quarta-feira, 22 de julho de 2015

De Cinzento para Negro


                                     

         A economia brasileira ao invés de melhorar, piora. Os  índices ruins se acumulam. Dentro do Ajuste Fiscal, se previra uma retenção de R$ 66,3 bilhões, ou 1,13 % do Produto Interno Bruto (PIB).

         Com a gastança no Congresso, criando despesas ao invés de aprovar os projetos do Governo Dilma II, a situação se deteriora, e o Ajuste Fiscal, diluído por maiorias irresponsáveis, deve ser brutalmente redimensionado. 

         Assim, a meta estabelecida por Joaquim Levy de um superávit primário de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 1,13% do PIB não é mais viável.

         Esses estranhos caminhos tomados pelo Congresso – na prática ignorando a existência do Governo – só podiam produzir o resultado que se nos depara.

         É difícil definir o que deseja a malta que acabou com o Ajuste Fiscal. Essa aliança de demagogos com energúmenos, e com os necessários salpicos dos saudosos  bons tempos da inflação e da baderna fiscal pode considerar-se realizada.

         Acabou com o fator previdenciário, o que provocará mais breve de o que se pensa  quebra da Previdência, como ocorreu em Portugal. Nessa ‘vitória’ da demagogia, os louros vão para o PSDB que, com o seu voto, pôs abaixo a conquista do Governo de FHC, ao instituir o fator previdenciário. Não enxergar direito as cores é um problema dos daltônicos, mas os tucanos nos deram outra lição – a de cínico (e burro!) oportunismo político e o país que vá para a breca!

         É evidente que aproveitando-se de um governo exangue, com a Presidenta em queda livre de popularidade (na última, está abaixo dos dez dígitos), a tal base de apoio, junto com o PT, arvorou a bandeira negra da pirataria e seja o que Deus quiser.

        Não sei de o que Lula terá mais medo: de a P.F. aparecer no seu triplex, com mandado de busca e apreensão do Juiz Sérgio Moro, ou com o movimento Fora Dilma! conscientizar-se de que o grande responsável é Ele mesmo, o Coronelão supremo, que em ambicioso desatino achou que podia impingir à Nação alguém sem nenhuma experiência política (e econômica!), só porque não suportava mais esperar a hora de regressar a todas as benesses do poder, nelas incluída a bomba do Petrolão.

        Depois das insanidades fiscais do Dilma I, nelas incluídas a dose de Mentiras que   esgrimiu com aquela sua antiga capacidade de moto-niveladora. Mal ou bem a candidata arrebatou o Prêmio que, em verdade, no seu caso, era dádiva maldita, com curtíssimo prazo de validade, e logo escapariam do saco de couro, demônios, duendes e, sobretudo, dona Verdade que tem o mau hábito de repontar quando menos esperada.

        E vejam só amigos de fé e de meia-fé! Não é que dona Crise está de volta ? E nesses tempos acontecem as coisas mais estranhas! Leio na primeira página da Folha o começo do artigo de Delfim Netto: “O Planalto fez uma conversão para melhor na política econômica. Mas a base do governo, apoiada no PT, aproveitou a dramática redução de seu suporte  popular para chantageá-lo e desidratar o ajuste fiscal.”

       Estarei com febre ? Me descubro concordando com o Doutor Delfim!



(Fontes:  O  Globo, Folha de S. Paulo )

Nenhum comentário: