certa mídia, que colabora para que o clima de ódio fique estabelecido nas ruas deste país." E assim arrematou o velho político:"Deixem essa mulher governar."

 

           Comovente, não lhes parece?  Mas em deixando ela governar, é que o Brasil veio a sofrer da inflação de dois dígitos, a séria e pesada crise da recessão econômica, com o largo desemprego que afeta a tantos milhões de brasileiros. Tudo isso sem falar na escrachada corrupção que, com o Petrolão, arrebentou com a Petróleo Brasileiro S.A. Apesar de tantos anos como chefe do seu Conselho de Administração, enquanto Ministra da Casa Civil, ela nunca soube de nada quanto ao assalto à Petrobrás pela aliança das empreiteiras. Desse modo, na prática, com as negociatas da Enferrujadinha (Pasadena),  só em passado recente, com a Operação Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro e o Ministério Público Federal, o Poder Público pode uma vez mais tirar a Petróleo Brasileiro S.A. dos baixios e atoleiros da maior corrupção da História do Brasil.

            

             E para que tudo isso acontecesse, os culpados não são duendes ou fantasmas. São políticos (no lado passivo, agentes grandes e pequenos), tanto no Poder Executivo, quanto no Legislativo, apadrinhados partidários, de alto bordo, médio e baixo bordo; e no lado ativo, empreiteiros (presidentes, diretores e empregados) doleiros e agentes partidários. Foi necessária uma nada santa-aliança entre as empreiteiras (a relação abaixo não é exaustiva): Odebrecht, OAS, Camargo Correa, Mendes Júnior, Engevix, UTC, Queiroz Galvão e outras mais...) A sofisticação nessa corrupção será tão grande que haverá necessariamente lacunas na tipificação dos inúmeros elementos atuantes, pela diversificação de papéis dentro do crime organizado, os quais forçosamente serão omitidos, não voluntariamente, mas pela própria ignorância, o que sem dúvida é um dos pouquíssimos  casos em que esse tipo de desconhecimento possa ser visto positivamente...

 

 

( Fontes:  O Globo, Folha de S. Paulo )

segunda-feira, 28 de março de 2016

Fraqueza do Poder Público no Rio


                        

        O atual poder público no Rio de Janeiro tem dado mostras de preocupante fraqueza.

        Pela troca de tiros entre traficantes e PMs, uma criança morreu - nos braços de seu avô  - abatida pela chamada bala perdida.

        Por causa disso, em escola no Rio de Janeiro, as crianças ficaram retidas pela reação de traficantes, em protesto à morte de um de seus elementos, abatido pela polícia.

        Em função disso, alunos de escolas elementares se tornaram na prática reféns de situação com a qual nada tinham a ver. Diante de troca de tiros com traficantes de favela próxima com a força pública, esta preferiu mantê-los nas dependências escolares, temendo que algo lhes acontecesse.

        Obviamente, as crianças devem ser protegidas. O que choca é que inocentes sejam  utilizados impunemente por marginais, para manifestar o seu protesto contra o que acontecera com traficantes, tornando meninos e meninas reféns de situação sobre as quais nada deveriam ter a ver.

       Assim, temendo a chantagem de bandidos, se submete crianças a estúpida provação. Não me parece que a polícia militar  no Rio de Janeiro esteja em situação de tal fraqueza, que se veja obrigada a permitir que tal absurdo se perpetre contra crianças inocentes, mantidas por horas a fio em situação do gênero, vítimas de uma extorsão brutal do crime organizado.

       Outra situação que guarda certa similaridade com a prepotência anterior, está na resistência dos invasores do Jardim Botânico, que se negaram a ser removidos do espaço público - que fora inaugurado por Dom João VI, quando aqui residia - apesar de um longo processo em que foi plenamente determinada o absurdo de sua instalação ilegal no bi-centenário espaço destinado à nossa flora.

         Segundo consta, a resistência dos moradores abusivos no espaço público - de resto admitida por tempo muito além de o que seria admissível  se lá existisse autoridade que preservasse o que é público - e em especial, um vasto e secular terreno dedicado ao plantio e preservação da vegetação brasílica, que deve ser aberto à visitação pública - essa resistência serviu-se de um destacamento de invasores que intervieram contra essa medida, como se bando de indivíduos tivesse o poder de impedir a expulsão de invasores dos próprios da União (e de parques públicos).

         Assinale-se que desrespeitaram não só o direito manifesto da preservação da área pública, mas levaram a insolência ao ponto de desobedecer ordem judicial expressa nesse sentido, dando a impressão de que ali vinham como milicianos para garantir o estabelecimento indevidos daqueles invasores de próprios públicos, ainda mais afeitos à conservação de nossa flora e vegetação.

         Que se tenha feito vista grossa por largo tempo àquela invasão de áreas próprias do Jardim Botânico já evidencia a deterioração e  decadência inegável na defesa e preservação das áreas públicas, e notadamente aquelas de existência tri-secular e afetas à preservação da riqueza de nossa flora e vegetação.

         O pior está, no entanto, no vergonhoso recuo na execução de ordem judicial desde muito necessária, e que dificilmente seria pensável em outro país civilizado. Primo, não haveria a invasão de área pública, notadamente o Jardim Botânico, e Secondo, se realiza em afronta que denota a decadência do respeito do privado pelo público (que é bem comum do Povo, e como tal deve ser preservado). O Poder público, que está obrigado a defender os bens comuns, sequer se dignou a cuidar da expulsão dos invasores do Jardim Botânico, e por tal desídia, causaram a interrupção da operação.  

          A fraqueza do Poder Público se compõe com a ignorante afronta de extratos populares a uma riqueza que a todos pertence, e que claramente não se destina à invasão para estabelecer residências abusivas (como é prática nas áreas próximas às favelas).

           Atravessamos decerto um momento de omissão, temerosa ou negligente, do necessário respeito aos bens públicos, mas também às nossas crianças, que foram destratadas covardemente por traficantes, forçando-as a permanecerem longo tempo enclausuradas na respectiva escola, que é lugar de ensino e de elevação  intelectual, e nunca de cativeiro.

            E depois essa gente não fique surpresa que, diante de tais maus tratos e covarde desrespeito às nossas crianças, ouça de populares o comentário de que isso vai acabar com Bolsonaro presidente...

 

( Fontes:  O Globo, Rede Globo )             

O Correio de Impeachment


                         
         Em todas as revoluções, mesmo as pacíficas - e alguém tem alguma dúvida de que o Brasil está entrando em tal momento? - a primeira reação do poder estabelecido é a de tentar desfazer do adversário, e da potencial ameaça da coalizão de seus componentes contrastantes, como se o regime atacado estivesse firme e senhor da situação.

         Assim, não surpreenderá que o chefe do partido governista diga que a luta encetada pelo regime  não  é pela administração Dilma Rousseff, mas sim pelo Brasil. Sabemos que tal primeira reação será instintiva em todo situacionismo, assim como é próprio dos patifes que se sentem em perigo  levantar bem alto o pavilhão das cores pátrias. Tal será o recurso instintivo do regime contestado e detestado pela maioria do povo: vestir-se de verde e amarelo e, ao deparar o tumulto e a fúria dos elementos que ele próprio desencadeara, gritar aos ventos que não é o governo que está em perigo, mas sim o próprio Brasil.

          Tal tentativa - que é fruto de nascente desespero - costuma durar muito pouco. A sua breve existência é a primeira vítima de processo que foge ao controle do palácio, dada a sua total, patética  irrelevância diante de um estado de coisas que muda rapidamente, enquanto definha o poder que pela dinâmica de situação, a qual passa não só a  mudar, mas sobretudo a sair manifestamente de qualquer controle. Embora o manto a cobri-la ainda não tenha caído, pela dinâmica de um poder novo, a situação a cada hora que passa vai mudando rapidamente, a ponto de empurrar, envolver e enfim afastar a situação anterior.

            Chega o patético momento que o poder de antes ainda acredita nas próprias faculdades de mando e influência. Sopradas por um alento que não se resigna às cruéis evidências da nova situação, se repete o fenômeno físico do quase-morto que ainda pensa estar no pleno controle de si próprio e da situação.

            No entanto, ao faltar-lhe os liames antigos sobre que não mais impera, nem na verdade possui qualquer sombra de controle, não tardará muito para que soe a hora da verdade.

           Por enquanto, contudo, esta hora ainda é de sombras.  O que virá já se desvela a uns poucos, mas o momento atual do situacionismo é o da ilusão de uma resistência  que tem  dentro dela própria o germen do seu fim inelutável.

           Mas a hora será ainda daqueles que não querem ver, ou, nervosos e trêmulos, ou desviam o olhar, ou se recusam a deparar o que as circunstâncias se comprazem a adumbrar como profecias de um fim anunciado.

         

domingo, 27 de março de 2016

Colcha de Retalhos D 12


                              
O  Efeito Manada

 
                Consoante noticia a Folha em primeira página, e dando como certa a debandada do PMDB (antes, seu maior aliado), o governo Dilma Rousseff passou a ter medo de um tal de 'efeito manada'.

                Na verdade, isso não passaria da realização de uma conscientização que toma conta de várias bancadas na Câmara, que não desejam soçobrar como as hostes petistas.

                Antes na confortável maioria da ordem unida petista, agora, diante dos mares revoltos da opinião pública, o perigo do naufrágio iminente força reconsiderações de última hora, em que o salve-se quem puder passa a ser a norma.

                 Nesse contexto, e na dita base unida do governo Dilma, estão inquietos com o mar e as negras nuvens da opinião pública os anteriormente situacionistas PP, PR e PSD. Eles somam 121 deputados, um gordo e nervoso número, que, para seu extremo desconforto, não vislumbram no horizonte (que, hoje e de repente, tornou-se sombrio e enfarruscado) sinal algum de reação do Farol do Palácio do Planalto,  que transmitia, até bem pouco, doces e reconfortantes sinais do sereníssimo poder.

                  Acercando-se a refrega, e diante da inquietante realidade de um bloco que começa a perder a antiga firmeza, principiam os oficiais no convés  - que  não mais são imunes às pesadas vagas da pública opinião - a molestar seus chefes, pensando que já é hora de baixar os escaleres e se pôr com urgência a salvo, eis que a nave capitã não mais tem controle das águas que, soezes, invadem seus porões.

                    Tampouco acalmou a marujada do PT saber do encontro do oficial Gilberto Kassab (Cidades)  - que comanda a nau do PSD - com o Vice-Almirante de Sua Majestade, Michel Temer.

                     Enquanto sopram os ventos, e treme a turma do convés de baixo, o ex-capitão-mor da Armada, Lula da Silva, malgrado esforços ingentes, teve baldadas - dizem uns que por sorte madrasta, outros por maus ventos -  duas tentativas de apalavrar-se com o Vice-Almirante Temer.

                      E, por fim, ao pé da ponte da nau capitã, enquanto espreita, nervoso e a Deus temente, os maus ventos que ora sopram, o arauto do Paço, messer Rui Falcão, grita diante da fúria dos ventos e dos elementos, que a tropa está pronta e decidida para porfiar contra a cruel conjura, que traz o Mar Oceano. Talvez, por isso, sem bem saber o que diz, em meio à fúria das águas, vindas do céu e do Mar, clama aos céus, sem bem saber se o ouvem ou não: 'queremos a paz, mas não tememos a guerra'.

               

As Primárias Democratas

 

      Em Estados de população rala, sem muitos afro-americanos e latinos, Hillary aparece em desvantagem contra o Senador Bernie Sanders. Foi o  que  ocorreu nas primárias nos estados de Hawai, Alaska e Washington, em que o desafiante de Hillary Clinton ganhou com facilidade,  pela aliança de jovens e mulheres (que, estranhamente, continuam a preferi-lo, ao invés da primeira representante do sexo feminino com reais chances de se tornar a primeira Madam President dos Estados Unidos).

      Outro sistema que semelha favorecer o Senador Sanders é o dos caucus. Talvez por que seja mais desorganizado, ao gosto da base de seu eleitorado (jovens e mulheres).


Eliminação de líder do ISIS

  
       O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton B. Carter, anunciou, em conferência de imprensa, a eliminação de um dos altos chefes do ISIS, e o principal encarregado  do setor de finanças do chamado Califado.

       Embora pensassem a princípio lograr capturá-lo, tal - por motivos não revelados  - não foi possível. Sem embargo, segundo assinalou Ashton Carter, a esquadrilha conseguiu liquidá-lo, destruindo o veículo que o conduzia.

       Tratava-se de elemento do alto-comando do ISIS, Abd al-Rahman Mustafa al-Qaduli, que era a autoridade máxima em questões financeiras do grupo terrorista.

        O Exército Islâmico, por força da atuação da Aliança ocidental e em especial dos Estados Unidos, estaria perdendo o respectivo domínio militar em áreas do Iraque e da Síria, anteriormente controladas pelo E.I.

         No entanto, e em outro campo de atividade,  os especialistas ocidentais em terrorismo  estão preocupados com as demonstradas facilidades da organização terrorista no fabrico de bombas de alto poder explosivo, como verificado no recentíssimo ataque de Bruxelas, e na tragédia do Bataclan, na sua sangrenta operação em Paris (novembro de 2015).   

 
Noticiário Salomônico das malhações do Sábado de Aleluia

 

          Na ânsia de demonstrar isenção os jornalões podem dar-nos visão bastante distorcida da realidade.

           Nesse sentido, O Globo põe no mesmo pé Lula, Dilma ... e o Juiz Moro.              

           Basta um olhar crítico, com Q.I. normal, para verificar a tentativa trapalhona de pôr na mesma panela, personagens de atuais status populares com enorme diferença.

           Assim, depois de referir-se às declarações ofensivas a Maricá, do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi ele alvo de malhações pelos moradores da cidade fluminense.

            Por outro lado, na avenida Paulista (São Paulo), bonecos de Dilma e Lula foram atacados com paus, e, ao final, queimados. Nessa mesma malhação, os manifestantes gritaram "Fora, PT" e festejaram o Juiz Sérgio Moro.

            A nota também assinala registros de malhação de Judas contra Dilma e Lula, também em Vitória, Fortaleza, Macapá  e em Brasília, na Praça dos Três Poderes.

            Ao cabo, em algo grotesca tentativa de 'equilibrar' o noticiário, a nota de O Globo insere malhação no bairro Pirajá (Salvador), organizada pelo Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento de Pirajá (Nadp), em que o malhado é ... o Juiz Sergio Moro.

              Seria interessante saber se não ocorreram malhações de Dilma e Lula em Salvador, se levarmos em conta as palavras de apoio ao Juiz Moro que, tanto quanto por todos esses Brasis, foram a ele prestadas também em Salvador, como se verificou na demonstração de 13 de março corrente.

 
(Fontes: O Globo e, com os agradecimentos do escriba, Folha de S.Paulo)    

sábado, 26 de março de 2016

Salve Dilma !

                        

         A causa imediata de mais uma crise na tentativa de Dilma Rousseff vencer o desafio do Impeachment se deve à ... própria Dilma!

          Não sabendo controlar os próprios impulsos, e sem sequer ouvir quem entende de política (que obviamente não é exatamente o caso de dona Dilma Vana Rousseff), a Presidenta cometeu mais uma monumental calinada.

         A atitude intempestiva da Presidenta mandando demitir o presidente da Funasa, Antonio Henrique de Carvalho Pires (que é do PMDB) foi uma retaliação. A razão de Dilma é  para manifestar o próprio desagrado com a determinação do PMDB  de manter a reunião de seu Diretório Nacional para terça-feira, 29 de março corrente.

          O principal tema na agenda dessa reunião é a discussão e votação sobre o rompimento do PMDB com o Governo. Dilma ficou irritada com a negativa do PMDB em adiar a aludida reunião.

           Nesse sentido, ela terá achado apropriado demitir o Presidente da Funasa. Sendo o PMDB o principal aliado do governo petista, esse comportamento de Dilma não poderia ser  mais esdrúxulo e anti-político.

           Pensando que tal ato seria suficiente para induzir o PMDB a mudar de atitude, surpreende o primarismo da Presidente e a sua total falta de bom senso e tirocínio político.

           Na situação em que se acha, com a sua impopularidade, pasma que ela possa pensar-se em condições de forçar o PMDB a mudar de atitude.

            O poder tende a afetar o pensamento dos governantes, mas qualquer assessor com um mínimo de experiência trataria de demovê-la dessa postura, que surpreende pelo irrealismo.

            Quinze diretórios estaduais já se manifestaram pelo rompimento. Com a sua prepotência, o que fez Dilma Vana Rousseff foi apressar o processo de sua queda.

            Pensando dar um pontapé no antes dócil e caudatário PMDB, o que fez foi apressar o processo de afastamento do principal aliado e, o que é para ela muito pior, tornou o movimento inercial pro-impeachment muito mais forte.

           Antes desse gesto estúpido, o impeachment parecia possível. Hoje ele se torna provável

          É difícil encontrar um pavio mais curto do que o da senhora Rousseff. Além de curto, confirma com todos os efes e erres a colossal ignorância da prática política de quem - pamem! - foi eleita por duas vezes Presidente da República!

         Com o virtual desligamento do PMDB da aliança, deve alastrar-se a insurreição contra o Governo Dilma que , em breve, só poderá contar com o PT e o caudatário PCdoB.

          Depois da estrondosa manifestação nacional do dia treze, aumentou o nervosismo na dita base governamental. Diante de um PMDB, que deve selar a separação na próxima semana, há de crescer o movimento de afastamento de governo impopular. Sua sustentação derrete como barra de gelo prematura e imprudentemente colocada ao ar livre, na presente canícula - e, por cúmulo, sofre castigo mofino e estúpido de quem tudo deveria fazer para compor e não desagradar quem virou garante de um barco que faz água por todos os lados - o que é isso, senão a oportunidade pedida e mesmo cobiçada de livrar-se afinal da carga inútil de um governo que não mais tem ratos em seus porões (pela simples razão de que todos  fazem água, ameaçando sempre mais afundar o barco).

         Se a senhora não é do ramo, dizem eles, não será nosso problema, que a aguentamos faz muito. Alguns poucos, decerto, porque sentados em altas curuis, ainda se chamam dilmistas, mas a garrafal ignorância política dessa Senhora, fustigando a mão que busca acariciá-la, não há mais de aguentar o rojão.

        E o castelo de cartas de um governo impopular, que o Povo abomina, como pode ser defendido por quem vive politicamente desse mesmo Povo?

         Será um falso problema, que a burrice garrafal de dona Dilma Vana ajude o PMDB a livrar-se da carga inútil de um governo condenado!

         E a culpa é da Presidenta, a eterna neófita na política, ou de quem a colocou onde agora está?

          Digamos que é dos dois: dela, porque qualquer outro, com mediana inteligência, já teria dominado tais conhecimentos elementares; dele, porque pensou ser mais esperto do que todos.

          E se por acaso  alimentasse dúvidas, o seu mentor terá realizado a gravidade da ameaça já a partir da demonstração nacional de treze de maio.

          Como diziam de Aníbal os romanos - o inimigo está nas portas de Roma! O pior para Dilma é que a símile não mais se aplica, pois ela mesma cuidou de abrir-lhe as portas...    
 

( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo )

Salve Dunga!


                                    

       O jogo começou muito bem e acabou bastante mal. Em quarenta segundos, o Brasil já tinha feito um gol (Douglas Costa em grande jogada de William), e o segundo viria aos  26 minutos, com Renato Augusto.

       No entanto, o primeiro tempo não terminaria com dois a zero, porque uma falha de David Luiz permitiria a Cavani marcar aos 31.

       No segundo tempo, o match mudou de feição, com mudanças táticas de Oscar Tabárez.  E o gol do empate tardaria dois minutos, com o craque mordedor Suárez marcando.

       Na zaga, David Luiz continuou a mostrar insegurança. Alisson salvou por milagre outro gol de Suárez.

       Neymar encontrou novamente jeito de ganhar o enésimo cartão amarelo, o que vai retirá-lo do jogo difícil ( e põe difícil nisso ) com o Paraguai, lá na casa deles.

       Por falar em Neymar, não é que Dunga revisita momentos de África do Sul? Resolveu tirar Neymar de sua posição (em geral desestabilizante para o adversário da vez) de atacante, para colocá-lo... como meia armador, cousa que ele não é no Barcelona, nem nunca foi no Santos! O resultado vai ser, por certo, aquele que seria de esperar... Que melhor presente se poderia fazer para os adversários que recuar Neymar que não é mais de ponta-de-lança?  Só a inventiva do medíocre Dunga poderia vir com esse truque desestabilizador... mas para o Brasil, que apaga, para conveniência do adversário da vez, o nosso único grande craque, como é que fica?

       Por falar em Neymar, ele deveria ser mais Pelé e menos Gerson (aquele que quer levar vantagem em tudo). Ultimamente, fazendo fouls feios joga fora o seu futebol de craque, e faz o jogo dos adversários, colecionando cartões amarelos para ganhar o dúbio proveito dos longos descansos das suspensões...

       David Luiz me faz pensar em Tiago Silva, que o grande Dunga resolveu barrar, tanto na sua liderança na equipe, quanto das partidas (Neymar não tem idade, nem personalidade para ser capitão). Tudo isso é muito bom para o time adversário - o grande técnico Filipão não contou  com o zagueirão Tiago Silva, suspenso em  jogada suspeita para o jogo em Belo Horizonte (lembram-se?).

       Que o grande Dunga me perdoe, mas personalidade a gente mostra escolhendo os melhores jogadores, e não aquelas mediocridades que o fazem relembrar talvez um jogador de defesa do passado... Eu ainda não me esqueci da política Dunga de prestigiar não os melhores, mas a turma dos esforçados...  Assim, quando o Brasil começou a tropeçar com a Holanda naquele mundial, e, ao ter um jogador expulso (corretamente), e o Dunga olha para o banco de reservas, a fim de proceder as mudanças indispensáveis, ali só vai encontrar os que escolheu, jogadores sem técnica e sem brilho - em outras palavras, o banco estava tecnicamente vazio, e quem agradeceu foi a Holanda, que ganhou o jogo...

         Portanto, além de surpreender-nos e trazer de volta o beque Tiago  Silva para a seleção, que tal dar uma chamada no Neymar - e lembrá-lo que ele está na seleção para jogar e não para colecionar cartões amarelos... Não seria, outrossim, de todo mau que o técnico o colocasse de volta no papel que o projeta para o futebol - fazer gols desestabilizantes, o que é próprio do atacante (só alguém com Q.I. muito baixo tenta tirar craques dos seus papéis habituais, e experimentá-los em outros)...

       Que traga Tiago Silva de volta à seleção. Talvez os dois (ele e David Luiz) voltem a ser a grande zaga da Copa das Confederações, quando David Luiz até salvou gol em cima da linha...

 

( Fontes:  Rede  Globo e O Globo)    

sexta-feira, 25 de março de 2016

Razões para o Impeachment


                          

                   O  impeachment é instrumento jurídico das democracias presidencialistas, e a ele se recorre quando se verificam graves irregularidades na ordem constitucional.


                 Dadas as características do presidencialismo - em que, ao contrário do parlamentarismo - as razões para interromper mandato têm de obedecer a regras claras e motivações determinadas na Lei constitucional - é natural que o processo seja mais lento, e que se exija uma série de requisitos específicos.

                Tal se deve pela natural rigidez do regime presidencial, em que a autoridade máxima se submete a muitas condições para o exercício do respectivo mandato. As causas do impeachment não são flexíveis como no sistema parlamentarista, em que a interrupção do exercício do gabinete empossado se deve via de regra a razões políticas, não havendo, por conseguinte, lugar para o impeachment.

                Os gabinetes parlamentares caem por falta de confiança política, que é a razão prática decorrente do diverso cenário político  que condiciona a queda do ministério. Atendida a informalidade do processo, sendo políticas as razões pelas  quais se recusa a confiança antes outorgada por concordância interpartidária que determinara as condições para a formação da maioria e, por conseguinte, do acordo  contratual parlamentar que viabilizará a sustentação política do ministério.

                 Não é somente pela circunstância de que o presidente seja eleito para um mandato fixo, que pode ou não admitir a reeleição (nos regimes presidencialistas, a possibilidade jurídica de pleitear novos mandatos, além da primeira reeleição, costuma ser característica de regimes autoritários),  razão pela qual  as regras para a destituição tenham extrema rigidez. Como o presidente de um governo presidencialista detém mais poder - pelo menos no que tange à duração formal de seu mandato, que no parlamentarismo pode ser interrompido sem as exigências do presidencialismo - é inteligível que a senda para a sua destituição constitucional será bastante mais árdua.    

                 Para o impeachment,  Dilma já perfaz condições formais passivas: a apresentação da petição do Dr. Hélio Bicudo e do prof. Miguel Reale, e a sua tramitação pela presidência da Câmara. O procedimento se estenderá  através de câmaras especiais - já modificado pelo Supremo, em questionável parecer do Ministro Luis Roberto Barroso - e se porventura venha a ser dada a anuência da Câmara dos Deputados, passará para  a competência do Senado, decidir se o aceita ou não.

                   Essas são as causas formais e jurídicas para que o processo avance na sua esfera própria, que é o Poder Legislativo.

                    Tudo isso, sem embargo, serão consequências da atuação do governo em tela, dos seus erros políticos, econômicos e éticos. Não há nada de teórico nesse domínio.

                       Não há governos mais desastrosos na história republicana, do   que os encabeçados por Dilma Rousseff, sendo a chapa respectiva de Dilma Rousseff e Michel Temer,  a implementação formal das eleições de 2010 e 2014, em que foram declarados pelo Tribunal Superior Eleitoral Presidente e Vice-Presidente, vencedores por maioria de votos. Na realidade, hoje não se vota para Vice - como já se procedeu na República, na Constituição de 1946, em que se votava separadamente para o lugar de Vice-presidente, como por exemplo João Goulart venceu a Milton Campos por maioria de votos, enquanto era eleito Presidente Juscelino Kubitschek(no pleito de 1955).

                         Segundo a Constituição vigente, de 5 de outubro de 1988 - a que o nome de Ulysses Guimarães está associado para a História dessa Carta que ele designaria Constituição Cidadã - o Vice Presidente será aquele da chapa vencedora, em que os votos são destinados aos cabeças de chapa. Assim, em 2014 foi reeleita Dilma Rousseff e de novo acompanhada por Michel Temer.

                          Os problemas de Dilma Rousseff começaram quando veio a lume que a sua eleição fora alcançada através da mentira. Foram suprimidas ou modificadas informações quanto ao verdadeiro estado da economia, entre outros deslizes, como o escândalo da Petrobrás, que logo viria a ser denominado de Petrolão.

                           Da noite para o dia, cresceu a revolta da população que se sentiu ludibriada e mesmo debochada pela profusão de fatos - contrários ao regime petista e à sua Mandatária - que vieram à luz.

                           A despeito da designação do competente economista Joaquim Levy, e o seu hercúleo esforço para pôr ordem na dílmica Casa, o economista da Universidade de Chicago, malgrado o seu empenho, sua capacidade de grande commis d'État (funcionário estatal) não logrou êxito, e não por falta de uma boa equipe (que trouxe para a Fazenda, gente preparada e com ele entrosada, a fim de substituir os diretores anteriores, como Arno Augustin, que mais acreditavam na ficção escritural do que  nos procedimentos ortodoxos).

                            Mas só se salva quem deseja ser salvo. E esta aparentemente, não era a vontade do segundo governo de Dilma Rousseff. Tampouco teve Levy qualquer apoio de monta no Congresso, eis que faltavam à Presidenta (como gosta de ser chamada pelos áulicos) condições políticas mínimas de conseguir fazer aprovar em  Congresso aprovado na onda do multitudinário erro quanto às alegadas conquistas de Dilma Rousseff, que em breve a luz da verdade pós-pleito se encarregaria de aclarar e desfazer.

                             Se o magno erro no que concerne à Dilma Rousseff, a economista (sem pós-graduação, como tentara fazer passar) está na abismal situação a que levou a economia brasileira, causando a condição  em que agora se encontra. O que mais afeta a população são, em verdade, dois fatores: a inflação alta (em torno de dez por cento) e a pesada recessão econômica, com o consequente incremento do desemprego.

                              O Brasil que antes repontava como emergente economia capaz de atrair profissionais de mercados como Nova York para São Paulo, pelas ótimas condições comparativas de emprego e salário, em cotejo com o chamado circuito Elizabeth Arden (New York, Paris, Londres e um luzente etcétera), agora grama forte recessão, causada pela gestão irresponsável (o ajuste fiscal já foi abandonado, e hoje prevalece, rampante, como os leões na heráldica, o desajuste dos enormes déficits, como o que ocasionou a primeira rebaixa nas notas das temidas Agências de Classificação de Risco, de Wall Street).

                               Assim como a presença de Joaquim Levy na Fazenda não poderia vingar, dada a discrepância entre  economista  competente, sério e bem preparado, com a Presidenta Dilma, cuja atuação constitui a contradição ambulante do trabalho e das idéias de quem pensara pudesse enfeitar-lhe a Administração.

                                Por outro lado, e antes de pisar o terreno da corrupção, cabe assinalar a causa formal da tramitação do Impeachment, que é a sentença pelo Tribunal de Contas da União (pela unanimidade de seus membros) quanto às chamadas Pedaladas Fiscais, que era o recurso mágico (para quem não dispunha da concretude dos fatos e realizações) que pretendia embair o público (a que se onera com uma das maiores e disparatadas cargas fiscais no planeta, que constituem um acinte contra a ética fiscal, assim como e a fortiori hão de provocar verdadeiras catilinárias no que tange ao peso e na verdade à sárcina que colocam sobre o brasileiro comum esse anti-sistema fiscal, que só pode agradar aos cobradores de impostos. O símbolo do sistema fiscal brasileiro deveria ser um ralo, em que se mostraria o estulto desperdício de recursos, a opressão dos contribuintes, e as oportunidades que uma tal maquinaria oferece para o desperdício e a corrupção. Vivemos hoje, sob o disfarce dos métodos computadorizados, um sistema que é antagônico à eficiência, à produção, à nossa posição competitiva, e toda a fantasmagórica burocracia que tal monstrengo acarreta, enquanto engorda uns poucos e nos faz dessangrar sob  métodos que lembram os sistemas anteriores à Revolução Francesa (ainda que disfarçados de petrechos tecnológicos) e toda uma tralha que os acréscimos da computadorização não conseguem disfarçar.  

                          Quando em sua recente visita à Argentina, o Presidente Barack Obama - que mais cresce à medida que o seu mandato se acerca do fim  - se referiu à crise econômica no Brasil, assim como à política, e disse estar confiante em que a nossa Nação logre vencer a crise pela qual atravessa. No seu entender, temos condições para tanto, pelas forças e instituições democráticas que logramos construir nesses (tristes) trópicos.

                          O regime de Dilma Rousseff - que é a continuação daquele  de  Luiz Inácio Lula da Silva - se caracteriza pelo populismo, pela desordem econômico-financeira e last but not least [1],  o que  vemos espelhado pela farra da corrupção que se tem espalhado de forma preocupante e mesmo acintosa através das tropas de choque do PT, que acossadas por uma realidade que lhes é hostil, chamam de golpe o que, na verdade, não passa de um processo democrático - e, por conseguinte, tendo condições de florir em ambiente no qual as liberdades são respeitadas.

                           O processo do impeachment - de que tivemos a tímida amostra no relativamente fácil processo de nos desfazermos da corrupção da canhestra época do caçador de marajás, Fernando Collor, o primeiro presidente brasileiro a ser afastado da presidência pela reação da sociedade, em função de regular processo de impeachment, num exercício sem grande dificuldade dada a fraqueza do grupo que buscara, ao arrepio da Nação, sustentá-lo.

                            Hoje a missão sobreleva a anterior, que constará no futuro apenas como incipiente tentativa - sem maior apoio de segmentos da sociedade - de implantar  regime proto-corrupto em nosso país.

                          Deparamos no desespero dos seus filiados e seguidores a condição de que desde muito deixaram de ser a voz do futuro em nosso país. Se as demonstrações de 13 de março de 2016 rasgaram com alegria e confiança os panos que ainda intentavam apresentar como se as ruas e praças fossem domínio do Partido dos Trabalhadores, e daquelas associações que lhe são caudatárias, como o PCdoB, e a milícia da CUT - em que se depara com tristeza a praga do chavismo, cuja decrepitude não disfarçam os ridículos uniformes - o Povo do Brasil, alegre, generoso, mas também atilado e formado não por propagandas enganosas de supostos mágicos (vejam só aonde esses foram parar), mas pela realidade, a firmeza e o engenho de nossa Terra, de que a Lava-Jato, o Juiz Sérgio Moro, os Procuradores do Ministério Público e os Delegados da Polícia Federal constituem a inspiração e o alento que nos mostra um porvir em que oxalá estaremos livres da demagogia e de seus aproveitadores.

                             O Brasil, como a grande democracia que é, deve mostrar aos movimentos sociais que aqui não é lugar para milícias - seja as chamadas tropas de choque desses agrupamentos - e nesses dias, a cercania de uma decisão, por que a nossa Pátria anseia, principia a desenhar-se no horizonte.

                              Que as demonstrações sejam pacíficas, na alegria daquelas de treze de março, em que o Brasil enfatizou uma vez mais que a verdade está nele presente em todas as partes - desde o Acre, no extremo Oeste até os gaúchos do Rio Grande, e passando pela disposição de Pernambuco, a alegria do povo baiano, a Praça da Liberdade em Belo Horizonte, a praia de Copacabana, a eterna Princesinha do Mar, São Paulo com a Avenida Paulista, lá berço da primeira reação das passeatas de 2013, e rumo ao Sul, passando por Curitiba, cuja maior autoridade no respeito popular é  o juiz Sérgio Moro. O Brasil, por grande que seja, não carece  de ordem unida, porque somos Povo não só cordial, mas amante da alegria, do respeito por seus guias, e por isso seremos sempre generosos, ao prezarmos o diálogo e o entendimento sempre que possível.  O que não é possível será substituir tal quadro que só descortinar nos enriquece a visão e a esperança, por um quadro de mãos fechadas, de porretes e de violência, que não nos é própria, mas de que já demos prova sobeja que tampouco a estimamos como norma existencial.

                              O Brasil não pretende viver sob falsas arregimentações, na suposta ordem unida, que só logra congregar-se em ambientes cerrados, em que as presenças são controladas, porque o forasteiro é havido como perigoso.

                               Isto é a antinomia do Brasileiro. Um juiz nomeado por Dilma Rousseff já está perdoando os mensaleiros. Vamos devagar com o andor. Ele não é de barro, mas merece respeito.

                               E é por isso que Dilma Rousseff carece de partir. Ela representou um regime que parecia generoso, ainda que jacobino, no lusco-fusco do vintênio militar.

                               O hodierno combate do Povo Brasileiro não é, precipuamente, contra Dilma Rousseff.  Ela é apenas uma carranca de alguém que deseja de novo empolgar o poder, mas a que devemos barrar a passagem, por representar um desserviço à democracia e à nossa perspectiva de futuro.

                                O Brasil é um gigante. Vamos despertá-lo de uma vez, brava gente brasileira. Mas não para a corrupção, com todos os seus descaminhos e pretensas vantagens. O Governo é do Povo, para o Povo e pelo Povo. Os demagogos, desde a antiga Grécia, vestiam os seus anseios de poder e de domínio, com loas a esse povo (demos), a que pretendiam utilizar como meio e não como fim.

                                 Esse palanque não deve esconder a arregimentação da riqueza alheia, e a sua instrumentalização em benefício desses mesmos demagogos   (supostos 'condutores do povo'), que são na verdade embusteiros, disfarçando na sua linguagem os arreganhados desejos de domínio em proveito próprio, e contra o Povo.

                                  Para que nos livremos desses mercadores da palavra, desses mágicos de feira,  é preciso não nos deixar enganar pelas loas e melífluos elogios destes tribunos.

                                  Hoje o Estado não é simples cidade, como na Antiguidade, despojada
a          de meios, e sempre ameaçada pela cupidez de vizinhos poderosos. Mas o Poder do Estado pertence ao Povo, e não a seus oradores e supostos guias de ocasião.

                                  Não nos esqueçamos de tais verdades. Dilma Rousseff foi um erro intencional de Lula da Silva. Acobertando a verdade, ela conseguiu a proeza de ser reeleita. Mas é ruim como governante e a sua presença no Palácio do Planalto não tem sido acompanhada pela prosperidade, pelo pleno emprego, e pela estabilidade monetária que protege os nossos salários e não permite que o poder de compra de cada um seja aguado e diminuído, enquanto as empreiteiras, através da propina, engordem os maus políticos.

                                   Não à corrupção. Sim ao governo honesto, sem aparelhamentos, sem pedaladas, sem bancos - que alardeiam o nosso desenvolvimento econômico - e que financiem portos no estrangeiro, deixando os daqui em lamentáveis condições.

                                   Somos terra hospitaleira, que através da história soube resolver a maior parte de seus problemas através da diplomacia e do estudo do Barão do Rio Branco, da firmeza e da honradez de Getúlio Vargas, e da alegria e da capacidade de construir (pontes, estradas, cidades e a nossa capital) nessa epitome do grande brasileiro que foi Juscelino Kubitschek. A cruel paga que recebeu, ele a respondeu com o sorriso e a alegria que mora nas Alterosas. É dessa gente que o Brasil continua a precisar, e não de demagogos que só pensam no poder e nas maneiras de tirar-lhe proveito.

 

( Fo     (  Fontes:      Brasil e Itamaraty; Sergio Buarque de Holanda; Enciclopédia Delta-   Larousse )                             




[1] e não por último.