Hillary Clinton é, de longe, a
pré-candidata no Partido Democrata com maior vantagem na opinião pública
americana, com vistas a sua designação com candidata oficial para as eleições
de novembro de 2016.
No
entanto, não é segredo que os Clinton (Bill e Hillary) tem muitos inimigos
políticos. Entre os órgãos contrários à ex-Secretária de Estado e ex-Senadora
por New York, está o maior jornal americano, The New York Times. Embora se inquirido a respeito, possa até
negar, o velho Times tem um histórico
de artigos desfavoráveis ao casal Clinton.
Como
assinala Michael Tomasky, em artigo “A
Hillary em nosso futuro”, tudo começou no início dos anos noventa, com série
de artigos do Times sobre o chamado
caso ‘Whitewater’. Esse suposto
escândalo, apesar dos esforços do Times,
inclusive com nomeação de Promotor Especial, de nome Ken Starr, acabou dando em nada, excluídos é claro, os
milhões de dólares gastos por Starr na sua malograda tentativa de forçar o impeachment de Bill Clinton.
Agora há
dois temas de que o New York Times se
vem ocupando a respeito dos Clinton. Malgrado pretextar imparcialidade, o Times procura jogar como cascas de
banana para Hillary, por um lado, a questão de sua utilização, quando
Secretária de Estado, de e-mails relativos
a seu trabalho em conta particular, e, por outro, o tópico relativo ao dinheiro
em espécie (Clinton cash), recebido
pelos Clinton por suas palestras.
Por trás
da habitual postura de neutralidade, o jornalão de New York vira e remexe nos
dois tópicos.
Quanto àquele
dos e-mails particulares de Hillary,
quando no Departamento de Estado, o New York Times de hoje noticia que dois
Inspetores Gerais pedirão ao Departamento de Justiça que abra investigação penal acerca da
circunstância se Hillary Rodham Clinton
terá tratado adequadamente informação sensível do Governo, especialmente no que
concerne à conta de e-mail particular
por ela empregada quando Secretária de Estado. Tal solicitação é a sequência
burocrática de memorandum de 29 de junho
último, firmado pelos Inspetores Gerais
e as Agências de Inteligência, quanto ao fato de que a caixa da conta
particular da Sra. Clinton ‘contém
centenas de e-mails potencialmente classificáveis (como confidenciais ou
secretos)’.
Ainda
segundo o New York Times, por ora o
Departamento de Justiça ainda não decidiu se vai ou não abrir investigação a
respeito.
( Fontes: The New York Times; artigo de Michael
Tomasky em The New York Review, nr. 11, de 25 de junho de 2015)
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