Desastre de avião
Caíu nos Alpes
Franceses um Airbus A320 da Germanwings,
com 148 passageiros a bordo, em voo de Barcelona a Dusseldorf. Segundo se
noticia, não há sobreviventes.
Esse tipo de
avião estava em uso desde 1991, e pela sua versatilidade costuma ser bastante
empregado em voos econômicos.
Dentre uma série de más notícias,
compreende-se que o governo Dilma Rousseff comemore. Com a retirada do grau de investimento da
Petrobrás pela Moody’s em fevereiro último, existiam fundados temores de que a
de nosso país fosse também reduzida.
Não houve qualquer mudança na nota do
Brasil. Tem perspectiva estável, mas se
acha na última faixa, antes do grau especulativo. Segundo a Standard & Poor’s a decisão foi tomada na expectativa de que a
Presidente Dilma manterá o apoio ao ajuste fiscal da equipe econômica do
Ministro Levy, e que as medidas do pacote serão aprovadas pelo Congresso.
Por primeira vez,
o Juiz Sérgio Moro resolveu aceitar
a denúncia do Ministério Público Federal contra os seguintes personagens da
Lava-Jato: o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Renato Duque, ex-diretor de Serviços e
Engenharia da Petrobrás (que já estivera detido em Curitiba, e fora o único a
conseguir liminar do Ministro Teori
Zavascki) e Pedro Barusco,
delator premiado, e ex-gerente de Engenharia.
Subordinado de
Renato Duque, Barusco o tem irritado sobremaneira com os detalhes que fornece
sobre a atuação do próprio Renato Duque.
A esses três
importantes réus, se acrescenta Alberto Yousseff, o doleiro, que, além da ação de ontem, se tornara réu em
outras sete ações da Lava-Jato.
Assinale-se que, como outros nesse processo, Yousseff se vale da
prerrogativa de ser delator premiado.
São figuras
importantes, que marcam avanços significativos nas investigações e na formação
da acusação do Estado contra os atores envolvidos no Petrolão.
Apesar das
reuniões – a portas fechadas – em que o Partido dos Trabalhadores cerrara
fileiras em torno de seu Tesoureiro, João Vaccari Neto virou réu. Havendo tido igual sorte na questão do
Mensalão o anterior tesoureiro petista, Delúbio Soares, parece haver chegado a
hora de Vaccari Neto.
Não lhe
salvou a catadura, nem as negativas e o ritual silêncio do Tesoureiro. Nesse
sentido, a décima fase da operação
Lava-Jato foi lançada pelo Ministério Público Federal, sob o título “Que país é esse?”, frase atribuída ao
orgulhoso Renato Duque, que assim reclamava para o seu causídico por causa de
investigações ligadas a seu nome. Na verdade, como já foi reportado pelo blog, o autor da frase é Francelino Pereira, político da Arena (partido de apoio ao regime militar).
De nada
valeu a R. Duque o silêncio constitucional – quebrado apenas em menções familiares. Não
contara ele com a língua solta dos delatores premiados, de que o seu
ex-subordinado Pedro Barusco vem dando a impressão de ser figura exponencial (dentro da peculiar característica dos informantes, que o inglês pode chamar de forma menos nobre: stool pigeon)...
Na
descrição fornecida pela coluna de Merval Pereira, o membro da A.B.L. nos fornece, dentro de seu
escorreito estilo, tantalizante parágrafo. Em se referindo à situação de
Ricardo Pessoa, presidente da UTC, e eventual candidato a delator premiado,
assim se expressa de forma algo sibilina Merval: “Da mesma maneira, ter se
tornado réu do processo faz com que Renato Duque esteja mais próximo do que
nunca do momento de decisão sobre sua própria delação premiada. Indicado pelo
PT, ele é a ligação direta das falcatruas com o partido governista, e pode
revelar detalhes sobre a cadeia de comando do esquema ainda não desvendado
totalmente nas investigações até agora.”
O leitor se
perguntará que “cadeia de comando do
esquema” será esta que ainda não foi totalmente desvendada ? Cruel dúvida...
( Fontes: O Globo, site do Globo, Folha de S. Paulo )
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